Odi profanum vulgus et arceo

30/09/06

Restaurador Alex

Alguém sabe o que foi feito de nosso Alexandre Monteiro? Anda desaparecido aqui das lides, esse ícone das belas-artes subaquáticas e de outras coisas igualmente belas, como as postas de pescada e a rica saudinha. Segundo testemunho do próprio, diz que se estampou de bicicleta, uma desgraceira, um joelho escangalhado, baixou-se-lhe drasticamente o nível de colesterol, braço ao peito e assim, toda a sorte de azares.

O facto é que já temos, falo por mim, saudades daquela escrita muitíssimo bem esgalhada, daquele humor poético subtil que, de tão concentrado, proporciona sessões de riso genuíno, gargalhante, de ir às lágrimas. Muito provavelmente, lá estará agora com a perna engessada, o joelho preso por arames, suprema ironia sem piada alguma agora esta, o dorido braço ao dependuro, umas quantas futuras cicatrizes tapadas com band-aids e pachos. Tem sua pitada, seu chic, esta situação de uma pessoa que a si mesma se coloca no arame, e sem rede, estar agora preso por arames, compelido a quando muito teclar com um dedo apenas suas mais profundas reflexões em aramaico, essa giríssima língua característica. E é pena que tal suceda, maldita sucata que se lhe não arredou do caminho, privando-nos assim, falo por mim, não sei se já tinha dito, das ditas profundidades e da também já referida piada quando o lemos aos matrecos da escrita em verso, a rima branca mas extremamente colorida. Claro que não se entende nada dos jogos de palavras com os quais desde há muito faz o favor de brindar o respeitável público, aquilo é tudo para alminhas superiores, iniciados em Joyce ou especialistas em cruzadismo, mas, admitamos e reforcemos, a coisa é impagável e faz cá muita falta; releve-se a maniazinha da saúde, essa ingrata - como agora se constata - deusa dos tempos modernos, e vá lá, para os mais agarrados ao vício, dê-se de barato o anti-tabagismo atávico do prestigiado autor, porém teremos de constatar por fim a tremenda lacuna blogosférica que representa semelhante, aborrecidíssima, tão sentida e prolongada ausência.

Pelo que todos os sinceros desejos de rápido e feliz regresso nunca serão demasiados, e aqui desde já aqui se proferem convictamente, na expectativa de que ecoem em conformidade por essa aldeia global fora, essa mesma que esquece em dois ou três dias os seus maiores e também seus maiorais assim que dá a estes e àqueles por azar qualquer travadinha. Ou seja, em duas palavras, as melhoras.

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29/09/06

E não se pode interná-lo?

Esta espécie de arrastadeira soviética veio, mais uma vez, partilhar sua esplendorosa verve com nosotros, os fasssistas. Cuspilhando adjectivo imbecil atrás de adjectivo cretino, nosso comunistóide esquisitíssimo constrói de raiz mais uma espantosa teoria da conspiração: afinal não foi Oliver Stone, o autor de películas Yankee mais amigo dos pobrezinhos, quem realizou o filme "11 de Setembro"; não senhora; quem fez essa retinta merda, esse miserável panfleto de propaganda bushista, foi nada mais nada menos do que a própria Casa Branca, assessorada pelos prestimosos serviços de uma caterva de serviços (secretos) imperialistas. O resto é tanga, não vale um caracol: pode lá ser, ora foda-se, que o camarada Oliver, Oliverinha para os amigos, tenha feito tal cagada! Mas como caralho é que aquilo é tudo sobre a América, os Estados Unidos da América, que horror, e sobre americanos e coisas americanas? Pois então, mas não se está mesmo a ver que um filme sobre o 11 de Setembro devia versar a "problemática" da pobreza em geral e da opressão capitalista em particular? Não há filme de jeito sobre o 911 que possa dispensar as fantásticas imagens da extraordinária vidinha dos árabes, esses perseguidos, essas vítimas do capitalismo; agora cá merdices de americanos a morrer nas putas das torres gémeas, bem, que se foda essa merda! Claro que se vê logo, qual é a dúvida? Fantochada, ou o caralho que os foda, ah, pois é, a mim (a ele) não enganam vocêzes, seus fasssistas. Isto é o chavalo a pensar, claro, porque às vezes o chavalo até pensa umas coisas, recauchutadas, é verdade, mas prontos, lá que debita, pois debita.

Este triste, este deprimente espécime de primata, verdadeiro exemplar museológico de hommo sovieticus, essa espécie de assassinos que se julgava extinta, à imagem e semelhança do velociraptor, circula ainda por aí, não apenas pespegando suas bojardas lá no blogzito dele como vomitando aleivosias - do mais mentecapto, do mais estalinista que imaginar se possa - em jornais nacionais e em programas de rádio e de televisão não menos.

E não se pode ao menos interná-lo, a esse grandessíssimo PCP de um FDP?




(Texto não revisto ou sequer corrigido automaticamente; tarefa demasiado penosa, para não dizer nojenta, mesmo para um simples e honesto corrector autográfico, tão abjecto é o sujeito.)

