Odi profanum vulgus et arceo

31/10/06

Fé Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Fé

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o Vosso nome,
venha a nós o Vosso reino,
seja feita a Vossa vontade
assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
e livrai-nos do mal.
Em todas as acções possa eu examinar a minha mente,
E, assim que surgirem emoções negativas ou ilusões,
Pondo em perigo a mim e aos outros,
Possa eu firmemente encará-las e evitá-las.

Quando eu vir seres de má índole,
Oprimidos por faltas e aflições violentas,
Possa eu amar estes seres raros
Como se houvesse encontrado um precioso tesouro.













comentários

30/10/06

Consegui ver um minuto e quarenta (e tal) segundos

(via)

comentários

29/10/06

Consultório sentimental - XIX

A letra M

Olá, o meu nome é João, tenho 30 anos e sou casado há 2. Tenho acompanhado a correspondência no seu "consultório sentimental"e ando para lhe escrever há que tempos sobre um assunto que me deixa curioso e que resulta simplesmente da leitura dos seus escritos: é que me parece que você, afinal, detesta as mulheres! Pois é, que raio, você dá-lhes na touca à força toda, parece que não gosta... será? Há uns tempos li aqui uma transcrição de um anónimo qualquer que insinuava que você às tantas pega mas é de empurrão...
Porra, ó homem, você nem me diga uma coisa dessas! Não posso crer. Mas lá que você lhes chega, ai isso chega. Foda-se! Até parece que nunca conheceu uma gaja decente! Bem, já agora deixe-me que lhe diga que a minha também não é lá grande coisa (caralho, isto é para ficar aqui entre nós, ok?) e eu devo confessar que já estou farto dela até à raiz dos cabelos. São só dois anitos (faz no próximo dia 15, precisamente) mas, se pudesse, já a tinha empontado; olhe, fazia como aquele gajo do anúncio, pegava nela ao colo, ia lá a casa dos paizinhos dela e despejava-a no chão, como se fosse mercadoria marada: tomem lá esta chata do caralho de volta, e já agora chutem para cá o guito que eu torrei à conta dela.
Mas enfim, isto sou eu a falar. Há que aguentar, de peito feito e cara alegre, como você diz. O que interessa agora (e, sinceramente, duvido que você responda a isto) é saber que raio de ódio é que você tem às mulheres em geral. Caralho, você deve ter sido encornado para cima de uma data de vezes! Não lhe queria estar na pele, se não estiver enganado.
No hard feelings, old chap!
Saudações.
J.

 

Caro João, bem-vindo ao consultório.

A sua mensagem merece resposta, olá se merece, quanto mais não seja porque há décadas que não ouvia ou lia a expressão "já a tinha empontado". "Empontado", que giro, do muito injustamente esquecido verbo empontar. Olha que bem. Até fui ao dicionário confirmar se esse delicioso termo ainda lá estava e, confiramos, não consta do Houaiss (são as putas das modernices) mas consta de uma enciclopédia e do velho P.E.

Pois empontar, caro amigo, é precisamente o assunto de que fala vocência. Lá esses números do carrinho-de-mão, paneleiragens e tal, desculpe mas terá de consultar o tal anónimo, que além de anarquista parece ser realmente especialista no assunto. Eu cá, de paneleirices pouco ou nada entendo, a não ser que eles lá e eu aqui, que se fodam - em sentido figurado e em sentido literal - a bem da nação, e que não me chateiem é o que é preciso. Mas respondendo directamente à sua pergunta, não: ou melhor, como é politicamente correcto dizer-se, acho que não; nunca experimentei tal coisa e, sinceramente, não me estou a ver a sequer chegar-me ao pé de um gajo que cheira como eu, é tão feio como eu, tem uma coisa tão horrível entre as pernas como eu tenho e, principalmente, está completamente desprovido daquilo que me interessa em assuntos de cama: cona e mamas, não necessariamente por esta ordem; claro que o belo cuzinho também conta, e ó de que maneira, mas quando falo de cu falo de ancas largas, uma peidola valente e assim para o grandalhão, provida de preferência de uma apícola cinturinha, umas coxas nutridas e, em especial, de um pudor especial com esse detalhe anatómico. Já conheci umas duas ou três para as quais o belo enrabanço era o prato principal, o mais suculento e preferido, mas foram a excepção e não a regra.

Aquilo de que as mulheres realmente gostam, como todos sabemos, é de levar na cona. Nada mais, nada menos. E isso remete para o assunto central da sua questão: serei eu um miserável misógino, isto é, terei eu uma aversão desmedida às mulheres em geral?

