Odi profanum vulgus et arceo

31/05/04

Avante RIR


Há de facto bastante ruído de fundo, algures entre o arraial popular, o fumo dos assadores, o burburinho da multidão; mas raramente ocorre que o barulho é música e que foi para ouvi-la que aquilo foi feito.

Ele é isqueirinhos acesos na noite, que fica iluminada e um pouco atónita, coitada da noite, com tanta "solidariedade" isqueirística. Ele é coiratos e outros petiscos, entremeada com 10.000 watts por canal, e já se vai compondo o estômago com alguma coisa, que isto não pode ser só charrada e chuto na veia, há que alimentar o corpinho com algo mais substancial. Ele é barraquinas de tudo e mais alguma coisa, artesanato, brinquedos, comes-e-bebes, bancadas "temáticas", tirinhos, rifas, até "stands" de desporto, desde a simples marretada para fazer tocar a sineta até coisas mais "radicais", andar em cima de uma tábua com rodinhas, ou assim.

Há grupos de bacanos, uns deitados, outros sentados, mas todos vestidos de solidários, todos muito aprumados no seu esquerdismo um pouco desmazelado, que é o que fica bem e não compromete. Nada de gravatas, supremo horror, coisa fascista. Adereço indispensável, o cachecol palestiniano, envergado com pujança pelas juventudes, a solidária e a solitária. As meninas mais práfrentex e montes de esquerda trazem o uniforme regulamentar, mocassins, calças rasgadas no joelho, t-shirt generosa e libertária, malinha chilena às cores e às fitinhas, a tiracolo cruzado.

Lá em baixo há um palco, à esquerda outro e à direita um terceiro. Em todos os três está um artista solidário a mais seu conjunto, e todos dizem exactamente as mesmas coisas exactamente com o mesmo "timing", coisas profundas, "iô, mano, tá-se bem" ou "ya, comé, tudo em cima" ou "esta é dedicada ao povo mártir do Afeganistão". É indiferente a pinchagem, interessa é agitar a malta, mandar umas bocas, no fundo pouco importa, já está tudo com uma semelhante moca que é indiferente o que se diga, é preciso é muita carga de yá, meu, fixe, e viva lá essa coisa do galgo afegão, óquié.

Há filas intermináveis em todas as tascas, até para urinar é preciso formar a dois, mas isso que importa, pois se é por uma boa causa, pois que enfileiremos, e traz outro amigo também, essas coisas. A propósito, qual era a causa para hoje, exactamente? Ah, pois, a cena do Iraque, yá, tázaver, que fixe. Bora aí ver.

E fazem-se minutos de silêncio pelas "vítimas" de uma coisa qualquer, e "pela paz no mundo", e "abaixo a guerra", etc. Gente avantajada, metro e oitenta, noventa quilos, braços em arco, ciranda por ali em quadrilha, zelando para que nada perturbe a paz contestatária; camaradinha que se atreva a levantar cabelo desaparece em menos de um fósforo e só reaparece longe, muito depois da "festa", estendido ao comprido e ligeiramente amassado, nalgum aceiro perdido.

Quando finalmente toca o sino para a debandada, enrolam-se as bandeiras, empocha-se o material, guardam-se os "pins" e as palavras de ordem, tudo recolhe a penates com a consciência do dever cumprido, em espírito de sã camaradagem. Mais uma liturgia termina, vão os fieis em paz com a sua consciência, cumpriu-se a festa, sabe-se lá bem se foi desta que se cumpriu Portugal, pode ser, nunca se sabe. Alguns mais militantes destas coisas deixam transparecer a felicidade que lhes vai na alma, ó suprema alegria, vão carregadinhos de solidariedade, esmagados pelo peso das causas que nessa noite sobrepujaram, o povo trabalhador e os pobrezinhos em geral, o lince da Malcata e o cágado de Alcabideche, as amplas liberdades e as outras, o demónio americano. Uff! Ser solidário é uma canseira.

E tudo termina com a passagem ritual dos almeidas, com os seus camiões sempre a abarrotar. Pronto. Para o ano há mais. Com a música a pretexto, como sempre.


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(e nem os festivais nacionais eu apoio coisa nenhuma)


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Quebra-cabeças


Rock In Rio Lisboa

descubra as diferenças


Aparentemente, estes dois festivais são iguais. Mas é apenas na aparência. Se reparar com atenção, poderá descobrir que existem sete coisas ligeiramente diferentes. Soluções no próximo número.

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formas de beleza I

click para poder ver e ouvir quando é que a vai  poder ver e ouvir

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ipsis verbis


A propósito da falta de "ferramenta comentária" neste incógnito e modestíssimo blog, referida por dois dos nossos três leitores diagonais, com a devida vénia, aí vai citação:

Infelizmente, tivemos de novamente apagar diversos comentários insultuosos - num total de oito - numa bola de neve despoletada por um nick já anteriormente responsável por situações similares.
Caso tais ocorrências se repitam, retiraremos, de imediato, a possibilidade de comentar os textos, numa decisão que não queremos tomar, mas, que se afigura como praticamente inevitável, a manter-se a falta de respeito referida.

(do blog Canal Maldito)

Há-de estar algures, nos históricos deste ou no blog que antecedeu o endereço http://001.blogspot.com, uma explicação semelhante. Já tivemos um sistema de comentários e não apenas o retirámos como tivemos até de mudar de endereço, de título, de blog. Isto porque, entre outras razões, houve um troglodita que resolveu eleger-nos como ódio de estimação; pura e simplesmente, esse imbecil não fazia mais nada do que escrever insultos nas caixinhas. Acontece que, não sei bem o que se passa com os outros bloggers nacionais, nós temos mais o que fazer, sem ser aturar paranóicos; e pessoas desequilibradas é o que não falta no blogbairro; como a coisa funciona, neste particular, à portuguesa, isto é, na base da graxa, do amiguismo e do compadrio, basta abrir uns quantos comentários - em qualquer blog - para constatar o óbvio: quem lá escreve, por definição, ou é amiguinho e engraxa ou é inimigozinho e insulta; os comentários (em blogs portugueses, porque em muitos estrangeiros não é nada assim) não acrescentam nada de útil, não esclarecem, não duvidam; são catadela virtual ou cagadela não menos. E apagar comentários, além de deselegante, é uma tremenda maçada. E ainda: o endereço de email, dando mais trabalho (a grande alergia nacional), funciona e serve para o(s) mesmo(s) efeito(s).

Acresce que - pelos vistos, isso é difícil de entender para algumas pessoas - nós não estamos absolutamente nada interessados em qualquer espécie de projecção mediática, vedetismo de vão-de-escada, relevância bloguística. Nada. Para nós, o nosso blog é muito mais pequeno do que o vosso e não temos qualquer problema com isso. Isto aqui é um simples bloco-notas onde vamos anotando umas coisas sem a mínima importância. Não constamos de qualquer "top-ten" (dez mais, dez menos ou dez assim-assim) e são apenas meia-dúzia de patuscos os blogs que nos referem e, destes, sem menosprezo e felizmente, nenhum dos "notáveis" (Abrupto, Aviz, etc.); não constamos também de nenhuma das listas VIB* que há por aí. Ora, isso deve-se também ao simples facto de não termos sistema de comentários; a isso e ao mais prosaico facto de os nossos escritos e conteúdos não interessarem nem ao Camões.

Exacto. Perfeitamente. Era isso mesmo que pretendíamos.

Dodo (assinatura ilegível)
001 (assinatura ilegível)
Godo (assinatura ilegível)
(o Godot manda dizer que também assina por baixo, mas que agora não lhe dá jeito)

* VIB, very important blog

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29/05/04

Seguimos para bingo

Porque é que não gostas de ser apodado de esquerdista?
Essa é de resposta simples: porque não sou! Um esquerdista apoia revoltas sem pensar nas consequências. Eu não. Um esquerdista não toma banho. Eu tomo. (...)

Claque Quente

Boa. Já não sou só eu. Bem me parecia. A badalhoquice é revolucionária e a revolução é badalhoca. Sei. Esquerda, sinistra. Sarro com pernas, articulado, vociferante. Subscrevo inteiramente essa das abluções. Aliás, durante os trinta anos em que julguei ser de esquerda, eu bem via como os "camaradas" olhavam para mim de esguelha; era o cheiro a sabonete que os incomodava. Bem, isso e a minha atávica alergia a trogloditas e a medíocres, além do pouco ou nenhum embevecimento pelas "massas trabalhadoras".

Vale a pena ir ler a entrevista por inteiro. Pessoalmente, não concordo com uma data de coisas que diz o entrevistado, como, por exemplo, que "hoje em dia há menos mânfios a escarrar na rua". Em que rua é isso? Eu cá não noto diferença nenhuma, nem na minha nem naquelas por onde passo. Ora aí está um ferrete identitário do nosso bom povo que lavas no rio; não me lembro de qual era o autor estrangeiro, esquisitamente lusófilo, que dizia que o povo português se define pelo som que produz imediatamente antes de escarrar no chão. Referia-se àquele inconfundível e muito másculo RRRRUAAACH, que puxa as secreções, prelúdio do consequente e não menos vibrante PTUM, genial manobra de expulsão bocal, ó glória, coisa absolutamente única em todo o mundo, inimitável, juro, venha lá o primeiro estrangeiro e tente fazer aquilo.

É por causa de coisas destas, fedúncias e aversões a detalhes e pouco de essencial ou importante, que não tenho onde cair morto... politicamente. O suínismo, o trogloditismo, o vira-virou Maria, não são atributos ou distintivos de nenhuma coutada política em particular. De facto, a falta de higiene, principalmente mental, é característica de alguns grupos folclóricos da sinistra; mas basta ver Cavaco Silva a comer... para não querer ter nada a ver com as direitas. Bem, a não ser que se rotule o dito prof de esquerdista e, nesse caso e como quase sempre, já não entendo nada. O que, de resto, também não admira.

E o mesmo quanto ao remate historiológico da entrevista. Caro Clark59, caramba, e então nosso Marquês de Pombal, hem? A pergunta é meramente retórica, bem entendido, até porque já estou habituado; sempre que alguém arrola os seus ícones históricos esquece sistematicamente o único Português que fez muito e disse pouco - ou nada. Ainda hoje resta mais, da obra pessoal de Sebastião José, do que de todos os que o antecederam e de todos os que lhe sucederam. Juntos.

Não por mera coincidência, e mesmo numa época em que era fino ser porcalhão, foi ele quem tratou de abastecer - de uma vez por todas - Lisboa de água. E não exactamente ou apenas para o povo alfacinha a beber e com ela regar as couves; palpita-me que o velho Conde, já nessa altura, sabia que não há civilização sem água. Limpa, corrente, diária. Pois é essa, também não por coincidência, a única obra portuguesa listada no Guiness World Book of Records; nem barcos, nem feitos; um aqueduto. O paradigma do banhito. Eis o maior feito nacional. A pérola arquitectónica das Águas Livres.

Pelos vistos, pérolas a porcos.

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28/05/04

Seca histórica


A propósito de Brasil. Mané Garrincha foi um futebolista conhecidíssimo, nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado, e é ainda hoje uma referência histórica do futebol mundial.