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Sociedade da informação

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Luvas, sacos azuis, lombo fingido e siga a marinha

Diz-se no DN de hoje que havia na nossa Marinha de Guerra um esquema de corrupção muito engenhoso que, esquematicamente falando, funcionaria assim:

Três empresas (A, B e C) apresentavam as suas propostas de fornecimento de material; uma "comissão de peritos" ("composta por militares que avaliam e dão o parecer à Marinha") escolhia uma das propostas (por exemplo a C), no valor de 20 milhões; depois de a Marinha pagar os 20 milhões à Empresa C, o intermediário respectivo entregava 5 milhões aos "militares corruptos da comissão de peritos", ficava com 5 milhões para si próprio e, por fim, pagava a fornecedores o valor real da empreitada - os restantes 10 milhões.

Santa ingenuità, Dio mio! Ma che cosa?

Mas qual é o patego que se deixa apanhar num esquema assim tão simples(inho)? Ó amigos, então, sejamos sérios; caramba, até no campo das vigarices há que ter um módico de hombridade! Pois então, vejamos, mas isso é golpada que se apresente? Ora, ora, que coisinha tão merdosa. Toda a gente sabe que o esquema verdadeiro, o mais comum, aquele que serve na perfeição os interesses (de quem toma conta) dos poderes central, regional e local, é o velho e sólido "concurso fingido e combinado": determinada entidade, civil ou militar, finge que abre um concurso público; as empresas concorrentes (A, B e C) combinam previamente entre si, em sistema rotativo, exactamente a mesma ou propostas muito semelhantes, sendo que os valores apresentados a concurso obrigam à escolha da proposta C, a mais baixa das três mas, ainda assim, altamente inflacionada em relação ao valor real do fornecimento; depois, é só dividir o remanescente em proporção com a "concorrência", descontada a comissão do intermediário e os "emolumentos" do ou dos representantes da entidade adjudicatária - como recompensa pelo facto de este ou estes fingirem que desconheciam o conluio.

Assim é que a coisa rola. Sobre esferas. Ninguém pode ser acusado de coisa nenhuma, muito menos os "peritos", cuja função consiste exclusivamente em olhar para uns papeis e dizer qual é o valor mais baixo que lá está. As empresas proponentes ficam também desde logo livres de qualquer suspeição, até porque detêm e repartem entre si o monopólio de um determinado nicho de mercado.

Burrices como adjudicar sem concurso público, de acordo com a legislação vigente, é coisa que já ninguém faz. Como todos sabemos, a gente pela-se por cumprir a Lei, em Portugal.

Nem de propósito, e a respeito, assim se compreende a elegante manifestação de brio da nossa deputada ao PE, Ana Gomes. "Corrupção", disse ela. O DN não facilita, infelizmente, o acesso a tão judiciosa sentença.

Citemos. "O PS é um alvo de quem quer corromper e manipular as instâncias do Estado para seu proveito, com vista ao enriquecimento pessoal e ilícito." Fim de citação.

Espantoso apelo. Eis uma frase que, além de lapidar, transpira sinceridade e mesmo alguma ansiedade. É assim a modos como quem diz "corrompam-me, se fazem o favor, vá lá". Naturalíssimo em quem vê toda a gente a enriquecer à sua volta e ela para ali enjeitada, esquecida pelos corruptos e pelos corruptores, espécie de Capuchinho Vermelho perdido na floresta da honestidade, com o lobo mau capitalista sempre à espreita, afiando a dentuça para a comer, coitadinha. Bem farta deve estar, realmente, de ver os seus colegas de bancada a enriquecer que nem umas bestas, e ela ali à espera da oportunidade ideal, uma coisa não muito importante e sem dar nas vistas, vá lá, olhem para mim, eu também sou gente, eu pertenço ao alvo, acertem-me em cheio, por caridade.

Confiemos, contudo, em que mais uma vez o bem triunfe sobre o mal, que o lobo a coma por fim, como tanto deseja, e que reine de novo a ordem natural das coisas.

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À Ensinu há matroca ou naum á? Á, à pelo menos 11 anus, devidu aus maleficios do tabaco.

 Olá a todos.


Estavam a dar-me graxa?! Não me parece, sou professora à 11 anos e foi a primeira vez que ouvi alunos dizerem aquilo. Talvez a nossa juventude ainda tenha futuro:)