Bom, dando de barato que nestas extremamente científicas questões a primeira pessoa do singular deve ser academicamente banida, já que o subjectivismo embota qualquer raciocínio, parece-me dever começar por afiançar que sim. Realmente, a minha prática e a minha teoria, daquela resultante, apontam nesse sentido: as mulheres servem única e exclusivamente para aquilo de que mais gostam, ou seja, repitamos para que não restem dúvidas, para levar na cona e pouco ou nada mais. Como dizia alguém que pouco entende destas subtilezas mas que diz umas coisinhas acertadas, é fodê-las primeiro e mandá-las foder depois. No fundo, vejamos, é isso mesmo que elas querem. Claro que milénios de aculturação as forçam, geralmente contrariadas, coitadinhas, a fingir perene e sistematicamente que não é assim, mas é. A suprema felicidade, para qualquer mulher, dura e é enquanto estiver com ele encavado. Não sejamos líricos, porque elas também o não são. Toda a parafernália,  o chamado arsenal sentimental feminino, se resume a uma questão central: com quem vou foder a seguir?

Ingente e urgente questão, que tantas e tão belas páginas tem dado à Literatura universal ou, pelo menos, do lado de cá dos Himalaias. Inúmeros patarecos e choninhas, como Shakespeare ou Balzac, para citar apenas dois exemplos, escreveram que se desunharam sobre a nobreza dos sentimentos e a intrínseca delicadeza da fêmea, quando esta, cagando-se absolutamente para tais patacoadas, escreve e diz as coisas como elas são; veja-se o caso de Florbela Espanca, essa notória histérica, entesoada até à medula, que não se coibiu de chamar os bois pelos nomes:

Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar!  Amar!  E não amar ninguém!

Recordar?  Esquecer?  Indiferente!...
Prender ou desprender?  É mal?  É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Ora aí está, amigo João. Troque vomecê o verbo, esse lindo verbo "amar", tão glosado pelos homens e tão gozado pelas mulheres, ponha-lhe o devido e correcto "foder" em vez, e já vê: a chavala o que pretendia era foder que nem uma leoa. Porém, precisamente, há que entender estas subtilezas de linguagem, mulher alguma - ou, melhor, só uma ou outra, esta Florbela foi uma excepção - se atreve a não utilizar o código específico da Língua da nação fêmea. Gaja que fale em "foder", sem mais aquelas, arrisca-se a levar com o carimbo de grandessíssima e alternadíssima puta, pelo que a alternativa é ir usando umas palavrinhas glicodoces e melífluas em vez daquelas que lhes apeteceria dizer. Por isso, além de "amor" em vez de "foder", dizem "coração" em vez de "cona", e falam dos seus "cabelos" quando pretendem significar "cu" ou "mamas" ou "pentelhos". E assim por diante: "paixão" é "tesão", "saudade" é "tesão de amarinhar pelas paredes", "carícia" é "punheta", etc. Mesmo a coisa em si, o trivialíssimo verbo "foder", é por elas sistematicamente transformado em "fazer amor", isso então é que me irrita até à quinta casa; já ouvi uma data de garinas babando a sua frasezinha preferida ("eu não fodo, eu faço amor") e posso afiançar que a partir daí as coisas correram pessimamente. Expressões um bocadinho mais complexas, como "adoro-te", representam imagens mentais, ou desejos não muito conscientes, que se poderiam traduzir como "gostei da última, mas soube-me a pouco" ou ainda como "foda-se, não dá para uma rapidinha, assim de repente?"

A coisa, em a gente se habituando, torna-se facílima de compreender e, por regra, dispensa tradução. E é precisamente por isto que, no meu caso particular e no de outros igualmente veteranos, a percepção dos factos e a lucidez demonstradas podem cheirar, diria mesmo tresandar, a pura misoginia. Mas não corresponde à verdade, como se demonstrou com exemplos. Uma coisa é alguém não gostar de mulheres, ou porque é paneleiro ou porque prefere exclusivamente bater pívias, outra coisa bem diferente é um gajo dizer aquilo que acha sobre as mulheres e, nesse caso, arrisca-se a ser mal interpretado. Por mim, caro João e caros outros colegas das belas artes, quero bem que isso se foda; tento explicar, de quando em vez, que não é por compreender as mulheres que deixo de gostar delas, em geral, e de umas quantas em particular, e muito menos deixo de apreciar tudo aquilo que elas me podem dar. Apenas não chamo a isso, a tudo o que elas me podem dar, os nomes que elas pelos vistos gostariam que eu chamasse. Fodei-vos. Eu quero é cona, não "coração". Que se foda o coração, que só dá chatices. Eu quero é foder, não "amor", não "paixão". Se houver alguma simpatia pelo meio, alguma amizade, melhor, excelente; se não, bem, então a coisa durará um pouco menos e será um pouco menos intensa. Nada mais. É como num jogo de fortuna e azar: rien ne vas plus.