Em 1962, depois do apito do árbitro que deu por finda uma partida, no Chile, um "periodista radialista" chileno aproximou-se de Garrincha, de microfone em punho: "Garrincha, aqui tiene usted el micrófono para sus despedidas."

O pobre Garrincha, que não era propriamente conhecido pelo seu brilhantismo intelectual, pegou no dito microfone e disse a frase sibilina: adiós, micrófono!

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o direito e o dever de votar nas putas

Foi o estranho critério de busca utilizado por um brasileiro, ontem às 18:45 h, na Google. E veio cá parar, aqui ao Godot, que é um blog de respeito, caramba, isto já não há valores sagrados em lado nenhum, bálhamedeus.

Meu caro 200.135.75.#, equivocou-se. Qual putas nem meio putas! A gente aqui é mais Português, literatura, um pedacinho de pancada nos políticos, mas nada de grave, uns carolos e assim, mas, claro, de vez em quando lá escapa seu vernáculozito (caralhadas, entende?), não é por mal e só usamos disso se e quando vem absolutamente a propósito. Não gramamos bandalheiras, acredite, ó 200.135.75.#; o Dodo, ainda vá que não vá, é assim meio desbocado, mas isso é tão raro nele, sabe, e não vem daí mal ao mundo. Agora cá putas! Nunca! É uma calúnia! Isso foi um "post" com uma colecção de bojardas fortes (broches langonha meita fodido, coisas assim), e até era copiado, o autor foi um tal Renas & Veados, educadíssimo e insuspeito blog, como nós, aquele até parece firma comercial, vê-se logo, e mesmo só escreveu aquilo numa de fintar a própria Google, veja lá. Mas enfim, se quiser, vá lá ao blog dos cervídeos falar com eles, mais fica, a gente abstém-se.

Mas, já agora, amigo, aqui chegados e de assunto arrumado, queira esclarecer uma dúvida que nos ficou: queria realmente saber em que consiste, ao certo, o "direito e o dever de votar nas putas"? Ficam-se-me as meninges palpitando. Direito e dever de votar nas putas, caro amigo, hem? Hmm? A Constituição brasileira refere o assunto, por acaso? Será que aí, no seu país, um cidadão tem o direito constitucional e a obrigação de votar no putedo? O Brasil é muito engraçado, realmente.

As coisas que a gente aprende neste maravilhoso mundo blosférico.

001

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Words and deeds IX


A história do hino de Espanha poderia constituir um capítulo autónomo, neste ou em qualquer outro estudo; a partitura de "La Marcha Granadera", ou "La Marcha Real", foi descoberta em 1761 e é hoje um dos poucos hinos nacionais sem letra; abusando aqui um pouco de liberdade especulativa, talvez isto aconteça por a Espanha ser constituída por várias nações e englobar várias Línguas, sendo, por conseguinte, o hino nacional um factor de união - sem a imposição e a supremacia de uma dessas Línguas, o Castelhano, sobre as outras: o Galego, o Catalão e o Eusquera (Basco).

Existem várias tentativas de fixação de uma letra consensual para o hino espanhol, e houve mesmo uma que, embora nunca oficialmente reconhecida, foi cantada durante o período Franquista (1939-1975).

Este hino de "só" música será apenas vagamente conhecido, para a maioria dos portugueses. Apesar da proximidade geográfica e da interligação histórica entre os dois países, é imenso - e, de certa forma, incompreensível - o desconhecimento mútuo; muitos historiadores, escritores, políticos e outros intelectuais têm tentado explicar esta proximidade que é distância e esta "irmandade" divorciada, entre as duas nações políticas da Península Ibérica. Existem e existiram mesmo alguns iberistas célebres (D. Pedro V, Latino Coelho, Oliveira Martins), mas o facto é este: o país de "nuestros hermanos" e as nações que o constituem são tão desconhecidos em Portugal como qualquer outro da União Europeia. Tipicamente, conhecemos melhor o Boulevard Monmartre do que a Gran Via, ou Trafalgar Square do que Atocha.

Evidentemente e do mesmo passo, se todos reconhecemos imediatamente a Marselhesa ou God Save The Queen, poucos saberão dizer a que país pertence a Marcha Granadera.




Fontes de informação
http://gl.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%B1a
http://www.himnonacional.org/
http://www.embajada-esp-praga.cz/Consulado.BanderaHimno.htm
http://lusotopia.no.sapo.pt/indexPTIberistas.html

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23/05/04

uma nova agência de mudanças e reparações


Era só o papel de parede e uma secretária antiga que aqui tenho; a ver se a levava para o sótão, que só atrapalha e não condiz com o dito papel. As portas também estão a precisar de ser substituídas. Se possível, dava um jeito nas tomadas (algumas estão partidas).
Obrigado, Sr. Manel. Depois mande a continha.

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20/05/04



Words and deeds VIII


Hoje, 20 de Maio, é o dia de aniversário de Timor Lorosae independente. Loro sa'e quer dizer "sol nascente", em Tétum. Faz dois aninhos, o mais novo país do mundo.

Timor é uma ilha a Norte da Austrália e a Sul da Indonésia. A metade Leste tem cerca de 820.000 habitantes e é um dos países mais "pobres" da comunidade internacional, segundo os padrões europeus e/ou ocidentais. A Capital é Díli. As principais riquezas naturais são o petróleo, o café, o sândalo. Diz quem já lá esteve que a principal riqueza natural de Timor é ser uma terra que nunca mais se esquece.


Título: "Pátria"
Texto: Borja da Costa
Música: Afonso Araújo


Pátria, pátria, Timor-Leste nossa nação.
Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
Vencemos o colonialismo.
Gritamos: abaixo o imperialismo.
Terra livre, povo livre,
não, não, não à exploração.
Avante, unidos, firmes e decididos.
Na luta contra o imperialismo,
o inimigo dos povos,
até à vitória final,
plo caminho da revolução!


Refrão: Pátria, pátria, Timor-Leste nossa nação.
Glória aos heróis da nossa libertação



(link)

Também esta extraordinária melodia não se esquece nunca mais.

Parabéns, Timor!

praia de Liquiçá, 32 km a Oeste de Díli




Fontes de informação
Sítio de Timor (em Sapo.pt e em Cedilha.com)
http://lorosae.blogspot.com

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18/05/04


Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

Composição
Alfredo Keil




(link)



Words and deeds VII


Uma pesquisa rápida na Google, limitada apenas ao critério de busca "hino nacional"+blog+Portugal, resulta em surpreendentes quantidade e variedade de resultados.

Talvez seja interessante determo-nos em alguns destes, a começar pelos mais recentes (primeiras cinco páginas de resultados), e atendendo a que foram feitas transcrições não exaustivas dos "posts"; por regra, além do "link" para a página de entrada de cada "blog", junta-se o "permalink", no caso de existir.

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HINO NACIONAL: É um dos simbolos nacionais de cada país, devendo ser ouvido em respeito mesmo quando se trate de um hino estrangeiro. Se se tratar do nosso hino, esse respeito será naturalmente acrescido. É uma questão de educação. Alguém explique isto aos labregos da TVI que, como se viu na transmissão da final da Taça de Portugal no Domingo, não distinguem o hino de uma qualquer música do Toy.

mar salgado
posted by Neptuno on 12:01 PM #
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Circunscritos à mediocridade civilizacional assente na Crucífera espécie vegetal, Portugal deveria adoptar como brasão um talher cruzado, como bandeira um pano de loiça e como hino um arroto - ou, quiçá, a conhecida melodia "Bacalhau à portuguesa", imortalizada por Quim Barreiros.

O Hino Nacional poderá, como tantos hinos em tantos outros países, apelar a sentimentos de culto pátrio e de valores históricos que não têm qualquer significado nos dias de hoje, quer para o sr. Daniel Oliveira quer para tantos cidadãos em tantos outros países.

blog-notas
Publicado por blog-notas em dezembro 29, 2003 11:58 PM | TrackBack
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Sinceramente adoro A Portuguesa, emociono-me quando a oiço, mas também acho que não reflecte a realidade da nossa pátria.
É claro que continuamos a respeitar os efeitos dos nossos ante-passados, mas também aprendemos com os erros deles. É claro que é importante demonstrar determinação na defesa da pátria, da constituição, da liberdade e da República, mesmo com o uso da força (se for realmente necessário), mas nos dias de hoje as maiores ameaças a estes valores não é armada. A maior ameaça vem de nós próprios, pela falta de valores e pela falta de compreensão do lugar do patriotismo num país integrado numa União Europeia e num mundo cada-vez mais globalizado. Enquanto estes problemas não forem resolvidos e enquanto não houver uma mudança no nosso sistema politico de forma a torna-lo mais transparente e a envolver mais a sociedade na governação, não penso que valha a pena mudar de hino.

olifante
Posted by: Diogo Santos | Janeiro 19, 2004 12:30 AM
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Música pimba
A minha filha chegou-me a casa a saber o hino nacional de uma ponta à outra, sem falhas. Aprendeu na escola. Uma vergonha para mim e um orgulho para Paulo Portas. Tentei ensinar-lhe outras coisas, mais interessantes. Desisti. A música pimba sempre entrou mais facilmente no ouvido.

Errata: Fui injusto. A minha filha canta "Heróis do mar, nobre polvo". A verdade vem sempre da boca das crianças.

Barnabé
Publicado por danieloliveira em | TrackBack
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Domingo passado, nas Crónicas habituais de Marcelo Rebelo de Sousa, ouvi um apelo de um embaixador de Portugal, que a propósito do Euro 2004, sugeria que se (re)aprendesse o Hino Nacional.
Passados 30 anos da Revolução, temos o dever de aprender o Hino do nosso País. A minha geração, devido aos complexos gerados pela Mocidade Portuguesa, já não o aprendeu na escola.
Por via da nossa integração na Europa, perdemos parte da nossa soberania e ganhamos outras coisas em troca. Perdemos a moeda, perdemos a politica monetária e parte da económica. Ainda não perdemos o Hino. Eu resolvi aderir à ideia, pois as heranças são para manter...

Azenhas do Mar
Publicado por pmbernardes em 10:21 AM
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É absurdo, isto não pode continuar!
Para quando o início da guerra de libertação?
E, já agora, alteremos o hino nacional e cantemos:

"Contra Bruxelas, marchar, marchar"

cabalas
- posted by Alvaro @ 4:48 PM
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Os alunos do sistema público de ensino devem cantar o Hino Nacional no início do dia. O objectivo desta medida é incutir nos jovens sentimentos nacionais. Paulo Portas defende que devemos ser patriotas, não é só no fubtebol que devemos cantar o hino;

Nónio
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QUANTA INTELIGÊNCIA (pra num dizer o contrario)
Vestibular UFRJ
Eis as pérolas:
HISTÓRIA
=> O Hino Nacional Francês se chama La Mayonèse...
GEOGRAFIA
=> A capital de Portugal é Luiz Boa.

Vida da má (Brasil)
By: || ás 1:17 AM (extractos, post de 17.05.04 sem permalink)
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Concorda que se deveria aprovar uma lei para obrigar a mastigar pastilha elástica durante o hino nacional?