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27/09/06

Consultório sentimental - XVII

O Ponto G3

Por mais que faça, não consigo satisfazer a minha mulher. Pelo menos, é o que ela diz. Que eu sou um chato, e que assim não dá, que nunca teve um orgasmo, e que eu a magoo (acho gira esta palavra), e tal e tal. Isto assim é uma merda e eu já não sei o que hei-de inventar mais para lhe dar prazer. Foda-se. Já fizemos de tudo (mas de tudo mesmo), às vezes fico ali que tempos, a dar-lhe em cima com a força toda, tunga, tunga, tunga, horas a fio, mas qual quê, népia, a fulana não se vem nem por nada.
Li há uns tempos aquilo que escreveu, aqui no seu consultório, sobre a "ejaculação feminina", e não fiquei lá muito convencido... desculpe que lhe diga; então mas que raio, afinal as mulheres vêm-se, assim como nós, ou não se vêm de todo, ou é só às vezes, e pouco, e mal? E já agora, a propósito, sempre gostaria de um esclarecimento seu, afinal o que vem a ser essa coisa do "ponto G"? Oiço falar muito dessa coisada mas, sinceramente, não faço a mínima ideia de que porra vem a ser essa, ao certo. É onde, exactamente? Imagino que seja uma daquelas coisas "de lhe chegar c'o dedo" (eheheh), mas pronto, como diabo pode a gente adivinhar onde aquilo é ao certo? Disseram-me que é por detrás do osso pélvico, ou assim; é verdade? Enfim, agradecia uma resposta, se pudesse.
Marcos S., Algés
(recebido por e-mail)


Vamos ver se posso, isto é, se serei capaz de explicar algo tão evidente, por um lado, e tão complexo por outro.

Comecemos então pelo lado evidente. O chamado Ponto G (diz-se "ponto gê") é uma coisa que não tem piada nenhuma. Diria mesmo mais, é uma merda fodida, em sentido figurado e em sentido literal. Não há quem não se veja perfeitamente à rasca para o definir, quanto mais para saber ou explicar aos outros ao certo onde é.

Na minha (modesta, se bem que fundamentada) opinião, trata-se muito simplesmente de mais uma invenção feminina, coadjuvada e acolitada por meia-dúzia de palermas com algum problema lá em casa, com a nítida intenção de atemorizar o macho comum; atemorizar, sim, disse e repito: atemorizar. O que as mulheres pretendem, com essa história do Ponto G, é dispor de (mais) uma arma de arremesso que vá justificando por antecipação qualquer deslize extraconjugal que venha a ser descoberto. Como sabemos, e de acordo com aquilo que aqui reiteradamente comprovo, as mulheres em geral são danadinhas para a brincadeira - facto científico de inegável recorte técnico - e fazem tudo aquilo que podem para laurear sua pevide, chamemos-lhe assim. Ora, o que existe de melhor, para ir laureando a dita em paz e sossego, além da ameaça suprema, aquela que mais pode afectar um gajo? Claro, assim como assim, sabendo de antemão qualquer noiva que estará dando suas (facadas no matrimónio) ao fim de uma ou duas semanas após a cerimónia do casamento, trata logo, muito previdentemente, de adiantar a seguinte chantagem: filhinho, olha que eu sou muito difícil de satisfazer, tu vê lá bem essa merda, põe-te mas é a fancos, porque já sabes, se me apanhares a foder com outro bacano, não leves a mal, mas a culpa é tua, tu é que não me satisfazes, por isso charépe, não me chateies.

Querem por conseguinte com isto dizer, as mulheres, em sua refinada verbalização amorosa, que a culpa antecipada pelas ditas facadas (termo de origem anglófona, de "to fuck, fucked, fucked") resulta do desconhecimento tipicamente masculino daquilo que a elas dá prazer (sexual, entenda-se). Antigamente, o chamado eterno feminino atirava com as culpas da sua intrínseca fodilhice para cima da falta de atenção que se presumia ser obrigação masculina; não me dás atenção, "vou-te encornar" não tarda nada, eis, em suma, a regra vigente até à 2ª metade do século XX, essa horrível, mais desgraçada metade da História humana. Posteriormente, com o surgimento do "soutien gorge" e das "amplas liberdades", o mulherio desatou a reservar para si o exclusivo não apenas dessas liberdades como da sua absoluta inocência no assunto, já que - impinge a versão oficial - são eles e não elas quem trai, porque eles é que são uns sacanas e elas, coitadinhas, limitam-se a dar vazão aos seus instintos naturais. Extraordinária dicotomia, brilhante mesmo, que promove por via administrativa metade da humanidade a uma condição verdadeiramente angelical, e pela mesma via despromove a outra metade à categoria de merda com pernas, cambada de biltres, esses, os homens, que horror, mas que cambada de filhos-da-puta, isto é encorná-los e eles que se fodam, e já agora passa para cá a guita, ó seu sacana. Isto é, mais ou menos, o pensamento comummente aceite e, por curioso e folclórico que pareça, a maior parte da classe masculina encontra-se hoje em dia totalmente dominada por estas premissas e acha de si próprio que sim senhor, não passa de um bandido, um monstro que não pode ver uma burra de saias e nem sequer é capaz de "satisfazer" a sua mais-que-tudo.

Depois de instilar a devida dose de veneno no cérebro masculino, e com a protecção condescendente dos pensadores politicamente correctos - alguns nitidamente efeminados e outros notoriamente apaneleirados -, a mulher passou a sair à rua, quando sai para caçar, não apenas com as suas típicas pinturas de guerra mas também munida de armas psicológicas de terrível eficácia; estas armas de desculpabilização maciça, de cujo arsenal consta o tal Ponto G e a ignorância masculina a respeito dele, servem na prática para ilibar qualquer escapadela e para culpar a priori, ainda por cima, o corno por ter sido encornado. É extraordinária, esta lógica, mas incrivelmente eficaz.