Que uma qualquer mulher se diga (ou se sinta, o que vem a dar no mesmo)"apaixonada" por um tipo qualquer, é para mim o mesmo que ouvir o Marco Paulo a cantar: desligo imediatamente. Que possa ser eu próprio o objecto desses "amores" e dessa "paixão" emociona-me tanto como ouvir o mesmo Marco Paulo a cantar, já depois de eu ter desligado o cantante. Contente ficaria, isso sim, e fiquei em diversas ocasiões até hoje, quando uma mulher - porque também há disso - mostra que é um ser humano e não uma simples máquina de foder; quando - especialmente depois de a gente foder - me acende um cigarro ou me chega a cervejola; quando é simpática, e gentil, e amorosa; quando sorri sem ser de pura lascívia; quando um abraço ou um beijo têm tudo de carinho e nada de cio; quando me endireita o colarinho da camisa ou quando me compõe o nó da gravata. Quando, por fim, está comigo porque sim e não porque me deseja. Se bem que esta última também me não desagrade, mas não estraguemos a fluidez natural do texto.

E isto remete-nos para o início: o genial verbo "empontar". Pois saiba o amigo que, pessoalmente, sim, já fui empontado algumas vezes. Escusa de se começar já a rir porque, se bem conheço as mulheres, a sua estará muito provavelmente - neste exacto momento - a pô-lo a si em pontas (que é outro significado possível do verbo), ou seja, a empalitá-lo alarvemente. Dois anitos, diz o amigo? E diz que já está farto dela?! Hihihi. E ela não? Ela ainda deve estar muito apaixonadinha por si, descanse. Eu é que não queria estar na sua pele, ora essa! Vossemecê é que pode ser encornado, não eu, ou quem é que é aqui o gajo casado? Foda-se, fique-se lá com a sua mais-que-tudo, desenrasque-se, mas também não venha para cá mandar boquinhas foleiras.

Mas vá lá, por esta vez passa. Não faço a mínima ideia de quantas vezes a minha primeira mulher me "empontou" (ou empalitou), no mesmo período de tempo; presumo que algumas; como diz a Bíblia, se não em obras, pelo menos em pensamentos e seguramente por palavras. Isso é uma coisa chata que me sucede, a saber, falar a dormir, e calculo ter sido assim que a dita arranjou um pretexto para se "vingar", à época. Já a segunda (e devo acrescentar que, depois desta, já não houve mais encornanços legais, porque nunca mais caí desse cavalo abaixo), bem, essa só me empontou uma vez... se bem que tenha sido uma vez de escachar, uma coisa horrorosa. De outros episódios semelhantes não reza a minha história pessoal, porque não houve mais nenhum consórcio legal e porque, inerentemente, esse tipo de maçadas apenas ocorre a quem é suficientemente imbecil para casar ou juntar os trapinhos; em namoricos e assim, a gaja que me troque por outro apenas me resta desejar-lhe boas noutes e que se divirta; é uma chatice a menos e permite passar à seguinte de uma forma mais expedita.

Mas não se julgue que aquilo que penso ter demonstrado não ser "raiva" ou "asco" se agravou ou se deve em exclusivo a estes tristes episódios de empontanço. Nada disso. Evidentemente, tais e tão públicas "traições" acabam fatalmente por criar anti-corpos em quem delas é vítima, mas tudo acaba em bem, até porque tudo acaba, e o tempo se encarrega de repor a ordem natural das coisas: a primeira vive mais sozinha  do que um cão, tendo por companhia apenas o álcool; da segunda, nunca mais ouvi falar; das outras, nem quero tomar conhecimento; volta-e-meia, lá vejo uma em plena rua, irreconhecível, gorda como um batoque ou velha como uma carcaça; cumprimentos lá em casa, é o que lhes desejo.

"Gajas decentes", como diz, conheci uma única... até hoje. Mas tanto o conceito de "decência" como o seu inverso, a "indecência", dependem de uma única variável: toda a gente é "decente" enquanto não se descobre que, afinal era "indecente"; e também pode, muito mais raramente, suceder a operação contrária. Por definição, e na acepção estritamente sexual do termo, mulher "decente" é coisa que não existe e que não faz sequer, de um ponto de vista sociológico ou zoológico, sentido que exista. Pelo menos, não desde Maria Madalena, essa artista pelos vistos sinceramente convertida à santidade.