1º Lugar - Sim, da marca dos submarinos, com 41.66%.
2º Lugar - Não, pode provocar abortos, com 25.00%.
3º Lugar - Não, é uma falta de respeito, com 16.66%.
4º Lugar pela duvida existencial - Talvez, depende do sabor, 16.66%.
5º Lugar - Sim, ajuda a dicção, com 0.00%.
Abstenção - Maior do que o exigido pelo ensaio sobre a lucidez
Nulos - 0 ( Zero )

Nota - a abstenção e os votos nulos foram distribuídos conforme o método de Hondt.

Não deixe de comprar a nova pastilha GSC (Gasto Supérfluo Consentido), sempre que ouvir o hino nacional, masque uma.
( produto não sujeito a receita médica, em caso de precistência dos sintomas consulte o seu médico assistente, se ainda for vivo ).

analiticamente incorrecto
posted by Paulo Tomás at 11:51
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Mas pode dizer-se qualquer coisa como este senhor vê a cultura e o conhecimento. Ao descobrir que a filha tinha apreendido o hino, tentou ensinar-lhe outras músicas, provavelmente menos pimbas, e que considera mais adequadas para reflectir a cultura nacional (talvez Fanhais, José Mário Branco ou Sérgio Godinho). Felizmente, não conseguiu. Talvez não tivesse sido mau utilizar a internet ou uma enciclopédia para perceber e explicar o que é o Hino Nacional, qual o contexto histórico em que foi escrito e qual o seu significado para a república. Podia mesmo explicar o que significa cada um daqueles versos e os acontecimentos históricos a que se referem.

Mas não, resolveu dizer que era música pimba e dar a entender que quem sabe e compreende o Hino é um fascista radical que quer expulsar todos o emigrantes de Portugal, matar pretos e homosexuais, blá, blá blá (a cartilha habitual).

pasmo
# posted by pasmo @ 12/23/2003 11:15:36 AM
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fontes de informação
letra do hino português: JN
bandeira portuguesa: anim factory
hino nacional: portal do Governo



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17/05/04

Words and deeds VI


Guam Ilha sob administração norte-americana, no arquipélago das Marianas (Pacífico Norte), com 541 quilómetros quadrados e cerca de 160.000 habitantes. Capital: Hagatna (Agana).

Existem países dos quais nunca ouvimos sequer falar, e Guam será certamente um desses. Se bem que seja, em todos os aspectos, território integrante dos EUA, esta ilha conserva algum grau de autonomia e tem um hino próprio, além do hino nacional americano.
Este hino de Guam aparece aqui um pouco por acaso; surgiu de entre muitos outros, durante as pesquisas pela Internet, mas parece-me belíssimo e perfeitamente adequado ao nosso(a) estudo. A letra que se segue está em Inglês e em Chamorro, a Língua local. Existe uma terceira Língua falada em Guam, o Japonês; não por acaso, falaremos também do hino do Japão, logo de seguida.

Stand ye Guamanians for your country
And sing her praise from shore to shore
For her honor, for her glory
Exalt our island forever more.
For her honor, for her glory
Exalt our island forever more.

May everlasting peace reign o'er us
May heaven's blessing to us come
Against all perils, do not forsake us
God protect our isle of Guam.
Against all perils, do not forsake us
God protect our isle of Guam.

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Fanohge Chamorro put it tano'-ta
Kanta i matuna-na gi todu i lugat
Para i onra, para i gloria
Abiba i isla sinparat.
Para i onra, para i gloria
Abiba i isla sinparat.

Todu i tiempo i pas para hita
Yan ginen i langet na bendision
Kontra i piligru na'fansafo' ham
Yu'os prutehi i islan Guam
Kontra i piligru na'fansafo' ham
Yu'os prutehi i islan Guam





Os ouvidos mais atentos terão reparado que o "link" para o hino de Guam vai dar a uma imensa colecção de hinos nacionais, executados, na sua maioria, por orquestra japonesa. Não por coincidência, é precisamente o hino do Japão que se segue. Passamos assim de um país microscópico e que nem sequer é independente, para um outro que já foi um imenso império. Do ponto de vista dos hinos de cada um deles, não há diferença nem comparação. Um hino é precisamente isso, dimensão exclusivamente simbólica, sem tamanho, importância, beleza ou imponência, conceitos relativos com os quais os hinos não têm nada a ver.

Hino nacional do Japão (Kimigayo), 1880


(transcrição do Japonês)***
Kimiga yo wa Chiyoni
Yachiyoni Sazaréishi no,
Iwao to narité,
Koké no musumadé.

(tradução para Inglês)***
May thy peaceful reign last long!
May it last for thousands of years,
Until this tiny stone will grow into a massive rock
And the moss will cover it all deep and thick.

(tradução do Inglês)
Que o vosso reino de paz dure para sempre!
Que possa durar por milhares de anos,
Até que esta pedrinha fique um enorme rochedo
E o musgo viçoso o cubra por inteiro.



Já que estamos nos antípodas, e porque se comemora a 20 de Maio a independência, seguiremos nessa data para Timor-Leste. No dia do 2º aniversário do mais novo país do mundo, o 1º do século XXI, teremos então um "post" exclusivamente dedicado ao hino nacional timorense.



fontes de informação
http://www.abacci.com/atlas/anthem3.asp?countryID=211
http://mysticplanet.com/GUAM.HTM
http://www.nationalanthems.com/index.php?kod=Guam
http://www.d.umn.edu/cla/faculty/troufs/anth1095/fsweek03.html
http://www.japanorama.com/kimigayo.html
*** figura com caracteres japoneses, transcrição e tradução para Inglês: http://david.national-anthems.net/jp-txt.htm
(a) My Moleskine publicou hoje um post com os hinos dos cinco PALOP

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O pontapé na chincha 2004


Para alguns, jogar ou ver futebol equivale à satisfação de instintos violentos e à sua dissipação inofensiva. Na base desta teoria está a ideia de que todos sofremos frustrações na vida quotidiana e de que vivemos sempre com elas sob a forma de uma opressão crescente. Armazenamos esta fúria, que fervilha continuamente no mais fundo de nós, à espera de uma oportunidade para explodir de forma visível.
Desmond Morris, A Tribo do Futebol (1981)

É espantoso, quando não caricato, ver e ouvir pessoas que se supõe serem inteligentes e instruídas perorando sobre a "arte" do pontapé na chincha. De facto, ouvir uns quantos ilustres do esférico, esgrimindo "argumentos" sobre coisa tão básica, primitiva e, de certa forma, ridícula, é um exercício de masoquismo com requintes de malvadez.

Que um qualquer pônciomonteiro debite umas larachas, com notório ar de gajo esperto como um alho, ainda vá, tem a sua piada; as reflexões mais elaboradas deste género de "especialistas" têm a mesma profundidade e a mesma concentração que aplicam na mais complexa das suas tarefas quotidianas como, por exemplo, mexer a sopa quando está quente. Mas ouvir uma pessoa cuja profissão é mexer dentro das pessoas, reparar tubagens e canalizações íntimas, um cirurgião cardiotorácico, valha-me Deus, isso já é mais difícil. Para quem lê as crónicas de Eduardo Barroso, é extremamente doloroso ouvi-lo depois a destilar teorias em futebolês, escorado no seu "sportinguismo", nas inúmeras "mesas-redondas" sobre tão ingente assunto que enxameiam os quatro canais nacionais.

Cito estes dois "habitués" da converseta futebolística como meros exemplos de extremos mediáticos. Mas todos sabemos que existem muitos outros, até um candidato a candidato à Presidência da República, experts na matéria, que argumentam sobre tácticas, discutem acaloradamente sobre manobras de bastidores, atiram uns aos outros as culpas do "sistema". Não é possível que esta gente se leve realmente a sério e que leve também, com a sua verborreia apaixonada, o povo a julgar que ganha alguma coisa quando a sua equipa ganha, ou que existe realmente a mais ínfima das diferenças entre "ser de" um clube ou "ser de" outro qualquer.

Sportinguismo é "ser do Sportém", como benfiquismo é "ser do" Benfica ou "ser" portista é "ser do" Fêcêpê. E comporta-se, cada índio destas tribos, como se os das tribos vizinhas fossem inimigos verdadeiros, a abater, a destruir. E destroem mesmo, volta e meia, atiram pedras às caravanas (autocarros) de "inimigos", organizam batalhas campais entre "falanges" (claques), insultam a mãezinha e demais parentes do árbitro (a chatice da lei e da ordem), enfim, fazem trinta por uma linha, com a estranha complacência das chamadas forças de segurança. Mas enfim, até se compreende, de certa forma, para um elemento da polícia de choque o energúmeno da bola é a verdadeira entidade patronal; é prudente não estragar muitos "hooligans" com uns pontapés e umas cacetadas, caso contrário ficam sem emprego.

Quando uns tipos vestidos de vermelho e branco entram em campo, eu cá prefiro, vá-se lá saber porquê, vê-los a eles a jogar bem e os outros mal, a marcar mais golos do que os sofridos. Em resumo, quando é o Benfica a jogar, eu quero que o Benfica ganhe. Será isto "ser benfiquista"? Serei eu também um troglodita e ninguém me avisou? Mas, que diabo, lembro-me perfeitamente de aplaudir o Belenenses, numa final da Taça, porque jogaram melhor e mereceram ganhar. E quando o Porto ou o Sporting, ou qualquer outra equipa portuguesa, joga contra uma estrangeira, eu quero é que a "nossa" ganhe. No fundo, no fundo, o meu verdadeiro "clube" é a chamada Selecção Nacional (note-se as maiúsculas), e também não sei bem porquê, mas desconfio. Indo mais a fundo ainda, o meu problema de laivos trogloditas e broncos é que adoro futebol, valha a verdade; em minha defesa, alego que nunca apupei ninguém e que é aos meus botões que digo o que acho do árbitro.

Mas julgo que esta coisada do futebol foi longe de mais. Basta assistir a um jogo de Rugby, ou de Voleibol, por exemplo, para constatar isso e ver a diferença. O futebol já não é um desporto; já não é, ao contrário do que escreveu Desmond Morris, uma forma de "dissipação inofensiva" da frustração; de há muito deixou de ser "only a game". É por isso, é por causa disso, que a atitude estúpida e cega dos líderes e fazedores de opinião toma foros de verdadeiro crime de lesa-cultura.

Não é muito curial exigir a um "popular", embrutecido e ignorante, que deixe de se comportar como um Cro Magnon vestido. Mas a pessoas instruídas, aos líderes que as massas ululantes seguem, seria de - ao menos - pedir um pouco mais de compostura, comedimento, urbanidade; enfim, que tivessem juízo.

Este "benfiquista" deseja as maiores felicidades ao Futebol Clube do Porto, na próxima final da taça dos campeões europeus. E que tragam o caneco.

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Mensagem devolvida


Veio devolvida (por duas vezes) a minha resposta à mensagem que Ferreira Fernandes me enviou, a propósito de um "post" sobre livro de sua autoria; na sequência deste "post", o Sr. Ferreira Fernandes fez o favor de me remeter uma lista, à qual respondi com outra.

Se bem que seja um pouco constrangedor a exposição pública de correspondência particular, para mais com a agravante de um dos interlocutores estar identificado e o outro não, decidi publicar aqui a troca de correspondência, na esperança de que o referido autor leia a minha resposta.