Ora, pois claro, está-se mesmo a ver, se uma mulher, coitadinha, anda a dá-la por aí, é porque o legítimo a não satisfaz, o grandessíssimo cabrão, não dá nem duas seguidas, quanto mais, ganda tótó, aquilo é uns minutitos e puff, já está, nada de preliminares, nada de "carinho", vejam lá que ele nem sabe onde é o ponto gê! Onde já se viu, realmente, pois coitada, pois que merece, é um direito, acima de tudo um direito, pois sim, pois sim, então não há-de uma mulher, que também é filha de Deus e tudo, vir-se regularmente, ora bem, digamos, duas ou três vezes por dia? E se ela por acaso precisar de mais, e isso que tem, pois claro, há-de por força procurar noutro lado, se em casa não lhe dão o suficiente. E o que vale para marido, vale para namorado ou coisa que o valha e mesmo amante: caramelo que não foda "como deve de ser", em quantidade e em qualidade, está mesmo a pedi-las, merece toda a sorte de traições; traições que o não são, de facto, são apenas necessidades fisiológicas, entendamo-nos; se fulano não tem paciência, ou jeito, ou a delicadeza suficiente, para esfregar o clítoris da sua parceira até ela se vir - como é, nunca será demais repeti-lo, seu inalienável e fundamental direito - , com certeza, o sacana está a pôr-se a jeito para ser altamente encornado; e aliás, o que esperávamos nós outros? É no mínimo obrigatório, nos tempos que vão correndo, tanto como saber enviar um SMS ou comprar coisas no EBay, conhecer todas as técnicas necessárias para que as mulheres em geral e a nossa em particular experimentem o nirvana do orgasmo, a suprema bem-aventurança da foda CDS (como deve ser). E isso, esse saber, inclui evidentemente a ginástica mental de retardamento da ejaculação, preencher de cabeça umas chaves de totoloto, contar as rachas do tecto e das paredes, recordar em fast-motion algumas cenas do último filme de Manuel de Oliveira; inclui conhecer de cor e salteado todos os acepipes favoritos e as preferências da dita, desfolhando o reportório lenta mas energicamente; e inclui também, se necessário fosse dizê-lo, uma boa constituição muscular bocal, de maneira a proporcionar minetes como manda a sapatilha.

Homem que se preze, e que preze os direitos adquiridos da sua parceira, deve cautelosamente abafar o palhaço, bater uma (ou duas), antes da chegada dela... não vá a coisa correr para o torto. Deve saber apertar a gaita com toda a força, junto ao prepúcio, logo abaixo, sempre que lhe palpite que se aproxima a galope o segundo fatal. Deve, enfim, munir-se de todos os conhecimentos indispensáveis, e de mais uns quantos, para que a sua "prestação" mereça, ao menos, a classificação de "satisfaz". Quando não, está despedido, danou-se, leva não umas orelhas de burro mas um valente par de cornos, a ver se aprende, e além disso é posto no canto escuro, virado para a parede e em silêncio, toma toma, bem feita, seu morcão. Ou isso, ou um nunca mais acabar de lamúrias, choros infindáveis à mistura com baba e ranho; chuif, chuif, tu já não gostas de mim, buuuuu, ai que infeliz que eu sou, ai ai; a mulher é - além de muito ciosa quanto aos seus direitos - extremamente emocional e delicada em tudo o que se relaciona com sexo. Por regra, aliás, as mulheres adoram dizer que não gostam de "foder" mas sim de "fazer amor"; um gajo pela-se por esse tipo de merdas e elas sabem.

Como sabem outras coisas igualmente edificantes, a nosso respeito. Tudo artistices um bocado chantagistas, mas enfim, é giro, e sempre se dão outros nomes aos bois, para variar. Por exemplo, não é de todo incomum, actualmente, escutar regateios e mesmo protestos femininos por via de umas pinocadas mal dadas ou que, de alguma forma, correram ou estão a correr mal. Vulgarizaram-se as negociações pré-coitais ("tá bem, eu faço -te isso se tu me fizeres aquilo"), e muito poucos garanhões se poderão gabar de nunca terem sofrido recriminações, por deficiente "prestação", como, por exemplo, na expressão "foda-se, já?"

E, é claro, as "amplas liberdades" são hoje, no feminino, como se diz num anúncio, amplas mas mesmo, mesmo, mesmo, mesmo, eh pá... amplas. Às mulheres é consignado o direito de insultar qualquer homem na sua masculinidade, de paneleiro para cima, e em especial de exigir a seu companheiro a melhor "performance" sexual, com um tempo de duração do acto no mínimo decente, ou seja, superior a meia horita, vá lá, e ai o caralho que me estás a deixar ficar mal, mas ó que merda de gajo, tu não me satisfaças que eu ponho-te um par de patins, vá lá ver. Nesta conformidade, a suprema treta do Ponto G caiu como sopa no mel, para o mulherio; esse mistério tão falado, do qual as próprias mulheres desconhecem a localização exacta, pelo simples facto de ser uma providencial invenção, torna-se assim a mais letal das armas femininas, uma metralhadora de repetição, que dispara em rajadas de reivindicações ou tiro a tiro; é o Ponto G3, portanto. Numa perspectiva histórica, e de certa forma, por analogia cibernética, digamos, este poderá ser considerado também um ponto de terceira geração, como sucede com os telemóveis, ou seja, o verdadeiro Ponto 3G. Menos do que isso, num caso e no outro, como sabe qualquer patego, nada feito, ao pífaro da gaja não dá nenhum abalo. 