Pronto, amigo João, espero ter contribuído para a sua paz de alma. Esteja descansado. Aqui é tudo heterossexual (estão dali a dizer-me "achamos, achamos") e tudo finos apreciadores do belo sexo. Não temos caganças, é só isso. E o facto de eu ter exposto aqui assim a minha intimidade, que fique bem claro, é uma excepção que se fica dever em exclusivo ao facto de me ter apetecido. Nada mais a declarar.
Cumprimentos à esposa.
001


P.S.: a propósito: afinal, que tal é a sua mulher? Bom material? Homem, não se acanhe! Mande foto dela ou, melhor, mande-a a ela, em pessoa. A gente cá se encarrega de lhe aliviar o fardo a si. Os amigos são para as ocasiões, como soe dizer-se; temos de ser uns para os outros, não é? Às ordens.

comentários

28/10/06

Pequenos Portugueses


Marques Mendes




Biografia: Wkimérdia
Fotografia (tipo passe): Libre Opinion (secção Cromos)


Frases célebres
_ Ganda nóia.
_ Eu não xou xopinhaxe com macha, caraxasse.
_ Uxe portugueseche xabem que podem contar comigo.
_ Penxar em grande.
_ Nóche não vamoche baixar os impostuche.
_ Há que ter xentido de echetado.

comentários

27/10/06

Sabes a que sabes?

Sabes a que sabes? Sabes?
Não sabes. Como poderias tu saber?
Mas deixa, finalmente vou-te dizer.
Sabes a metal, a ferro, a chapa,
A cavilhas que seguram traves.
És como colher que se morde sem querer.
Sabes a parafuso, a anilha, a alicate,
A carril dos comboios, a toques a rebate.

Queres provar o teu sabor? Prova.
Vês? É assim, é isto, esta lata,
Este sabor de ferrugem a corroer.
Algo muito grande, enorme, como
Um tanque de guerra, ou algo pequeno,
Como um prego velho e retorcido,
Uma pobre carica enferrujada.

É a isto que sabes, sabes?
É este mesmo o teu sabor.
É um gosto amargo, tosco, animal.
É assim puro, livre de todo o mal.
O teu sabor e o teu perfume.
O teu fogo, teu aço, o teu lume,
A tua forma simples de dizer
Estou aqui, sou a tua mulher,
Toma-me, sou eu, sou toda tua.
E eu digo sempre sem dizer:
Meu Deus, adoro ver-te nua,
Adoro-te, querida, meu amor.
E provo-te de novo sem qualquer pudor.

comentários

26/10/06

Quem não assinou que atire a primeira pedra


comentários

Ciúme

Suspeitas.
Acusas.
Perguntas.
Respostas.

Sacodes.
Explodes.
Reprimes.
Redimes.

Convences.
Desistes.
Repetes.
Repetes.

Espero.
Admite.
Agora.
Confessa.
Oiço.
Repete.
Espera.
Admito.
Nunca.
Ouve.
Repito.
Desespero.
Confesso.
Sempre.
Sempre.

comentários

22/10/06

Patati-patatá no sofá

Será realmente possível escrever absolutamente nada sobre coisa nenhuma?

Será. Existe mesmo um imenso arsenal de ferramentas linguísticas à disposição, do mais comum blá-blá-blá ao referencialíssimo e muito prático patati-patatá, verdadeiro patriarca dos bordões, passando pelos sintéticos mas não menos e tal, e tal, ou e assim por diante, ou ainda o não menos utilizado etc., etc., etc. No entanto, está mais ou menos instituído e é comummente aceite que o mais relevante acessório discursivo, quando não temático, é o patati-patatá, o qual ganha aos concorrentes em todos os aspectos, nomeadamente pela elegância da palavra em si, ademais composta por hifenização, o que demonstra o seu cariz nobre, aristocrático mesmo; demos de barato, neste considerando e por conseguinte, o duplo hífen do blá-blá-blá, que poderá ser mesmo exageradamente estendido e multiplicado (como em blá-blá-blá-blá-blá, por exemplo), o que indicia com nitidez algum pretensiosismo, quiçá seu toque de esquizofrenia ou tique de freneticismo.

Patati-patatá ocupa um lugar ímpar em termos de eficácia comunicacional, servindo os mais variados fins, não apenas na Língua portuguesa, de aquém e de além-mar, mas também na francesa, idem idem aspas aspas; terá sido, aliás, da língua de Voltaire que nos chegou o precioso termo, e dever-se-á aqui fazer notar que se trata de língua em sentido literal, daí a não maiúsculização em posição inicial, ora pois então concretizemos, não vá a gente perder o fio à meada, dizíamos, terá sido do próprio órgão bucal de Voltaire que surgiu o nosso patati-patatá, que utilizava para significar a sua falta de inspiração momentânea. Essa famosa expressão terá sido proferida pela primeira vez por volta do ano de 1741, aquando da primeira edição da obra Mahomet, de bom augúrio como depois se viu; não consta que Voltaire tenha tido o desplante de usar o seu patati-patatá com alguém, e de mais a mais chamando-se aquilo, mas muito do discurso voltairiano se baseia, como, de resto, grande parte da cultura europeia, no seu conjunto, em muito patati e em não menos patatá.