No pressuposto de que a correspondência recebida passa a ser propriedade do destinatário, mas atendendo também ao desequilíbrio de relações que resulta do meu próprio anonimato, caso o Senhor Ferreira Fernandes venha a manifestar qualquer interesse nisso, apagarei de imediato o seu último email.





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----- Mensagem Original -----
De dodo2004@iol.pt
Data Sat, 15 May 2004 17:11:40 +0100
Para Ferreira Fernandes ffernandes@sabado.investec.pt
Assunto Re: Ferreira Fernandes




Caro Senhor Ferreira Fernandes,

Muito obrigado pela sua mensagem.

O blog "do Godot" é absolutamente insignificante e os meus escritos apenas a mim próprio interessam, o que se pode perfeitamente aferir pelo número e tipo de visitantes que ali vão, a maioria ao engano ou por mero acaso, e apenas dois ou três com mais alguma atenção. Portanto, muito me surpreendeu a sua primeira resposta, a qual não teria tido retorno, de resto, não fosse o apelativo que escreveu em assunto e o seu remoque final, os quais considerei vagamente ofensivos. Não tenho qualquer espécie de autoridade, linguística ou outra, para dar "lições", sejam estas de Português (há muito que deixei o Ensino) ou de qualquer outra disciplina ou natureza.

Já escrevi ali coisas muito "piores" a respeito de Lobo Antunes e de Saramago, por exemplo. E isso que tem? Desde quando um perfeito anónimo, como eu, tuge a respeito de qualquer assunto e isso muge o que quer que seja? Evidentemente, suponho, nem a um nem a outro ocorreria responder-me, na muito remota e imensamente académica hipótese de alguma vez toparem com o "Godot", um simples blog, tão anónimo como qualquer outro(***).

A minha lista de resposta não teve qualquer intenção de "esmagar"; sei perfeitamente que a "sua" expressão é muito mais utilizada do que a "minha"; como "deparar-se com", "há dias atrás", etc.; é absolutamente igual ao litro que uma esmagadora maioria profira asneiras e que estas acabem, mais tarde ou mais cedo, por se tornar acervo académico e atestado. Resolvi, simplesmente, "pagar" a sua listinha na mesma moeda. Exactamente na mesma medida e com as mesmas intenção e intensidade, como de resto fiz com o apelativo em assunto e com o remoque final: devolvi na mesma medida. Procurando não ofender ou insultar, contudo, porque realmente a questão é demasiadamente irrelevante.

Por conseguinte, não vejo como pude, posso ou poderei eu atirar seja com o que for "para a fogueira". Nunca ninguém tinha chamado isso à minha modesta opinião, o que não deixa de ser, por paradoxo, um pouco prestigiante; mas garanto-lhe que dispensava bem a vaidade.

Quanto a sarcasmo, suponho estarmos também esclarecidos: não fui eu quem usou de tal coisa. O tratamento mais desrespeitoso que usei foi o de "o Fernandes" e, neste, limitei-me a repetir - citando - a autora do artigo em causa.

Digo-lhe estas coisas porque espero, sinceramente e sem quaisquer ironias, que o seu livro tenha o maior sucesso. E reafirmo que nunca me passou pela cabeça que aquilo que escrevi a respeito pudesse vir a ter a mais ínfima das repercussões, e muito menos ainda por parte do próprio autor. Ao qual desejo também os maiores sucessos, pessoais e literários, e continue a gozar de excelente saúde.

Cumprimentos.

http://001.blogspot.com

(***) Abreviando uma longuíssima explicação, perdoará que mantenha o anonimato. Sempre a mantive, neste como em outros "blogs" e como acontece com a maioria dos autores desta nova forma de expressão; aliás, o anonimato - ou a assunção de alter-ego - faz parte do próprio conceito que define, descreve e resume o termo "weblog". Não bulindo este assunto, uma simples e microscópica divergência linguística, com questões mais sérias - como honra ou hombridade, questões pessoais - não me parece necessário quebrar agora essa regra.



----- Mensagem Original -----


De: Ferreira Fernandes ffernandes@sabado.investec.pt

Data: Quarta-Feira, 12 de Maio de 2004, 20:34

Assunto: Ferreira Fernandes


Olá,

Não precisa de me lembrar que muita e boa gente escreve correctamente "lembro-me de que…". Eu sabia. Por isso não fico esmagado com os 2230 resultados no Google (tenho para a troca 8430 "lembro-me que…", no mesmo sítio). Aliás, se fosse caso de eu ignorar a justeza do "eu lembro-me de que…", para esmagar bastava citar-me o Gilberto Freyre, que tanto admiro desde pequenino (no ano passado, estive na casa que foi dele, até peguei na tartaruga que o conheceu). Com o argumento de autoridade de Freyre, só o saber que Rubem Braga, o maior cronista da língua portuguesa contemporânea, alinha na turma do "lembro-me que…" me tira da angústia: "Lembro-me que, apesar de sentir esse fascínio do Rio de Janeiro…", Rubem Braga, em "Quando o Rio não era Rio" (este eu ainda não tinha citado, guardando para a artilharia final). Se o Braga simplifica, não seguindo a Gramática, é sabido que a Gramática o seguirá. Entretanto, já eu apanhei boleia. Dito isto, é legítimo que queira guardar o templo das normas.
Obrigado, pela lição. Que não vou seguir.
Já gostei menos do seu sectarismo em lançar para a fogueira um livro que merece mais do que um sarcasmo. "Lembro-me que…" é um livro que cuida dos factos, exercício que não é habitual entre nós.
Até outro dia,
José Ferreira Fernandes

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15/05/04

olhos em bico


O Japão é um dos países com o mais alto nível de vida do mundo, e por isso sempre me intrigou a quantidade de restaurantes japoneses que existem em Portugal, um dos países com o mais baixo nível de desenvolvimento do Ocidente. O que fazem aqui os empresários japoneses, onde muito pouca gente pode pagar a mais trivial das refeições japonesas?

Descobri o mistério. Segundo fontes geralmente bem informadas, lá daquelas bandas, um pedaço mais acima, a maioria dos restaurantes japoneses em Portugal é de... chineses. Pronto. Está explicado.

Para um chinês, é igual ao litro ter o restaurante às moscas durante a maior parte do tempo, se depois cobra o equivalente a quatro ou cinco jantares completos, de uma assentada, servindo apenas um "sushi" ou um "sashimi" ao primeiro incauto da noite; por sua vez, para este incauto, convencidíssimo de que ali tudo é japonês legítimo, largar um balúrdio pela imitação de peixe cru até é factor de prestígio, fica bem. E depois, claro, não é muito fácil para nós distinguir a nacionalidade do ser-humano de olhos em bico vestido com aquilo que parece ser um "kimono" japonês genuíno. Aliás, o "kimono" é tão japonês como a pessoa que está lá dentro, porque, em Japonês, nem é assim que se designa a vestimenta.

Qualquer chinês aprende num instante os rudimentos da cozinha chinesa, como, de resto, qualquer chinês aprende qualquer coisa num instante. E mais ainda: a "genialidade" do negócio, do ponto de vista do empresário chinês, está na mistura equilibrada de equívocos: o cliente pensa que está a engolir pedaços do Japão e, como no Japão é tudo muito caro, paga muitíssimo bem cada pedaço; paga e não bufa, como se costuma dizer, porque nem sabe bufar naquela Língua nem lhe passa pela cabeça que uma coisa caríssima possa ser uma vigarice. Por isso, e não por apreciarem especialmente o silêncio, característica essa e isso sim dos nipónicos, é que os empregados raramente falam entre si; nunca se sabe, pode haver algum cliente na sala que entenda um pouco de Mandarim...

Se for a um destes orientais estabelecimentos e, como é natural, nunca tiver estado nem na China nem no Japão, repare nas cadeiras, nas mesas, na decoração: é sóbria e despojada? É japonês (ou uma excelente imitação). Pelo contrário, é arrebicada e confusa, com retorcidos e bibelots? É chinês. Se ouvir algo parecido com "árémass" ou "hái" (gutural), e se a regra for falar baixo, é japonês; se alguém mais distraído lhe disser "ché-ché" (obrigado) ou se os sons predominantes forem mais nasalados, e se falarem alto, xau, é chinês.

De resto, nem serão todos assim tão maus, os restaurantes japoneses made in China. E podemos mesmo condescender nisto: se eles conhecem a cozinha japonesa, porque não hão-de admitir empregados chineses? Bem, pela mesma diferença que existe entre o Iene e o Renminbi. Se quero chinês, vou ao chinês. Ao menos fica muito mais barato.

Tenho para mim que nunca tocaria num cozido à portuguesa, num restaurante português por exemplo em Londres, se me fosse servido com pauzinhos, se a travessa contivesse couve-de-bruxelas, ou se o empregado me dissesse, ao servir: buen apetito, caballero. Mau cozido, mau Português e mau Castelhano. Não tenho estômago para isso.

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13/05/04

Foi


O acaso é talvez a mais difícil das coisas. Por acaso nascemos e assim continuamos, ao acaso e desajeitadamente, tentando entender a raiz e a razão das coisas que, a maior parte das vezes por mero acaso, nos aconteceram e acontecem. Há dias em que, por acaso, nos dói o coração, e não é exactamente por causa imediatamente diagnosticável; por acaso, o coração dói, às vezes. Uma coisa bonita que nos surpreende ou outra horrível que nos esmaga, a surpresa de um dia mais ou de um outro a mais, novo ou inesperado, ou ainda alguém que pensamos não merecer e que, de repente, nos aparece à frente. Por acaso, sempre por acaso. Como a traição ou a tragédia, que nunca acontecem se não por mero acaso. Como a consciência que se esconde em cada uma das curvas de um perfil. Como o frio bom que se sente ao sol de Inverno. Ou o calor da neve mais gélida quando está alguém que amamos na ponta da nossa mão, e não compreendemos porquê, o que fizemos para merecer isso. Ou o que não fizemos para merecer o castigo de isso nos faltar, quando por acaso nos faltar.
Acaso é irmos na rua e já não haver rua, ou nem para onde ir, de repente. Virar à esquerda num cruzamento, quando à direita é que era, ou ao contrário, quando o inverso deveria ter sido. É o azar que bate à porta ou vem já a caminho, pelo ar, como um piano que despenca de um 20º andar, apontado exclusivamente à nossa cabeça, como nos desenhos animados ou em algum estranho filme de terror. Como acordar com uma tremenda ressaca por se ter sido excessivamente, loucamente feliz na noite anterior, no dia anterior, no ano passado ou há mais de dez anos. Maldição, malapata, crucificação pessoal e intransmissível, sempre imprevisível, sempre quando menos se espera.
O acaso é o que resta quando apenas os imprevistos sucedem e todos os planos falham; quando Deus, por fim, vem em nosso auxílio e se senta connosco num passeio, e rimos ambos, como bons amigos, de tudo o que nos aconteceu, e acontece, e não pára de acontecer. É quando esse mesmo Deus se lembra de que está muito ocupado a curar os males da humanidade e não tem tempo para os nossos, nem para nós, e diz como o coelho da Alice, atrasado, muito atrasado, ai, valha-me Eu.
Às vezes, nem sempre, sentimos que é possível, que é hoje, que agora é que é. E, geralmente, não é. Nem hoje, nem agora, nem sequer possível, nunca. Mas acreditamos que é, que vai ser, que sim. E a isso chama-se esperança, a sombra branca do acaso.