Pelo caminho que as coisas estão a tomar, como diria nosso Diácono Remédios, "qualquer dia" um homem é obrigado por lei a frequentar cursos de reciclagem sexual; cobrirão tais cursos matérias tão diversificadas e interessantes como, por exemplo, aventemos, Posições (I, II e III), Masturbação Assistida, História da Sexualidade, Mecanismos e Ferramentas de Satisfação Pessoal (MFSP), Técnicas de Sedução e Engate (TSE), e assim por diante; aventado isto, aventemos ainda que tais cursos terão forçosamente uma época única de exames, sem possibilidade de recurso, com avaliações teóricas e práticas, com notas finais por Disciplina, e incluindo castigos corporais para quem chumbar. Gajo que saia da escolinha sexual sem saber "executar" um minete na perfeição, ou que se atreva a vir-se em menos de dez minutos, está completamente fodido, ou, muito pior, dele se dirá que é um fodilhão merdoso, picha mole, mirradito, uma verdadeira besta, camelo sem qualquer préstimo, choninhas do caralho, etc.

Isto, a bem dizer é a perspectiva fácil, evidente da questão, como disse no início. Vendo agora a coisa pelo lado complexo, temos alguns factos a referir.

Em primeiro lugar, constatemos que há quem diga que o Ponto G existe mesmo, fora do chamado imaginário colectivo e à revelia das tangas politicamente correctas. Para quem não sabe ler e para quem acha que mais de 200 palavras dá seca, é ver o boneco.



Lá está ele, o malandro, ali na traseira baixa do tal osso púbico. Claro que não há absolutamente nada de fisiológico, nem um mísero sinal ou uma verrugazinha que seja, indicando o local exacto; diz-se que é ali como se poderia dizer uns centímetros mais abaixo, ou acima, para a esquerda ou para a direita. Em 1984, um tipo mais descarado atreveu-se a escrever que aquela minhoquice, afinal, não passava de um tecido comum do tracto urinário (uretral). Desgraçado. Bem lhe deve ter fodido o juízo, a patroa dele. Ah, e tal, mas eu sou cientista, terá ele dito, já meio cagado; mas qual cientista, qual cacete, responde Frau Grafenberg; o ponto gê é património, seu caralho! Então não querem lá ver este panasca, a ver se me tira o gozo, scheiße! Ach, du bist ein schwein!

Mas enfim, isto é lenda, transcrição do que se ouviu dizer, "hear say". Nada de científico, portanto. Tão inválido e, de certa forma, ridículo, como falarmos, por exemplo, de ejaculação feminina. Tretas.

Em segundo lugar... bem, não há segundo lugar. O assunto, visto numa perspectiva complexa, não tem afinal muito que se lhe diga.


 

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25/09/06

...



James Nachtwey

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24/09/06

Eventualmente

10. Uma mulher (e o pulha que a pressiona) que aborta deve sentir apenas uma coisa: o peso da sua consciência. O peso do estado da lei - não é para aqui chamado.
Blogue- Revista Atlântico


Eventualmente. "Uma mulher (e eventualmente o pulha que a pressiona)".

Porque, eventualmente, também acontece a mulher abortar sem sequer dizer água-vai (águas-vão) ao pai da futura ex-criança.

Eventualmente, se frequentemente for excessivo, mulheres abortam contra a vontade do parceiro.

Eventualmente, uma mulher pode não saber quem é o tal, ao certo, ou a quem ir contar a novidade. Ou calar-se, pura e simplesmente por não ter eventualmente a certeza.

E porque, ele há coisas do diabo, pode suceder que, eventualmente, a consciência se ausente para parte incerta.

Eventualmente, as variantes e as variáveis invalidam juízos horizontais e definitivos.

Eventualmente, se faz o favor. Eventualmente é importante.

