Centro de Mídia Independente do Socialismo Caviar
Um Blog Sobre Socialistas-Caviar, Esquerdinhas-Chique, Viúvas da União Soviética, Patricinhas Guevarinhas de Butique, Playboys metidos a revolucionários e Fascistas de Esquerda em geral
A figura é do CMISC, um blog brasileiro que me surgiu através de consulta à Google com o seguinte critério de pesquisa:
"doença mental"+socialismo+comunismo.
É um assunto que há muito me apaixona. Li não sei onde que um estudioso fascista espanhol desenvolveu investigações no sentido de provar a teoria. Gostaria muito de ler esse estudo, confesso, até porque não possuo os conhecimentos suficientes para sustentar uma coisa que sempre me pareceu evidente; mas, claro, uma coisa é a evidência e outra é prová-la cientificamente; de resto, como se sabe, dezenas de milhão de seres humanos assassinados, fome e miséria generalizadas, campos de concentração, arbitrariedade total e ausência absoluta de direitos cívicos, pátrias aniquiladas, povos destruídos, economias arruinadas, tudo isso não é minimamente suficiente para comprovar a invalidade de um ideal ou a inviabilidade de um sistema. A prova de que as provas são fracas é que ainda existem Partidos Comunistas e comunistas, e ainda há quem lhes dê crédito.
Tenho para mim que é necessário alguma espécie de destrambelhamento para persistir na ideia de que o "socialismo" é, foi ou poderá vir a ser uma coisa boa, positiva, exequível, credível, aceitável mesmo. Se uma pessoa mantém essa convicção, apesar de tudo o que aconteceu no último século (ou não aconteceu nada?), deverá existir alguma explicação lógica, de cariz médico, mais precisamente do foro psiquiátrico
Foi, de resto, a mesmíssima convicção, esta minha, que os stalinistas levaram à prática durante décadas: o camarada tem dúvidas sobre a infalibidade do sistema? Acha que o paizinho dos povos, camarada Stalin, não é exactamente a bondade em pessoa? Ah sim? Bom, interne-se. Reeduque-se. Sibéria com ele. Se não pensa como nós, que somos a esmagadora maioria do "povo" e somos o paradigma da "solidariedade", só pode estar doido varrido.
De facto, como acontecia nos paraísos socialistas e como ainda acontece nos parques jurássicos chinês, cubano, vietnamita e coreano, também eu penso que não ver o que me parece evidente é sintoma de grave distúrbio. A diferença reside em que eu sou apenas eu e, se bem que não veja outra explicação - repito, para que ainda existam comunistas e esquerdistas em geral - senão serem eles portadores de deficiência mental, não preconizo qualquer internamento ou sequer tratamento. Quando alguma coisa se parte no cérebro, ou quando alguém já nasce sem um pedaço de matéria cinzenta, não há nada a fazer. Não nos iludamos com os trânsfugas que se passaram para "o capital", do PC para o PSD ou do PRP-BR para a administração de um Banco, por exemplo: com uma ou outra improvável excepção, essas pessoas continuam tão comunistas como antes, ou mais ainda, e continuam distorcendo a realidade hoje como faziam ontem; consideram-se a si próprias como seres superiores que apenas se preocupam com os outros e estão, por conseguinte, isentas de quaisquer obrigações ou reparos; no íntimo, acham que assim, estando por dentro, até combatem melhor o inimigo, esse eterno fantasma de cartola e dedo apontado, a reacção, o capitalismo, enfim, a cáfila de extra-terrestres cuja missão na Terra consiste em explorar os "trabalhadores".
Outra (óbvia) diferença entre eu pensar que os comunistas são malucos e eles acharem que eu e tipos como eu é que somos, é que eu admito perfeitamente que eles podem ter razão. De facto, já mudei de opinião, a respeito de inúmeras coisas, o que seria absolutamente impensável para qualquer esquerdista que se preze. Eles acham que descobriram a verdade, toda a verdade, a verdade a que temos direito, as amplas liberdades, e outras coisas assim. Eu cá não descobri nada, cada vez tenho mais dúvidas e menos certezas; desconfio mesmo de que os solipsistas é que acertaram na mouche existencial; gosto de um "bigMac", vez em quando. Enfim, nem os ossos se me aproveitam, no que a inteligência (*) diz respeito.
São, de resto e voltando ao princípio, estas minhas limitações que me fazem ter curiosidade e gostar de aprender. Porque será que eles são assim? Como se chamava o tal espanhol? Onde se poderá ler a tal teoria? Poderá ser uma espécie de esclerose limitada ao córtex? Ou uma lesão congénita do tronco cerebral?
(*) Na linguagem esquerdista, além de NKVD/KGB, Checa, Stasi e outras beneméritas instituições, inteligência significa pensamento único, vulgo "cassette"
(o CMISC tem, entre outras coisas curiosas, um excelente gerador de teorias conspiratórias idiotas contra o Bush; experimente criar a sua própria teoria da conspiração; é fácil, basta seleccionar algumas variáveis a gosto e carregar no botão)