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12/05/04

...


É isto que quero fazer. Estrumar papel e saber que digo a verdade. Adquirir o ritmo da verdade surreal, sem que pese. Ou seja, de tal forma crua que pareça ficção ou designação prosaica de mais uma forma quotidiana de egoísmo. A verdade tem que serpentear pelas palavras como se não se desse por ela, como se se mascarasse de absurdo. Ou não fará sentido. A verdade é um código matricial inexpugnável, uma hiper-linguagem superegótica, deificada pela existência e pela carne. Puta que pariu que me perco no que digo!

crise luxuosa

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----- Original Message -----
Data 11/05/2004 23:33
De Ferreira Fernandes ffernandes@sabado.investec.pt
Para zerozeroum@mail.pt
Assunto: Dr. Tonecas



"Lembro-me que estava a seguir um curso na Sorbonne,
em 1948…", David Mourão-Ferreira (Jornal de Letras, 3/1/96)

"Lembro-me que os cantores da minha geração queriam
todos cantar como Bettencourt…", Manuel Alegre (Público, 4/4/96)

"Eu lembro-me que a minha adolescência foi passada…",
Nelson Saúte (DN, 28/2/2001)

"Lembro-me que o Vaticano e o cardeal…",
Leonardo Boff, em "O Filósofo e os Pobres"

"Lembro-me que perguntava tudo a todos", Inês
Pedrosa, DNA (30/08/2003)

"Lembro-me que ganhava 75 escudos por coluna",
Francisco Sarsfield Cabral, (revista Meios, Maio 2003)

"Lembro-me que estava na sala…", Joel Neto,
"Dois dias fui jornalista"

"(…) lembro-me que me chamou a atenção…"
Germano de Almeida, (Jornal de Letras, 21/10/1998)

"Lembro-me que fiquei distinta…"; Alice
Vieira, "Lembro-me", Associação dos Professores de Português

"Lembro-me que trabalhava no Jornal do Brasil",
José Nêumanne, editorialista do "Jornal da Tarde"

"Lembro-me que te agarrei a mão…", Al Berto,
"Eras novo ainda"

"Lembro-me que, na primeira vez que estive no colégio…",
Ruth Arons, em "O paraíso triste", de Maria João Martins

"Eu lembro-me que fui a Primavera", Florbela
Espanca, em "O meu orgulho"

"Lembro-me que comprei o livro num sebo", José
Eduardo Agualusa (Colecção Mil Folhas, 3, Público-2004)

"Lembro-me que quando lá cheguei", Miguel Sousa
Tavares (Público, 14/12/2003)

"Lembro-me que John Philip de Sousa foi um compositor
português emigrado no século XIX para os Estados Unidos da América, MAS
LEMBRO-ME MAL: porque não foi", o Fernandes

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Data Quarta-Feira, 12 de Maio de 2004, 16:46
Para ffernandes@sabado.investec.pt
Assunto: Menino Zequinha


"lembro-me de que": 2.230 resultados Google

cf. Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, tema: lembrar

cf Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, tema: a utilização do "de que"

Lembro-me de que em Cabo Verde, onde continuei o meu serviço militar após o 25 de Abril...
Manuel Lucena, Centro de Documentação 25 de Abril

Lembro-me de que, ao referir-me em trabalho já remoto à contribuição cultural de negros da África...
Gilberto Freyre, biblioteca virtual.

Desde criança, lembro-me de que a esquerda nunca foi bem vista aqui em casa...
Coluna Infame

Certa vez, já adolescente, fui visitar algumas clínicas onde se cuidava desses chamados doentes mentais, e lembro-me de que era com fascínio...
Débora Vieira, Gramática da Língua Portuguesa online (br)

3 - Esquecer/lembrar
a-Quando não forem pronominais: são usados sem preposição. 
Ex.: Esqueci o nome dela.
b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos. 
Gramática da Língua Portuguesa online (br), Sintaxe, regência verbal

7. (FESP) "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração em destaque é:
a) substantiva completiva nominal
b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva predicativa
d) substantiva subjetiva
e) n.d.a.
espaço literário, orações subordinadas substantivas (br)

Lembro-me de que, no dia seguinte, fiz imensas visitas...
O Portal da História - Memórias: Marquês de Fronteira.

Lembro-me de que em Outubro fui para Cascais, onde passei o 11 de Março.
C.M. Oeiras - sumário: O Professor

Lembro-me de que brincávamos no meio dos destroços, em Hamburgo,...
Debates do Parlamento Europeu (tradução)

Hoje lembro-me de que também não usou a expressão "É como lhe digo".
Crónicas de Joel Neto

C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.
(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Ex. Lembro-me de que tu me amavas.
Fala Língua - Período composto por Coordenação e subordinação (br)
 
«lembra-me que...», etc. Trata-se de uma simplificação gramatical perfeitamente compreensível dentro da língua. No entanto, como referi, não é sancionada pela gramática tradicional.
http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=12256&palavras=lembrar

lembro-me de / que falava não eu duma cidade
Pedro Mexia, citação de Gastão Cruz

Quando li o seu primeiro livro, O silêncio, lembro-me de que certas passagens vinham tocadas por uma profunda luz poética que me encantou.
Teolinda Gersão, entrevista

Lembro-me de que, nessa altura, os americanos...
Mário Soares, entrevista

E lembro-me de que Isaltino de Morais, ao tempo presidente da Câmara de Oeiras...
Vasco Graça Moura

Lembro-me de que referiu especialmente o meter as partituras na cabeça, em vez de a cabeça nas partituras.
João de Freitas Branco

 
Obrigadinho pela informação sobre o Sousa.
 
o Dodo


(isto é sobre o quê?)

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11/05/04

(...)

E no entanto, Portugal é uma realidade, custou muito sangue e muito suor defendê-lo como nação, e não foi certamente por acaso (ou desatenção dos outros) que conseguiu atravessar nove séculos de História e chegar à era nuclear com a identidade territorial assumida no tempo das primeiras batalhas contra espanhóis e infiéis.

Atabalhoadamente e às cegas, os portugueses procuram resolver aquilo que julgam ser os próprios interesses, sem acautelar a sua identificação nacional. Quanto ao país, dá um pouco a ideia daqueles pneus carecas que se guardam no fundo das garagens e que não se sabe ainda se são para deitar fora, se para recauchutar.

Ora Portugal, um país que resistiu a moiros, castelhanos e franceses; aos Descobrimentos, à Inquisição e ao Ultimatum; aos Filipes, aos Jesuítas e aos Bragança; à Carlota Joaquina, ao Salazar, ao Vasco Gonçalves e ao COPCON, merecia melhor atenção dos seus filhos; não é propriamente um kleenex que, depois de usado, se amarrota e lança na sanita ou no caixote do lixo. Até porque os portugueses estão tragicamente enganados se pensam que podem sobreviver-lhe. Quando Portugal acabar, acabam também, por menos solidários que julguem estar com a Pátria.


Quem é o autor deste excerto? Hmmm? Alguma ideia?
Palpites por email.
Se acertar, habilita-se a ganhar uma valente e amigável palmada nas costas. Virtual, claro.

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Words and deeds: ponto da situação


A vizinha (cá no blogbairro somos todos vizinhos) do Moleskine respondeu afirmativamente a convite nosso, e colocou um "post" sobre o hino do Brasil. Parece que a ideia é para continuar. Uma vez sem exemplo, temos alguma colaboração entre blogs portugueses, com um tema comum e sem grandes (ou nenhumas) pretensões, poderemos talvez um dia ver o resultado deste trabalho e finalmente - quanto mais não seja, só por isso já valeu a pena - algo de produtivo resulte, feito à distância por pessoas que nem sequer se conhecem. Mantendo cada qual a personalidade do seu blog, pode ser que esta microscópica iniciativa comprove um facto inesperado e, de certa forma, surpreendente: é possível dois (ou mais) blogs, feitos por pessoas completamente diferentes, à distância e com total independência, produzirem em conjunto algo de minimamente útil. Sem polémicas estéreis, sem insultos nem insinuações, sem nada, enfim, daquilo que mais se lê em tantos e tantos blogs, e, principalmente, com alguma substância. Como diz a vizinha e colega, os estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada não são, contrariamente ao que se diz por aí, um mito urbano nem um devaneio legiferante.

Recapitulemos então, apenas nominalmente, o que já existe neste "ensaio em parceria sobre nacional-hinologia".

I - Hinos nacionais: RDA, URSS, França
II - Hinos nacionais: Portugal (monarquia), Reino Unido, USA
III - Hino nacional do Brasil
IV - Marchas militares: A Internacional, A Life On The Ocean Wave (25 de Abril), The Stars and Stripes Forever

Já está combinada, entre ambos os blogs, a sequência próxima de entradas: os cinco PALOP, Timor, Guam, Itália, Espanha e Itália. Depois, para além disto, se verá. No fundo, no fundo, somos bons portugueses: gostamos de navegar à vista.



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Words and deeds IV


Vexilologia, não sendo propriamente uma ciência, significa estudo das bandeiras e insígnias (de vexilo, s.m., insígnia, estandarte, bandeira). Existem dezenas de publicações e também uns largos milhares de sites sobre o assunto. Evidentemente, as pessoas que se dedicam ao estudo deste tipo de símbolos não tecem, nem poderiam tecer, grandes considerações a respeito dos exemplares que vão recolhendo; limitam-se, o que já não é pouco, a listar, enumerar, ilustrar bandeiras, estandartes e outros elementos semelhantes; analisam os diversos componentes e seu significado, seja este o oficial, o presumido ou o mais evidente. Não há muito a dizer sobre uma bandeira, mas existem muitas para ver e, destas, os mais curiosos e interessados dedicam-se a interpretá-las.

Já com os hinos nacionais a coisa é diferente. Hinologia é um termo dúbio, até porque mais parece estar associado ao hino religioso e, ainda mais concretamente, ao hino religioso cristão.

Por conseguinte, talvez não seja muito forçado concluir que (ainda) não existe uma área do conhecimento especificamente dedicada ao estudo - identificação, compilação, seriação histórica - de todos os hinos, enquanto distintivos nacionais, regionais ou de grupo social. De facto, existem muito mais hinos nacionais do que nações, por paradoxal que isso pareça. Um caso flagrante é este:


A Internacional

De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada simos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.

Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!

Bem unidos...

Crime de rico a lei o cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Bem unidos...

Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!

Bem unidos...

Fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!

Bem unidos...

Somos o povo dos activos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas, deixai o mundo!
Ó parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!

Bem unidos...


(link)


Para nós, portugueses, há um caso ainda mais significativo de hino que não é nacional, que nem sequer é português, e cuja criação não teve absolutamente nada a ver com aquilo a que agora o associamos; trata-se do hino dos Royal Marines (fuzileiros britânicos), que ficou na nossa "memória colectiva", de forma indelével, como o "hino do" 25 de Abril de 1974.