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23/09/06

Olha que dois

Diversas teses catastrofistas estão já bem arreigadas no subconsciente do cidadão comum, incorporando este como sua cada uma delas, e tornando-se passivamente refém das respectivas, presumivelmente terríveis, consequências. Torna-se cada vez mais difícil encontrar, nas sociedades industrializadas, alguém que não acredite piamente nos mais difundidos paradigmas destas "verdades científicas" catastróficas, ou seja, o aquecimento global (que tem a ver com o chamado efeito de estufa) e o "buraco" do ozono, com toda a envolvência temática inerente; o espectáculo catastrofista, servido a todo o instante a toda a gente, é apresentado por regra com recurso aos melhores efeitos especiais e aos mais reputados especialistas, com a ajuda de quadros, gráficos, cifras; tudo devidamente embrulhado em generalidades evidentes, como a poluição, a pilhagem de recursos naturais, a extinção de espécies animais e vegetais. Compondo o ramalhete e no sentido de dar credibilidade às teorias do desastre iminente, estas são ilustradas com as mais diversas catástrofes naturais, terramotos, erupções vulcânicas, maremotos, furacões e tempestades, sendo todos estes fenómenos interpretados como "sinais" de que algo de muito grave está para suceder, num futuro próximo, se não se tapar imediatamente o buraco do ozono, se não se destapar a estufa e se não se reduzir drasticamente a temperatura média do planeta. Para alcançar tal desiderato, não resta outra saída que não seja a imediata e dramática redução da emissão de gases poluentes. Os cataclismos naturais que sempre existiram, daí se dizerem "naturais", são enfiados à matroca na teoria, por forma a se estabelecer uma estranhíssima mas facilmente deglutível relação de causa e efeito, que é vendida como verdade universal, ou seja, que o modo de vida é tanto mais perigoso para toda a humanidade quanto mais evoluído for, e, por consequência, vice-versa: a solução final residiria portanto na eliminação sumária das fontes de poluição atmosférica: a começar pelos motores alimentados a combustíveis fósseis, como sejam os dos automóveis, dos aviões, dos navios, mas também os das unidades de produção de energia, o que implica comboios, fábricas, iluminação, elevadores, escadas rolantes, botões de campainha, ou, enfim, numa palavra, tudo. No topo da lista de potenciais, perigosíssimos inimigos do ambiente, surgem os muito nocivos frigoríficos e os igualmente aparelhos de ar-condicionado, e ainda certos produtos químicos e processos de fabrico.

À esmagadora maioria dos crentes nesta espécie de Igreja do Maldito Progresso, não ocorre nunca a mais leve dúvida sobre a pretensa infalibilidade das previsões, da mesma forma que nunca se questiona sobre a validade da sua dedicação à causa ecologista ou sobre a utilidade da sua participação na "luta" pelo ambiente; não faz a mais pequena ideia do significado exacto de qualquer das teorias que interioriza como verdades absolutas; da mesma forma, nem se questiona minimamente sobre a utilidade da sua dedicação pessoal a tarefas tão meritórias como separar o lixo doméstico, ensinar a juventude a usar o vidrão, o papelão e o pilhão; quanto a soluções, práticas e objectivas, para tão urgentes e decisivos problemas, o cidadão que se julga ecologicamente consciente não sabe nem tem a mínima pista sobre o que deve ser feito, se bem que aceite perfeitamente a ideia subjacente: o fim da era industrial. Quem sabe se, no fundo, no fundo, não será melhor para todos regressar à Idade Média ou, mais para trás ainda, às nossas ancestrais cavernas; antes isso, realmente, do que acabar a espécie humana por destruir, em apenas algumas dezenas de anos e por pura maldade, o planeta em que vive há milénios.

Um novo fenómeno sociológico se vai definindo, nos tempos que correm: quanto mais catastrófica é a teoria, mais depressa e mais profundamente ela se incorpora na chamada consciência colectiva, no subconsciente individual e, estruturalmente, no corpus social. Refutar, contestar visões apocalípticas do futuro, torna-se portanto cada vez mais difícil e, provavelmente, inútil; provar ou comprovar a nulidade, evidenciar o ridículo de tais visões seria sem dúvida uma notícia boa, excelente. Mas as boas notícias não conquistam audiências, nem contêm qualquer apelo emocional, pelo que estão paradoxal e inexoravelmente condenadas ao fracasso. Para muita gente, em especial para os novos apóstolos do fim dos tempos, semelhantes constatações significariam mesmo muito más notícias, a começar pelo próprio desemprego, a continuar pela condenação às agruras do descrédito, e a acabar pela demanda desesperada e exaustiva de uma nova, chamativa, suculenta, mirabolante paranóia.

Para já, e enquanto a coisa está a dar, sucedem-se os périplos e as conferências, perante cada vez mais assustadas audiências, apresentando repetidamente os conferencistas o "problema" mas nunca, ou muito raramente, a solução. A não ser, é claro essa coisa vaga e impraticável que é a "redução de emissões". Países gigantescos, como a China ou a Índia, atarefados na resolução de problemas reais intramuros, pouco ou nada se ralam com este tipo de maçadas, marimbam-se positivamente para o anti-tabagismo e para modas quejandas, como esta agora dos calores na Islândia ou das calotes a derreter; tanto se lhes dá, a esses como a outros. Espalhafatos como o Protocolo de Quioto, se bem que resultem bem como parangonas, deixam muito a desejar como resultado, quanto mais como solução. Talvez a esterilização em massa, quem sabe; menos uns quantos milhares de milhões de potenciais automobilistas, no espaço de uma única geração, provavelmente chegariam para reduzir as emissões, tapar uma coisa, destapar a outra, fechar por fim o maldito buraco. Mas não, parece que não é isso que os "experts" acham que deve ser feito, quando são apanhados a achar alguma coisa que não a do costume.