Notemos, a talhe de foice, que a expressão pode ser utilizada tanto na sua forma concatenada como isoladamente, constituindo assim as suas partes já não um só significado representado por dois significantes, mas dois significados complementares, cada qual com sua escrita e seu código próprios. Quando isolados, há que não confundir patati com patatá, e o mesmo vale para o seu inverso; aliás, os termos em oxímero podem representar uma mais-valia assinalável do signo linguístico, enquanto veículo da comunicação. Traduzindo outros sentimentos, que não apenas o referida falta de inspiração momentânea, o vocábulo hifenizado demonstra uma elasticidade surpreendente, em diversos vectores e situações comunicacionais, desde a simples e absoluta falta de assunto ao mais profundo desprezo por aquilo que viria a seguir e que, de repente, já não há pachorra para continuar; como na figura "ela disse que me amava e patati-patatá", subentendendo-se por patati-patatá que se estará em presença de uma tanga tremenda, ou em "ah, e tal, patati-patatá, e porque torna e porque deixa", extraordinária demonstração do linguajar característico de nossa juventude, que fala muito mas raramente diz alguma coisa com um mínimo de coerência.

Não misturando alhos com bugalhos, mas apenas no intuito de ilustrar de outra forma a presente tese, vejamos a aplicação de patati-patatá ao diálogo interpessoal (parece que é assim, pleonasticamente, que hoje em dia a coisa se deve designar). Tomemos ao acaso o caso de dois amigos que estão conversando sobre determinado descaso:

_ E então, o que é que ela disse?
_ Sei lá! Patati-patatá, patatá, patati...
_ Mas perguntas-lhe ou não lhe perguntaste?
_ Perguntei.
_ E ela?
_ Patati.
_ E tu?
_ Patatá.
_ Bolas, é que não dizes mesmo uma p'rá caixa!

Ora cá está. Mesmo falando alguém pelos cotovelos, é perfeitamente possível que essa pessoa não exprima mais do que uma das coisas ou, quando muito e pior ainda, apenas uma delas. Porque, no fundo, no fundo, tudo dito e revisto, mesmo depois de muito espremido, tanto o mais trivial como o mais inflamado dos discursos pode resumir-se a isso mesmo: o mais puro, ingénuo, inócuo, por regra tergiversante e às vezes divertido patati-patatá.

Quem sabe não deveríamos ficar por aqui, evitando assim a enorme carga de prosódia encomiástica e os possíveis incómodos inerentes, nomeadamente para a coluna, que não raro acarretam os assuntos mais discutíveis, polémicos e patati-patatá, assim como este. Pois quem sabe.

comentários

18/10/06

Wikimérdia e lusocacofonia

Em Outobro de 2004, a Corel comproui a Jasc Software, desenvolvedora desse programa de edição de gráficos bitmap de baixo custo.

Não foi a imperatriz mais nova da historia mais ainda assim não se sentia pronta quando assumiu aos 14 anos assumiu o trono de seu planeta natal Naboo.Teve un dos reinados mais memoraveis daquele belo e exotico planeta.

a partir de: 108.000.000apartir de: 878.000
assenta-lhe: 546acenta-lhe: 166
um dos que foram: 354um dos que foi: 250
aqui há tempos: 14.800aqui há atrasado: 151
eu estive a pensar: 100eu tive a pensar: 73
com certeza: 8.900.000concerteza: 440.000
há que tempos: 16.700à que tempos: 455
asterisco: 3.870.000asterístico: 877
sempre mantive: 9.640sempre manti: 218
possíveis e imagináveis: 30.200possíveis e imaginárias: 990

comentários

Melhor anúncio 2006 (Televisão e Rádio)




Gato Fedorento
Tiago Dores, Miguel Góis, Ricardo de Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela
PT Comunicações
Campanha "PT Noites"

Talvez porque esta campanha era mesmo fixe, mas mesmo, mesmo, mesmo, mesmo, épá... fixe, o tarifário "PT Free Noites" foi suspenso pela Anacom, no passado dia 13. Ou foi por isso, ou então alguém embirrou (muito justamente) com a designação da campanha, Inglês e Português a mielas. Ou também pode ter sido por ter calhado a uma 6ª Feira 13, a pressurosa decisão suspensória.

comentários

17/10/06

Consultório sentimental - XVIII

 

Ide e masturbai-vos

Não, não é isso que dizem as Escrituras. Pelo contrário, o que lá diz é "Ide e multiplicai-vos". Em princípio, absolutamente nada na Bíblia refere a bela punheta como algo de relevante, ou edificante, ou sequer interessante. Não consta que algum dos Apóstolos, por exemplo, era só que faltava, se entretivesse de quando em vez a embalar o cabeçudo; se bem que já o Judas, quem sabe, se calhar lá batia sua píviazita, assim pela calada, escapulindo-se amiúde para trás do Monte das Oliveiras, o grande malandro.