A Life On The Ocean Wave

(link)


E existem alguns outros "hinos" que o não são, compostos como marchas militares, mas que se internacionalizaram de tal forma que acabaram por perder grande parte do significado original, ganhando novos e insuspeitados carismas. John Philip de Sousa foi um compositor, filho de pai (*) português emigrado no século XIX para os Estados Unidos da América, onde se transformou numa referência absoluta deste género, não propriamente de hinos nacionais mas da chamada música patriótica. Uma composição que toda a gente conhece, geralmente associada a eventos desportivos, é...

The Stars and Stripes Forever

(link)


Enfim, estes são apenas alguns exemplos daquilo que poderia ser um campo de investigação ainda mais alargado do que a nacional-hinologia. De facto, e à semelhança da vexilologia, com bandeiras e estandartes, o corpus dos símbolos musicais gregários é muito mais abrangente do que apenas o conjunto dos hinos nacionais; compreende também as marchas e outras composições de carácter patriótico, ou mesmo outros "distintivos melódicos", como os hinos de clubes desportivos, por exemplo. Tudo aquilo que, em suma, represente através de música uma identidade colectiva e uma motivação social definidas.





Fontes de informação
http://encyclopedia.thefreedictionary.com/The%20International
http://bluebandmag.demonweb.co.uk/pages/audiomp3.htm
http://www.pbs.org/thinktank/transcript903.html
http://www.dws.org/sousa/starsstripes.htm
(*) - a bold, acrescento e correcção em 14.05.04 - 21:32 h, por indicação de um leitor mais atento. Agradecimentos.

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09/05/04

Exmo. Senhor Ministro da Defesa:

Queira V. Exa. registar esta como simples opinião pessoal, ou protesto de cidania, ao abrigo de qualquer espécie de legislação - constitucional ou geral - que possa ser considerada como relevante, inerente ou atinente.

Na minha opinião, por conseguinte, e devo manifestá-lo publicamente, Excelência, ao abrigo de um porradal de leis, venho mui simplesmente declarar, etc., abreviemos, em plenas fuças de V. Exa., que V. Exa. não passa de um refinado imbecil. Dito de outra forma, e ainda mais claramente, V. Exa. não passa de um garoto com tremendo deficit educacional, sem cara para levar um estalo e, portanto, absolutamente desqualificado para me representar, seja em que qualidade for e na académica assumpção de que um ministro, por mais vulgar e merdoso que seja, representa o conjunto dos seus concidadãos. Mais declaro, Excelência, e reitero que em plena sua tromba, sentir-me coberto de vergonha por ser um seu compatriota. V. Excelência, Sr. Ministro da Defesa do meu país, envergonha-me enquanto português, embaraça-me enquanto cidadão europeu, faz-me desejar que venha finalmente o castelhano por aí abaixo e empoche esta merda toda. Infeliz pátria que tais filhos gera, de facto. Se V. Excelência é português, digo como Almada Negreiros, eu quero ser espanhol. Antes dominado pelo estrangeiro do que governado pela estupidez, pela boçalidade, pelo dandismo de pacotilha.

Pois o senhor ministro, que tanta questão faz em religiosamente seguir a cartilha moralista, elitista, sulista, direitista e liberal, pespega-se em plena parada militar, enquanto entidade e enquanto autoridade, e... masca pastilha elástica? Chuinga, Excelência? Nhac-nhac-nhac, Excelência, enquanto desfilam nossos bravos soldados? A ouvir o hino enquanto dá ao dente, Excelência? Mas que porra vem a ser esta, mal que lhe pergunte, hem, senhor ministro? Esta é que é esta, valha-me Deus.

Ninguém lhe leva a mal o folclore dos beijinhos no peixeirame e das bacalhauzadas no "bas-fond" das feiras, por esse país fora, isto na condição de ser apenas durante as campanhas eleitorais, como cumpre. Todos sabemos que todos os outros pacóvios, de todos os outros partidos, fazem rigorosamente o mesmo, ócápa, faz parte da fantochada, até aí tudo bem. Irei mesmo ao ponto de reconhecer que o Paulinho das Feiras tem um bom aparelho fonético e é perfeitamente capaz de despejar as maiores trivialidades e os mais ridículos dos chavões demagógicos, e até mesmo sem se rir, mas convenhamos que este número da pastilha na parada é um bom pedaço demais, demasiado, o fim da picada. Releve-se aqui o facto de rimar, mas é que estou furioso. Foda-se, senhor ministro, com ou sem o devido respeito, vá lá mascar pastilha para o diabo que o carregue, senhor ministro,
Bom, era só isto, é melhor ficar por aqui, parece-me que me está já dando uma coisinha má, só de imaginar Vossa Mastigância, ó pátria sente-se a voz, nhac-nhac-nhac, bolas, tirem-me deste filme.

Era só.

Saudinha.

Pede deferimento, ou lá o que é, etc.


(*) As coisas que se dizem, quando uma traquinice nos esgota a paciência!

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"Software é aquilo que você xinga, Hardware é aquilo que você quebra." (Ditado Popular)

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Ditados e máximas populares com Copyright - memória futura


Quem te manda a ti Zapatero tocar rabecão se nunca lhe puseste a mão?
Para quando o primeiro-ministro espanhol meter a pata na poça pela primeira vez. Que já não há-de faltar muito.
©2004 Dodo

Não vá o Zapatero além da chinela (Ne sutor ultra crepidam ascendat)
Para quando o primeiro-ministro espanhol meter a pata na poça pela segunda vez. Que já não há-de faltar muito.
©2004 Zero Zero Um

Mais vale Aznar que me leve que cavalo que me derrube. (farsa de Inês Pereira)
Lema do PP espanhol nas próximas eleições. (farsa de Pacheco Pereira)
©2004 Dodo

Contigo, senhor Diabo, antes de bem que de mal.
Dirá Mário Soares quando lá tiver de ser.
©2004 Anónimo

Atirar o Barroso à parede, a ver se cola.
Pinchagem de campanha eleitoral (2005)
©2004 Godot

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.
Jingle do próximo Rock In Rio (Tejo)
©2004 Zero Zero Um

Quem conta um conto aumenta um ponto.
Dirá Manuela Ferreira Leite, a respeito do próximo OE (e dos seguintes, se lá chegar).
©2004 Anónimo

A voz do povo é a voz de Deus.
©1904 Álvaro Cunhal

A UNIAO FAZ A FORCA
Lema eleitoral do Partido Baas (em teclado sem acentos nem cedilhas, é por isso)
©2004 Ali, O Cómico

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08/05/04

Penso eu "de" que...


Diário de Notícias de hoje, a páginas 44. Memórias e fixações de um ex-«soixante-huitard» é o título do artigo que introduz o romance Ex, de Patrick Raynal. Até aqui, tudo nos conformes. Porém, contudo, eis senão quando, na coluna ao lado, com a designação de Leitura Paralela, refere-se uma publicação da autoria do jornalista Ferreira Fernandes: Lembro-me que...

Alto. Parou. Não falta ali nada? Vale a pena ler um livro que já traz mácula no título? Ora vejamos.

Depois de muita pesca infrutífera em gramáticas e prontuários, lá encontrei uma mísera referência na mais gigantesca enciclopédia da História, a Google:

Quando o objeto indireto vem expresso por uma oração desenvolvida, o uso da preposição "de" é facultativo. Exemplo: Lembrei-me (de) que devo estudar para a prova hoje. (*)

Tinha de ser alguém do Brasil a referir este pormenor. Mas a expressão "oração desenvolvida" é que não resolve, fico encanitado, ou seja, na mesma; "Lembro-me que..." será tudo, menos uma oração "desenvolvida".

Lembro que não faria sentido, nesta frase que agora escrevo, empregar a preposição "de". Posso até lembrar-me que (recordar a mim mesmo) amanhã tenho de acordar às 10, por exemplo. Mas "lembro-me que", mesmo com reticências, parece Português manco.

Não tenho a certeza, e desde já declaro, por minha honra e por desenfado, que não entendo lá muito de Gramática; aquela que mais comummente utilizo não foi nunca editada ou sequer reunida em volume. Chamo-lhe, por familiaridade, Gramática do Bom Senso Ou Do Senso Comum, À Falta de Melhor; extensa obra particular, integralmente memorizada, mero resultado da soma algébrica, correlativa e concomitante de tudo aquilo que li até hoje. Tem uma grande vantagem em relação a qualquer outra gramática: inclui dois filtros linguísticos, um de estética e outro de pragmática.

Ora, nesta minha GBS, o título que lembrou a Ferreira Fernandes cá pra mim, hmmm, não me cheira. Mesmo tendo um grande cravo vermelho na capa, o livro. Lembro alguma coisa a alguém, mas lembro-me de alguma coisa ou de que alguma coisa aconteceu. Lembro que, mas não "lembro-me que.."

Paciência. São manias. Acho pindérico e não soa bem (cá estão a estética e a pragmática, todas pimponas). Portanto, não quero as lembranças do Fernandes, obrigado.



(*) http://intervox.nce.ufrj.br/~edpaes/rege-vb.htm

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07/05/04

na mouche

maio 03, 2004
Pois
Descobri que a quantidade de parvoíces que escrevo é directamente proporcional ao número de comentários que recebo.

não sei quê, tal e coiso

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06/05/04

Probabilidade incondicional


Se cada português pagasse um euro de cada vez que diz "é assim", o deficit nacional passaria de largo a superavit.
Se cada "jornalista desportivo" português pagasse um euro de cada vez que diz "chélcia" (Chelsea/"tchélci"), num ano pagava-se o Ronaldo e o Roberto Carlos no Benfica, vitalícios.
Se cada ministro pagasse com o desemprego cada vez que se mete a conjugar o verbo "manter" (eu manti, tu manteste, ele manteu, nós mantemos, vós mantestes, nós mantemos, eles manteram), Portugal seria uma bela e pacífica anarquia*).
Se cada português pagasse um euro de cada vez que usa verbos na forma arcaica (fizestes, pusestes, destes, entrastes, saistes, fostes), Manuela Ferreira Leite não serviria para nada lá na Repartição.
Se cada tradutor português ficasse a arder de cada vez que usa conjugações improváveis (retorquira, avassalada, sopesemos) ou rebuscamentos literais (quão bela, cônjuge, tu, você), a APT teria dois ou três sócios, no máximo.
Se cada tradutora portuguesa ganhasse raspas de carvalho de cada vez que faz transcrições fonéticas aproximadas (fôram, sáiam, parlamênto) ou expressões criativas (o que é que tu sabes por "what do you know", que chatice por "what a heck"), a floresta portuguesa ficaria definitivamente depauperada.
Se o Gabriel Alves fosse cavar batatas em vez de grunhir pela maçã-de-Adão, o índice de produtividade nacional aumentaria cerca de 1% e o número de consultas psiquiátricas per capita baixaria em outro tanto.
Se cada blogger tuga pagasse um euro de cada vez que escreve coisas parecidas com "há um ano atrás" (há uns dias, há uma semana, há 500 anos, por coincidência nenhuma destas coisas é para a frente, quando ficou para trás), a colecção de manguitos de Almada Negreiros sairia largamente beneficiada e ninguém ficaria sem entender o que é, afinal, uma redundância(**) bacoca.
Se os computadores viessem equipados de série com um dispositivo de despistagem da alcoolemia (para o sistema arrancar era necessário primeiro soprar no balão), 66% dos "nossos" profissionais da escrita veriam a sua carteira profissional apreendida.
Se a Alexandra Solnado fala com o jotacristo por telemóvel, e se até publica, não se queixem por os miúdos gostarem do Batatoon e de batatas fritas com ketchup, ou por não entenderem patavina do que se passa.
Se um ignorante pode liquidar a RTP2, assim sem mais aquelas, apenas porque é ministro e usa a barba por fazer, é da maior prudência ir fazendo bicha à porta do Circo Cardinali.
Se o europeu do pontapé na chincha acabar por ser um sucesso, há uma data de gente que vai ser condecorada no próximo 10 de Junho, Dia da Raça.
Se não escrever agora mais nada, talvez seja melhor, talvez não, ou vice-versa.