O gado vacum produz, em todo o mundo, tantos gases (de escape, digamos assim) como aqueles que são debitados por milhões de automóveis, em cada hora-de-ponta; não está estudada a nocividade da flatulência (bovina, neste caso) na atmosfera, mas não seria certamente por isso que os governos desatariam agora a decretar o abate maciço e imediato de tão pacíficos e úteis animais; não, acabar com o bife de vaca não é solução.

Uma só erupção do Vesúvio expele mais gases e poeiras (e muito mais nocivos ambos) do que todas as explorações cimenteiras à face da Terra, ao longo de anos ou décadas; fabricar testos para tapar os vulcões seria, evidentemente, tão má ideia como eliminar por decreto o cimento das construções. Não, esta também não.

Impedir administrativamente que as placas tectónicas se movam, e com isso libertem a energia de umas quantas bombas atómicas, tendo a energia o enervante vício de gerar calor, é algo que se afigura tarefa de muito difícil execução. O mesmo princípio vale para os efeitos devastadores que o aumento de temperatura provoca nos mares do planeta, principalmente quando esbarra a água aquecida em placas ou em maciços de gelo. Pois não, de novo, é um aborrecimento, estas coisas escapam ao nosso controlo, por aqui também não vamos lá.

Enfim, seria fastidioso, de mais a mais vindo de um perfeito leigo na matéria, enumerar alguns factos que derrotam só por si as teses ambientalmente cabalistas. Mas não há nada como ir às fontes, as verdadeiras, aquelas que não dependem financeiramente do que dizem e da forma como o dizem, ao contrário dos mestres do desastre. Esta outra gente sabe do que fala e nem sequer tenta (como eu) falar daquilo que desconhece. A ver se haverá algum resíduo de curialidade nas teorias da conspiração global. A dúvida metódica é como o Melhoral, nem faz bem nem faz mal, mas é incomparavelmente melhor tê-la (sempre à mão) do que andar por aí a abarrotar de certezas absolutas.

Assim de repente, são duas as fontes onde se podem beber alguns ensinamentos refrescantes.

Há uma em Portugal, num blog muito apropriadamente chamado Mitos Climáticos, assinado por Rui G. Moura. Algumas citações respingadas, só para despertar a sede:

1. Foram apagadas, por exemplo, estas palavras: «Nenhum dos estudos referidos atrás apresenta provas claras para que se possa atribuir as variações [climáticas] observadas à causa específica do aumento [das emissões] dos gases com efeito de estufa».

2. Nos Estados Unidos da América, apesar de tudo, existe algum debate. Mas os media americanos são esmagadoramente favoráveis ao «global warming». E o senador Al Gore chegou a apoiar um filme a propagandear o mito climático do aquecimento global.

3. O director do Real Instituto começou por dizer que hoje em dia muitos suecos coçam a barba quando ouvem falar no «global warming». É natural, depois de terem sofrido, por exemplo, no mês de Março de 2006 tanto frio como nunca haviam suportado antes.

4. A temperatura está a subir em Lisboa? Como na maioria das cidades da Europa...Então, como a temperatura sobe, dizem-nos que podemos encontrar aqui a confirmação do «global warming»... A culpa é das emissões antropogénicas ponto final, parágrafo!
Mas princípios elementares da física desmentem esta afirmação que está na moda. É fácil repetir a cartilha do IPCC. Para quê raciocinar? Aparentemente, é tão simples que não merece discussão...Aquela afirmação, tão repetida, até parece ser verdadeira!

A outra fonte, de resto citada pelo blog Mitos Climáticos, tem um título que diz tudo. Entre outros, há dois gráficos, com números, com cifras que não só mas também:

Global Warming: A closer look at numbers

Just how much of the "Greenhouse Effect" is caused by human activity?
It is about 0.28%, if water vapor is taken into account-- about 5.53%, if not.
This point is so crucial to the debate over global warming that how water vapor is or isn't factored into an analysis of Earth's greenhouse gases makes the difference between describing a significant human contribution to the greenhouse effect, or a negligible one.





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22/09/06

A tolerância da Natureza ou...

A natureza da tolerância no Islão
Os actos de violência que os muçulmanos têm cometido na Europa e nos Estados Unidos, são geralmente atribuídos a uma minoria "fundamentalista", mas na verdade todo o Islão se fundamenta em princípios de intolerância e beligerância, especialmente contra o mundo Cristão ocidental. Conheça alguns pormenores bem esclarecedores...
Roberto de Mattei