Mas não nos percamos por tão longínquos e ínvios caminhos históricos, deixemos as considerações retroactivas, salvo seja, por agora, e passemos ao essencial. O tema surgiu inesperadamente, através de mais uma pesquisa Google que trouxe alguém aqui ao consultório, com a seguinte questão: "punheta faz bem ou mal?"

Pimba. 001.blogspot.com, pois claro. Aqui disse um colega, em outra consulta, a respeito da masturbação masculina, e por entre considerações de equivalente valor pedagógico, que "não apenas a masturbação é normalíssima como é quase compulsiva e, de certa forma, obrigatória". Por estranho que pareça, se não há quem não o faça, existe muita gente que diz o contrário... que é pecado, que faz mal à saúde, e tal.

De entre os resultados da pesquisa, o ou a jovem que formulou a questão teria acesso a diversas formas de resposta, como, por exemplo, esta:

A Bíblia Responde Acervo de Perguntas e Respostas
Pergunta: Gostaria de saber mais sobre o hábito da Masturbação.
Resposta: Embora muitos profissionais de saúde se coloquem favoráveis à tal prática, seria interessante que você soubesse o que Deus pensa a esse respeito. Partindo da verdade de que somos seres criados por Deus, acreditamos que Ele sabe perfeitamente os pontos vitais e estilos de vida que trazem vigor ou enfraquecem nossa mente e personalidade.
A masturbação é considerada como uma fragilização dos princípios morais que em conflito com a transigência espontânea (condescendência) arraigada na pessoa, torna a natureza inferior como predominante sobre a natureza superior.

Um outro fórum, igualmente brasileiro, resolve o assunto com uma declaração espantosa:

Status: Pergunta solucionada por votação
k que idade comesa a masturbação masculina e feminina como faz para se masturbar nos dois sexo feminino e mascul
por favor me responda queria saber que idade começa como tudo isso come a se masturbar como e incio

Uma resposta: Eu comecei a bater p-u-n-h-e-t-a com 6 anos. Sempre fui um sacana.Pra bater é simples. Vc coloca o p-i-n-t-o pra fora, gospe na cabeça e vai socando o bicho até ele ficar duro. Pensa numa s-a-f-a-d-a por exemplo: a vizinha, professsora, prima, irmã do amigo, mãe da namorada, namorada. Vai pensando e vai socando o p-i-n-t-o até tu esporrar.Se quizeres também podes acessar um site porno e mete bala. Neste caso cuidado pra não gozar teclado, mause, vídeo e a cpu. A p-u-n-h-e-t-a pode sair muito cara.

Outra resposta:
Não há criança que não o faça a partir de certa idade... até padres priores e crentes e não crentes.... e se disserem que não, mentem descaradamente...

Muito interessante. Há lá mais cores, é ir ver. Um dos respondentes até sabe o que o próprio Deus, em pessoa, pensa sobre o assunto. Deve ser mais um confrade da escola Alexandra Solnado, cujos membros têm acesso periódico ao Próprio, via SMS ou por outros canais tecnologicamente avançados. A julgar pelo que dizem estes ilustres advogados das mãozinhas nos bolsos, sossegadas, o Altíssimo, pelos vistos, rala-se enormemente com isto da pívia, preferindo o tema em detrimento de coisas nitidamente mais pífias, como a fome, a violência e a ignorância. Já aqueles caramelos da Biblia online (que raio de nome), santinhos até à medula, ou eunucos, ou castrados à nascença, ou o cacete, despejando sua moral putrefacta sobre as cabecinhas desprotegidas dos jovens, pretendem por conseguinte insinuar que não, não senhor, eles e elas nunca fizeram semelhante coisa, que horror, que tremendo pecado. Punheta não é assunto que se solucione "por votação", ó bálhamedeus; aliás, mas para que caralho necessita a gente de que tal coisa se "solucione", é deixar lá estar, a punheta muito sossegadinha, que o que não precisa de solução, solucionado está.

Ilustremos o paradigma com alguma carga literária e, porque não dizê-lo, outro tanto de bagagem cultural, através de um belíssimo soneto de Bocage.

Soneto da Mocetona Pudibunda
Levanta Alzira os olhos pudibunda
Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia
Fez-se mais do que o nácar rubicunda:
Toco o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ela ardia,
Brando licor o pássaro lhe inunda:
C'o dedo a greta sua lhe coçava;
Ela, maquinalmente a mão movendo,
Docemente o caralho me embalava;
"Mais depressa" Lhe digo então morrendo.
Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo.