Ficaste com uma ideia do estilo Ionescu? Como te disse, vi "A Cantora Careca" cinco vezes (mais uma na TV, seis). Recordista mundial, aposto.

(*) o verbo deparar também é muito engraçado, quando conjugado por pessoas que se supunha terem umas leituras, e não apenas os ministros e deputados da Nação; vá-se lá saber porquê, pespegam-lhe com uma espécie de "declinação reflexiva": deparei-me, deparou-se, deparo-me, etc. Já os verbos deter e rever são muito utilizados na conjugação jornalística: "o juis reveu o processo e deteu o arguido"... eis o estado da justiça em Portugal.
(**) subir para cima, descer para baixo, sair para fora, entrar para dentro, dizer-lhe a ele, etc. A subcategoria bacoca inclui "há X dias/meses/anos atrás" e "aqui há atrasado" (lá, 15 centímetros acima da boca que o profere, não aqui), entre outras lapidárias (asneiras lapidares proferidas por luminárias; não confundir com lapidária, ciência).


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Não adianta...



  1. Ideafix 28 Links from 27 Sources
    ideafix Profile Last Updated 1 day 7 hours 25 minutes ago (Read Full Post)
    , que não conhecia mas que gostei de conhecer, ao Alto mar que além de me "linkar", deixou um comentário simpático, ao Rés de rés que amavelmente me "linkou" com um banner do meu blog e finalmente ao À espera de Godot, ou isso , que já conhecia, mas de que tinha perdido o rasto. Aos quatro, muito obrigado.
    (Link created 1 day 7 hours 35 minutes ago)

    Não tem nada que agradecer. Ora essa. Mande sempre.

  2. My Moleskine 69 Links from 54 Sources
    Last Updated 1 day 17 hours 41 minutes ago
    Baggio geodésico | BdE - Blog de Esquerda (II) | Bomba Inteligente | Cadernos de Camus | Canto de Ossanha | Capitão Mantras | Classe Média | Cor-de-burro-quando-foge | Crítico | Desassossegada | Esperando o tal Godot, ou isso | food-i-do | Glória Fácil | Grão de Areia | Há Neve Lá Fora | hARDbLOG | Hauptwege und Nebenwege | jantar o dia | JPCoutinho.com | Kapa | marakatu | Mar Salgado | Memória Virtual | No Arame |
    (Link created 1 day 17 hours 47 minutes ago)

    Cumprimentos.

  3. SG Buiça 26 Links from 18 Sources
    Last Updated 5 days 2 hours 25 minutes ago
    Dicionário do Diabo Bomba Inteligente Política Pura O Velho da Montanha Lamechas Nova Floresta Duas Linhas O esplendor de Portugal Gato Fedorento Blogue dos Marretas Gladius Pena e Espada Joaninha com Pinta Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 5 days 2 hours 37 minutes ago)

    Prazer em conhecer.

  4. Cruzes Canhoto! 261 Links from 240 Sources
    Last Updated 7 days 5 hours 19 minutes ago (Read Full Post)
    Pelo menos o governo PS no segundo mandato ainda não tinha atingido tal nível do disparate e já toda a gente o considerava acabado. J -------- AUTHOR: Jorge Palinhos DATE: 4:03:21 PM ----- BODY: O QUE VEJO EU DA CAMA DO HOSPITAL (II) - Iupiii, um fachoestarola
    (Link created 7 days 7 hours 10 minutes ago)

    Cruzes, canhoto! Vai-te encher da moscas!

  5. Cruzes Canhoto! 261 Links from 240 Sources
    Last Updated 7 days 5 hours 19 minutes ago (Read Full Post)
    à auto-promoção e ao amiguismo, pois está claro que a única pessoa com talento é o Chico Esperto - cheque; - Só ele percebe que uma coisa que toda a gente faz é perfeitamente parva e quem o faz é tolo. Mesmo que ele também o faça - cheque. 000
    (Link created 7 days 7 hours 10 minutes ago)

    ganda melga, bzzz, bzzz, bzzz

  6. hARDbLOG 113 Links from 91 Sources
    Last Updated 7 days 8 hours 29 minutes ago
    sofia na terra de sua majestade, queen beta estórias minhas perverse... almost religious possibilidade do sentir alice no país dos matraquilhos marta ataca mulher a dias flor do asfalto ideias digitais as musas esqueléticas esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 7 days 8 hours 33 minutes ago)

    "musas esqueléticas esperando o tal Godot", ora aqui está uma bela e poética frase

  7. CLAQUE QUENTE 19 Links from 10 Sources
    Last Updated 10 days 9 hours 14 minutes ago
    Mail claquequente@hotmail.com Links Grande Loja do Queijo Limiano Nova Floresta Nova Frente SG Buiça Cegos, Mudos e Surdos Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 10 days 9 hours 35 minutes ago)

    Greetings, Super Man.

  8. O Proletário Vermelho 23 Links from 18 Sources
    Last Updated 12 days 8 hours 49 minutes ago (Read Full Post)
    M. Deuxcloches argumentou como segue:A função natural do Partido Comunista era a Revolução, disse. Qualquer modificação que tornasse a Revolução mais praticável era, inegavelmente, uma vantagem para o Partido. A política francesa estava num estado de anarquia. É muito difícil revoltar-se contra a anarquia, uma vez que
    (Link created 12 days 9 hours 19 minutes ago)

    What a fuck is this?

  9. El Coronel 82 Links from 78 Sources
    Last Updated 15 days 3 hours 37 minutes ago
    Nation Master Quartel Dicionário Universal Pedro Tochas Tradutor profissional Informação Sísmica Via Michelin Nasa Earth Observatory Portugal 2004 Airliners.net Hard Club Blogs 100 nada 100 vergonha 001
    (Link created 15 days 3 hours 47 minutes ago)

    O 001 agradece em sentido.

  10. Abaixo de Cão 55 Links from 49 Sources
    Last Updated 25 days 17 hours 48 minutes ago (Read Full Post)
    GULP! Gulp!
    (Link created 25 days 17 hours 32 minutes ago)

    Trabalha numa EP, aposto.

  11. Abaixo de Cão 55 Links from 49 Sources
    Last Updated 25 days 17 hours 48 minutes ago (Read Full Post)
    GULP! Gulp!
    (Link created 25 days 17 hours 32 minutes ago)

    Em duplicado. Pois. Hmmm. Se não é EP, é FP.

  12. MaisTurvaSão - Inconfidências à Mão 17 Links from 17 Sources
    Last Updated 38 days 7 hours 5 minutes ago
    Datas na História Desvios Masturbatórios Diabrete días estranhos Diário de Lisboa Diário Poético Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo Empreender Ene Coisas E tudo era possível Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] eugeniainthemeadow Fala-me da Sétima Arte Florilegio Diario Formato 1 Foro Democrático Fotógrafos do mundo Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola}
    (Link created 38 days 7 hours 3 minutes ago)

    Como os links foram copiados do seguinte (ou "vice-versa"), deve ter sido apenas lapsus linkuae, salvo seja.

  13. Desportista Urbano 36 Links from 36 Sources
    Last Updated 43 days 2 hours 12 minutes ago
    Datas na História Desvios Masturbatórios Diabrete días estranhos Diário de Lisboa Diário Poético Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo Empreender Ene Coisas E tudo era possível Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] eugeniainthemeadow Fala-me da Sétima Arte Florilegio Diario Formato 1 Foro Democrático Fotógrafos do mundo Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola}
    (Link created 43 days 2 hours 3 minutes ago)

    Como os links foram copiados do anterior (ou "vice-versa"), deve ter sido apenas lapsus linkuae, salvo seja.

  14. Maus Figados 25 Links from 20 Sources
    Last Updated 47 days 8 hours 43 minutes ago
    Cronics of Desterrated Apreços, para algo Veste-te, Político Pústulas Córnicas Desmarca-te, Opínio Cólicas Matinais Come chocolates, ó favorita Le Tasque, des épillons Acetolas Azedúnculas Água e Sal Espera Sentado, ó Gordito
    (Link created 47 days 9 hours 3 minutes ago)

    Citando Obelix: C'EST QUI, LE GROS???

  15. Batata Quente 109 Links from 107 Sources
    Last Updated 60 days 45 minutes ago
    Diario da loira Dicionario do Diabo Do Portugal profundo Dúvidas dubias Ecletico El Coronel Eelko van Mulder Elektra Em cima delas que nem caes Empatia Encontro Informal de Blogues Espectacologicas Esperando o tal Godot, ou isso Estaleiro Estrangeirados Estupidologia Eurico Cebolo Fan Club Fazendo Caminho Flor de Obsessao Fumaças Fund. cultural Futeblog Total Gato Fedorento Gemeas terriveis Generalidades e Culatras Gilipollas
    (Link created 60 days 6 hours 36 minutes ago)

    Sabe umas coisas de Português, este rapaz (assim de repente). Obrigado pela linkação, por conseguinte.

  16. Desportista Urbano 2 Links from 2 Sources
    Last Updated 82 days 1 hour 20 minutes ago
    :: Blog 19 :: Cérebro d'Aluguer Cidade Vermelha Cidadão do Mundo Citador Crítico Datas na História días estranhos Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era possível Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] Fala-me da Sétima Arte Formato 1 Foro Democrático Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola} HE11o_WorlD! História e Ciência In Vino Veritas Janela Indiscreta
    (Link created 82 days 1 hour 53 minutes ago)

    Este é um cromo repetido; como os links foram copiados dos anteriores (ou "vice-versa"), deve ter sido apenas lapsus linkuae, salvo seja.

  17. Trenguices 38 Links from 36 Sources
    Last Updated 82 days 22 hours 17 minutes ago
    Dezembro 2003 Janeiro 2004 Fevereiro 2004 COMENTÁRIOS: Name URL or Email Messages(smilies) Blogues interessantes: Os mais lidos Os mais frescos Portal dos sites Bloga-me mucho Esperando o tal Godot, ou isso Hora absurda 7650fotoblog Lápis de cor Abrupto Pastilhas O meu pipi Mar Salgado O Vilacondense Gato Fedorento Aviz Bloguices Ligações: Google Ordem dos Farmacêuticos Infarmed Genéricos on-line
    (Link created 82 days 22 hours 16 minutes ago)

    Neste blog, a gente entra e leva com o "Huhaaa!!! I feel good", quer queira quer não.