Ora, cá está, referido pelo próprio Poeta em carne e osso, o carácter místico da pívia. Pois, não dizia eu? Ora então está visto. Bem se podem esmifrar os paladinos da "temperança", não adianta nem atrasa, a espécie humana - à imagem e semelhança de todos os outros mamíferos - masturba-se desde o início dos tempos, e masturbar-se-á até ao fim dos ditos, nem que chovam pás e picaretas. No dia do próprio Armagedão, ainda há-de haver muito boa gente a tratar do assunto, que é sempre urgente e por regra mais importante do que uma batalhazita da treta, mesmo que esta seja a última.

Olha que caralho. Então mas existe alguma coisa mais bela do que a imagem de uma mulher em pleno acto de masturbação? Contemplemos embevecidos a esplendorosa imagem que encima este modestíssimo e mal alinhavado paleio. Jesus, Maria, José! Que beleza! Hem? É ou não é? Olhai, que verdadeiro pedaço de céu, ah, se fosse possível parar o tempo naquele instante mesmo (bem, enfim, uns minutos para a frente e depois rebobinava-se), há lá coisa melhor do que auxiliar tão bonito ser humano em semelhante empreitada?


Ora ficai sabendo, tomai e embrulhai, ó morcões moralistas. Aquilo é que é a verdadeira face da felicidade, o sorriso absoluto, divinal, a pose totalmente descontraída e leve; que diabo, reparem bem, a mulher parece que está a voar! Enfim, um mimo. Deus me perdoe o fetiche, como se já não bastassem as outras manias, mas realmente não há nada que se compare a um belo rosto, feliz, radiante. Abençoada punheta, portanto, se bem que no feminino se deva talvez designar a coisa como dedeta.

Para um homem decente e culto, o cúmulo da intimidade é quando uma mulher lhe admite a presença, enquanto ela se entrega docemente nos braços do deus Onan. Imbecil que se ponha com patacoadas, quando tal milagre sucede, além de candidato a valente e merecidíssimo pontapé no cu, arrisca-se seriamente a um grande par de cornos, de brinde, só por se armar em parvo. E é muito bem feito. O acto de masturbação é sagrado, e por maioria de razões para as mulheres; ao contrário de nós, homens, as mulheres vêm equipadas de série com ferramentas masturbatórias extraordinárias, a começar pelo próprio cérebro, que lhes permite atingir o clímax apenas com o poder da mente; aliás, como sabemos, o cérebro é o mais erótico dos apetrechos sexuais, para ambos os sexos, mas com uma eficácia infinitamente superior no chamado belo sexo; uma mulher consegue fazer tudo e mais alguma coisa apenas imaginando que está a fazer essa coisa; sério; é espantoso. Claro que aquele número mais tradicional, um simples dedito mexendo no clítoris, ajuda-as muito na tarefa mas, se não tiverem nenhum dedo à mão, por assim dizer, ou quando lhes apetece variar, pode ser com muitas outras coisas, ou com absolutamente coisa alguma, apenas à custa de algumas contorções do corpo todo, umas mordidelas na almofada, as coxas roçando uma contra a outra. Note-se que o anteriormente referido poder da mente, quando preterido o foder da gente, constitui a base do verdadeiro triunfo da mulher, já que, quod erat demonstradum, repitamos, esta não precisa de um homem para o efeito; além disso, a masturbação no feminino tem ainda outras vantagens, por sinal enormes, como a ausência de quaisquer riscos para a saúde - as doenças venéreas não se transmitem por este método sexual - e ainda pelo facto de a coisa em si não envolver qualquer espécie de chatice ou engulho sentimental. A finalidade exclusiva é o prazer, todo o prazer e nada mais do que o prazer, como poderá jurar qualquer moça normal e bem constituída, para mais no caso de se deixar de caganças.

Mas consideremos ainda a vertente medicinal da sexualidade em regime de auto-gestão. De facto, se é altamente recomendável que todos os seres humanos, homens e mulheres, fodam o mais possível, dada a relação intrínseca e directa que isso tem com o estado de espírito (e, por consequência, com o estado de saúde em geral), também se aconselha, e deveria ser vivamente recomendado nas escolas(1), que todos e todas se desenrasquem sozinhos sempre que lhes dê para isso. Pelos mesmos motivos, porque faz bem, é saudável e põe as pessoas mais alegres e bem dispostas, mas em especial naquilo que diz respeito às mulheres; isto porque, logicamente, se qualquer gajo fica satisfeito com uma, ou duas ou, vá lá, umas cinco, isso para qualquer mulher é amendoins, sabe a pouco, e se calhar nem dobrando a parada chegaria; nós, maninhos, estamos completamente fodidos neste assunto, logo à partida, pela simples razão de que nenhum homem é capaz de chegar sequer aos calcanhares, em quantidade e em qualidade, daquilo que é o mínimo exigível para uma mulher trivialíssima. Por isso, excluindo do conselho os avis raras que apreciam ser empalitados, todos nós temos o dever não apenas de aceitar (de cara alegre) que ela ou elas se masturbem regularmente, como devemos auxiliá-las por todos os meios nesse desiderato; é deixá-las à vontade, nem que seja enquanto se entretêm com aquilo a que, de forma extremamente badalhoca, se chamava dantes "bater pratos"; ou chegarem-se às bananas, aos pepinos, às maçanetas das portas. Vale tudo pela causa, que é uma boa causa.

Os artefactos conexos, como vibradores, lingerie erótica, dildos, óleos "de massagem" e coisas assim, podem ajudar enormemente. Não nos esqueçamos de que o assunto em apreço representa nada mais, nada menos do que uma verdadeira empreitada humanitária. Quem ajuda a mulher a "vir-se", ajuda o mundo inteiro. É nossa obrigação ajudá-la (ou ajudá-las) a alcançar regularmente os tremeliques, se formos merecedores de tanta cúnfia quanto essa; é boa, excelente, soberba ideia oferecer-lhes de vez em quando um vibrador topo-de-gama, pelo Natal, ou uma vestimenta de fazer tesão ao Rei das Berlengas, pelo aniversário, mais uns cremes "de massagem" com sabores, de vez em quando. Para os mais afoitos, e menos burros, ir constituindo lá em casa (ou casas) um verdadeiro acervo de engenhocas sexuais será uma garantia de três coisas essenciais: mais alegria, mais saúde e um bocadinho mais de fidelidade.

De uma forma abrangente, poderemos mesmo considerar que estes pressupostos implicam um contributo fundamental não apenas para a harmonia doméstica, como, e por consequência, para a paz social, diminuindo os conflitos, em suma, para a qualidade de vida em particular e o bem-estar, não sejamos falsamente modestos, da humanidade em geral.

Mesmo que fiquemos carecas e barrigudos tentando entender como é que elas fazem aquilo, mesmo que isso fique para sempre como uma espinha cravada na nossa máscula garganta, a questão reside em ir tentando, sem desfalecimentos nem cobardias. Há-de ser possível a gente conseguir usar um ou dois singelos dedos com a mesma habilidade natural que elas têm. É aproveitar os momentos de maior divagação, quando um gajo cai de queixos, por exemplo, e ir estudando o assunto de perto, assim comássim. Pode ser que um dia ela prefira a nossa mão à dela, quem sabe. Bom, se não for possível aprender por completo, ao menos que se morra tentando. Isso é que é sentido altruísta e espírito academicista. E elas adoram essas merdas.

Estragadão(*)

 

(imagem de vpul.upenn.edu/; soneto de Bocage copiado da página http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/bocage.htm)

(1) Entenda-se por "escolas" tudo o que seja posterior ao chamado Ensino Básico, antigo Ensino Primário. O tema é-o por natureza, mas não abusemos.

 

(*) O nosso humilde tugúrio passa, a partir deste texto, a contar com a colaboração do Sr. Estragadão, especialista em assuntos diversos, entre os quais este, e cujo nome remete vagamente para uma personagem de Becket, concretamente da mesma peça na qual se baseia este espaço de entretenimento e reflexão. Ora, se este já cá está, o outro, o Godot, esse é que não há meio de aparecer.

comentários

12/10/06

Grandes Cromos Portugueses (3)


José Castelo Branco


Biografia: "marchand" e outras paneleirices
Fotografia a fingir que se ia atirar de pára-quedas (o tanas)
original de Blue Emotions


Frases célebres
Istô toda molhadinhaaa.
Eu hoje acordei assim: fabulosaaa.
Ai quiórroreee!
Bjocas à minha querida leide.
Olha aquele animale, já vistes? Cruz credo!
Sou a rainha do jiet siet, ó, ó.

comentários

11/10/06

Grandes Cromos Portugueses (2)


Gabriel Alves (gbrlvs)


CV (currekl vit)
Fotografia de Google (fetg de Gu)

Frases célebres
uuuuuuuuuuu! (trad.: ou grande remate ao lado ou grande pontapé na atmosfera)
iiiiiiiiiiii!!! (trad.: ou foi golo ou não foi)
óóóóóóó! (trad.: afinal foi)
Gra fin de Uáuim (trad.: grande finta de João Pinto)
Mlkár em todseu splendr (trad.: Mielkársky em todo o seu esplendor)
O ternadr Érks dá estruçes aos juguedrs Uóuim e Ieiiá (trad.: o treinador Erikson dá instruções aos jogadores John Terry e David Healy)

comentários

Grandes Cromos Portugueses (1)


Eládio Clímaco


Biografia (não tem)
Fotografia (arrrgh!)

Frases célebres
Ai que susto
Ai que giro
Ai que coisa
Ai que é mesmo giro
Ai que boa presença
Ai ai

comentários

Grandes Portugueses (1)


Adriano Moreira


Biografia (Bragança Net)
Fotografia de Revista da Armada

comentários