  18. Impressões 0 Links from 0 Sources
    Last Updated 82 days 22 hours 44 minutes ago
    Arquivos 02/01/2004 - 02/29/2004 COMENTÁRIOS: Name URL or Email Messages(smilies) Blogues interessantes: Os mais lidos Os mais frescos Portal dos sites Bloga-me mucho Esperando o tal Godot, ou isso Hora absurda 7650fotoblog Lápis de cor Abrupto Pastilhas O meu pipi Mar Salgado O Vilacondense Gato Fedorento Aviz Bloguices Ligações: Google Ordem dos Farmacêuticos Infarmed Genéricos on-line
    (Link created 82 days 22 hours 42 minutes ago)

    Outro cromo repetido. Um é trenguices, o outro é boticário. Tipo nome e apelido.

  19. Blogo Social Português 347 Links from 325 Sources
    Last Updated 90 days 14 hours 38 minutes ago
    Digitalis Doce da Avozinha duvidas dubias E Então? Eis o Triunvirato e_noticias Estrelas do mar Estrumpfe Resmungão Elogio da Ginja Em expanção vertiginosa Escorreito Escrito na janela Espelho virtual Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 90 days 14 hours 54 minutes ago)

    Isto foi da simbiose mutualista, ou isso.

  20. Rouba a Alheira 36 Links from 35 Sources
    Last Updated 91 days 1 hour 54 minutes ago
    Eóink eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era possível Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG]
    (Link created 91 days 1 hour 58 minutes ago)

    Óink!

  21. oCiOso Pensamento 30 Links from 30 Sources
    Last Updated 98 days 5 hours 25 minutes ago
    :: Blog 19 :: Cérebro dÂ'Aluguer Cidade Vermelha Cidadão do Mundo Citador CrÃ?tico Datas na História dÃ?as estranhos Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era possÃ?vel Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] Fala-me da Sétima Arte Formato 1 Foro Democrático Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola} HE11o_WorlD! História e Ciência In Vino Veritas Janela Indiscreta
    (Link created 100 days 2 hours 53 minutes ago)

    aVersão lusa da versão em português, eheheheheh

  22. sEMPRE eM fRENTE aMOR 36 Links from 36 Sources
    Last Updated 99 days 23 hours 23 minutes ago
    :: Blog 19 :: Cérebro d’Aluguer Cidade Vermelha Cidadão do Mundo Citador Cr�tico Datas na História d�as estranhos Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era poss�vel Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] Fala-me da Sétima Arte Formato 1 Foro Democrático Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola} HE11o_WorlD! História e Ciência In Vino Veritas Janela Indiscreta
    (Link created 101 days 8 hours 14 minutes ago)

    Isto ele é mais fácil copiar a coluna de links do que escrever à unha, mas não exageremos, canudo. E vão 2.

  23. Porque Morremos, senhor? 38 Links from 36 Sources
    Last Updated 100 days 1 hour 9 minutes ago
    :: Blog 19 :: Cérebro d’Aluguer Cidade Vermelha Cidadão do Mundo Citador Cr�tico Datas na História d�as estranhos Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era poss�vel Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] Fala-me da Sétima Arte Formato 1 Foro Democrático Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola} HE11o_WorlD! História e Ciência In Vino Veritas Janela Indiscreta
    (Link created 101 days 8 hours 16 minutes ago)

    Isto ele é mais fácil copiar a coluna de links do que escrever à unha, mas não exageremos, canudo. E vão 3.

  24. ccegas na lngua 50 Links from 49 Sources
    Last Updated 101 days 1 hour 34 minutes ago
    :: Blog 19 :: Cérebro d’Aluguer Cidade Vermelha Cidadão do Mundo Citador Cr�tico Datas na História d�as estranhos Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era poss�vel Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] Fala-me da Sétima Arte Formato 1 Foro Democrático Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola} HE11o_WorlD! História e Ciência In Vino Veritas Janela Indiscreta
    (Link created 101 days 8 hours 20 minutes ago)

    Isto ele é mais fácil copiar a coluna de links do que escrever à unha, mas não exageremos, canudo. E vão 4. Este, sem acentos no títalo, não se entende lá muito bem onde é que são as cócegas.

  25. Bloggaridades - SocioElegias 51 Links from 51 Sources
    Last Updated 101 days 3 hours 56 minutes ago
    :: Blog 19 :: Cérebro d’Aluguer Cidade Vermelha Cidadão do Mundo Citador Cr�tico Datas na História d�as estranhos Dicionário do Diabo do lado de cá eCuaderno Elias o sem abrigo E tudo era poss�vel Esperando o tal Godot, ou isso Espigas ao Vento [IMG] Fala-me da Sétima Arte Formato 1 Foro Democrático Fumaças Galatea. Graças a Deus sou Ateu! {Guerra Civil Espanhola} HE11o_WorlD! História e Ciência In Vino Veritas Janela Indiscreta
    (Link created 101 days 8 hours 24 minutes ago)

    Isto ele é mais fácil copiar a coluna de links do que escrever à unha, mas não exageremos, canudo. E vão 5.

  26. Abaixo de Cão 55 Links from 49 Sources
    Last Updated 98 days 5 hours 13 minutes ago
    »Bengelsdorff »Blog de Esquerda (II) »Blog dos Marretas »Blogo Existo »Bomba Inteligente »Cidadão do Mundo »Cr�tico »Cruzes Canhoto »desBlogueador de conversa »Descrédito »Desejo Casar »Esperando o tal Godot, ou isso »Glória Fácil »Janela Indiscreta »Linhas de Esquerda »Malta da Rua »No Parapeito »O Carimbo »O vento lá fora »Outro, eu »Pa�s Relativo »Ponto media - weblog »Senhor Carne »Socio[b]logue
    (Link created 126 days 6 hours 33 minutes ago)

    Outro cromo repetido, mas este não é nada abaixo de cachorro.

  27. EspectacologicaS 120 Links from 76 Sources
    Last Updated 103 days 4 hours 3 minutes ago
    Columbiana Sofia na terra de Sua Magestade, Queen Beta O JUMENTO (Também gosto de ler...) a funda São A Internet para as domésticas - Já �gua Tónica e Ginger ale alVino Anarca Constipado congeminações Esperando o tal Godot, ou isso Estações Diferentes Gaiola Aberta Gato Tobias le tasque maizumpomonte O Arrogante Oficina das Ideias Ovos Estrelados 1ª experiência Proverbios Quero lá saber 100nada (pt) Sobre Tudo e Sobre Nada
    (Link created 185 days 11 hours 58 minutes ago)

    Um destes dias, hei-de ler.

  28. Bloco-notas - listas 9 Links from 8 Sources
    Last Updated 99 days 9 hours 51 minutes ago
    Semana de 09 a 15.11.03 http://000randomblog.blogspot.com/ http://001.blogspot.com/
    (Link created 188 days 8 hours 4 minutes ago)

    Finou-se.

  29. 100nada (pt) 316 Links from 239 Sources
    Last Updated 98 days 8 hours 16 minutes ago
    Blogo Social Português Bomba Inteligente Castor de Mármore Cinema para Ind�genas - CpI ContraFactos & Argumentos Conversas de Café Dicionário do Diabo Encontro Informal de Blogues El coronel Ensaio epiderme Esperando o tal Godot, ou isso Evasões de um sonhador icosaedro Incongruências �ntima Fracção Flor de Obsessão Flores do Campo Fumaças(novo endereço em pt) Janela Para o Rio Janela Para o Rio PT(novo endereço em pt) Jaquinzinhos
    (Link created 205 days 8 hours 39 minutes ago)

    Primeiro mudou-se, depois refinou-se, óspois finou-se, agora renasceu-se com o nick secreto mais conhecido do blogbairro. Um dia destes...

  30. ruim 18 Links from 18 Sources
    Last Updated 217 days 3 hours 22 minutes ago (Read Full Post)
    Tabaco No Godot escreve-se o que me apeteceria dizer sobre os novos maços de tabaco parecidos com anúncios de agências funerárias. Continua-se a tratar os fumadores como retardados e imbecis. Enquanto inspiro mais uma fumaça, penso no que será o mundo de amanhã,
    (Link created 219 days 3 hours 34 minutes ago)

    Este só finou-se...

  31. ruim 18 Links from 18 Sources
    Last Updated 217 days 3 hours 22 minutes ago
    Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 220 days 5 hours 4 minutes ago)

    ... em duplicado...

  32. ruim 18 Links from 18 Sources
    Last Updated 217 days 3 hours 22 minutes ago (Read Full Post)
    Godot Este homem está-se nas tintas para todos nós. Preguem-lhe uma partida e vão lá. Certeiros os seus comentários sobre... os comentários: «
    (Link created 220 days 5 hours 4 minutes ago)

    ... e em triplicado. Mas acertou em cheio na premonição.

  33. 100nada 58 Links from 48 Sources
    Last Updated 180 days 13 hours 53 minutes ago
    tica VASTULEC Vermelhar 7650fotoblog blogs novos 7000 nomes A Bolha A Natureza do Mal A Origem do Amor aaanumberone Alfacinha Baldrake BloGotinha Cinema para Indígenas - CpI Conversas de Café Dicionário do Diabo Doendes & Duentes Ecos Escarnio e bem dizer Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 230 days 14 hours 59 minutes ago)

    Seis meses, já! Cá no bairro, é veterania pura.

  34. FUMAÇAS 106 Links from 54 Sources
    Last Updated 35 days 17 hours 10 minutes ago
    Espinha (PIMPLE) .. FOTOGRAFIA DIGITAL.. Ego Carmina Viva Espanha Bolsa Online - Mercados Financeiros Tornado Maquiavel Sublinhar 'A Sombra dos Palmares lunario AVIS LINDA Baghdad Burning SADDAISMOS BLOGUICES Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 232 days 15 hours 27 minutes ago)

    Velhos tempos.

  35. Ministerio do Bom Senso 56 Links from 50 Sources
    Last Updated 98 days 4 hours 53 minutes ago
    Ovos Estrelados DESEJO CASAR O Segundo Sexo Eu Vou Mas Volto Pegada na Areia Tragico-ComeRdia Maizumpomonte �nimo BLOGotinha Não Esperem Nada De Mim O Rosto Com Que A Europa Fita Overdose City do lado de cá Esperando o tal Godot, ou isso
    (Link created 236 days 9 hours 35 minutes ago)

    Este foi o primeiro. Obrigado.

  36. Blogs em .pt 130 Links from 124 Sources
    Last Updated 152 days 11 hours 15 minutes ago (Read Full Post)
    ios sobre a escrita Escrita Automática : crónicas publicadas, semanalmente, por José Mário Silva no DNA Escritos : Coisas do arco-da-nova Escritos : Diversos Esmaltes e Jóias do jornalista Ilídio Martins espécie duma coisa qualquer (jorgexistence) [NOVO:] Esperando o tal Godot, ou isso : Cachucho social, marinado e sem espinhas
    (Link created 308 days 22 hours 41 minutes ago)

    E este avozinho está agora fazendo tijolo, como cumpre.


... nem atrasa


Mas está bem.


Código HTML original: Technorati

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