Nas terras conquistadas pelo Islão, a opção deixada aos vencidos é a conversão ou a morte. Para os adeptos da religião dos "Livros Santos", cristãos e hebreus, mas também sabeítas e zoroastristas, definidos como "gente do Livro" (ahl el-Kitab) ou "gente do Pacto" (ahl el-dhimma), está previsto um estatuto privilegiado desde que aceitem submeter-se ao Islão. Tal estatuto jurídico de inferioridade, chamado dhimma, é simbolizado pelo pagamento de uma taxa pessoal que indica o reconhecimento público da subordinação ao Islão.
O pacto de Omar, primeiro sucessor do profeta, introduziu o distintivo para os protegidos: castanho para os madeístas, azul para os cristãos, amarelo para os hebreus e, confinando os dhimmos em bairros especiais, antecipa assim o aparecimento da prática dos guetos.
Os dhimmos, desde que aceitem submeter-se ao Islão, são integrados na comunidade islâmica, mas na condição de uma pesada sujeição jurídica. São excluídos dos cargos públicos e obrigados a cumprir os imperativos sociais da charia; o proselitismo religioso é punido com a pena de morte, mas os dhimmos devem aceitar o proselitismo dos muçulmanos, mesmo nas suas igrejas ou sinagogas. Por outro lado, os dhimmos não podem construir edifícios mais altos do que os dos muçulmanos, devem proceder aos funerais dos seus mortos em segredo, sem prantos nem lamentos; é-lhes vedado tocar sinos, expor qualquer objecto de culto e proclamar, diante de um muçulmano, as crenças cristãs. Um muçulmano pode casar-se com uma mulher dhimma, mas um dhimmo não pode casar-se com uma muçulmana; a criança nascida de um casamento misto é sempre muçulmana. A sanção que pune os muçulmanos culpados de delitos é atenuada se a vítima for um dhimmo. Os não-muçulmanos nunca podem ser testemunhas contra muçulmanos, sendo o seu juramento inaceitável. Tal rejeição funda-se, segundo os hadith, sobre a natureza perversa e mentirosa dos "infiéis" que insistem deliberadamente em negar a superioridade do Islão. Pela mesma razão, um muçulmano, mesmo que seja culpado, não pode ser condenado à morte, se for acusado por um infiel. Pelo contrário, aconteceu diversas vezes que houve dhimmos condenados à morte no lugar de muçulmanos culpados.
A rejeição das testemunhas dhimmas é particularmente grave quando elas, caso não raro, são acusadas de ter "blasfemado" contra Maomé, delito punido com a pena de morte. Os dhimmos, incapacitados de refutar em juízo as acusações dos muçulmanos, encontram-se, muitas vezes constrangidos a aceitar o Islão, para conseguirem salvar a vida.
O pagamento do tributo a que estão sujeitos os dhimmos, chamado kharadj, é justificado pelo princípio segundo o qual a terra subtraída pelo Islão aos "infiéis" é considerada como pertencente, por direito, à comunidade muçulmana. Por força deste princípio, qualquer proprietário é reduzido à condição de um tributário que detém a sua terra na qualidade de mero usufrutuário por concessão da umma. A taxa vem carregada de um simbolismo sagrado e bélico: é o direito inalienável atribuído por Alá aos vencedores sobre o solo inimigo. Além da kharadj, os dhimmos são obrigados a pagar outro imposto, a djizya, que lhes é imposta no decurso de uma cerimónia humilhante: enquanto paga, o dhimmo é golpeado na cabeça ou na nuca.
É esta a natureza da tolerância no Islão.

Fonte: Roberto de Mattei, "Guerra Justa, Guerra Santa - Ensaio sobre as Cruzadas, a Jihad islâmica e a tolerância moderna ", Livraria Civilização Editora, Porto, 2002, Capítulo II, págs. 65-68. Transcrição autorizada pelo Autor.
Roberto de Mattei é Professor Catedrático de História Moderna na Universidade de Cassino, Itália.



Texto transcrito do site Arautos d'El Rei
(Recebido por e-mail)

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Se Neil Armstrong fosse muçulmano, afinal a Apollo 11 já era verdade?

Reprodução integral de um post de David Amery (Urban Legends)

Was Neil Armstrong the First Muslim on the Moon?

"Wait," you're probably saying to yourself, "I didn't even know Neil Armstrong was a Muslim." Well, he isn't. But, as Slate's Explainer reminded us recently, there is a longstanding urban legend in the Islamic community to the effect that astronaut Armstrong heard the words "Allahu akbar" ("God is great") when he first set foot on the moon and immediately converted to Islam on his return to earth. Never happened, says Armstrong.

He never said "Good luck, Mr. Gorsky," either. But you knew that.

Further reading:

Why Do Muslims Say 'God Is Great'? - Slate
How Neil Armstrong 'Became' a Muslim - Answering Islam

(Image credit: NASA)

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360º

You Are 36% Paranoid Schizophrenic

You're pretty grounded, though you have your occasional paranoid moments.
Just make sure to ignore those voices in your head!

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21/09/06

A obsessão anti-comunista

From Stettin in the Baltic to Trieste in the Adriatic an iron curtain has descended across the Continent.
Winston Churchill

Duas das três pessoas que aqui vêm às vezes manifestaram algum incómodo por aquilo que lhes parece ser uma mania persecutória (minha e de outros que tal) em relação aos comunistas. Que meto tudo no mesmo saco, ele é comunas e comunistices a torto e a direito, um exagero; e que diabo, que já chega, isto assim torna-se chato, maçador, repetitivo. Pois sim. Esclareçamos então competentemente.

É que esses cabrões (a esquerdalhada toda) estão agora tentando levantar a cabeça de novo, e essa merda, em última análise, irrita-me profundamente. É muito simples, humano e compreensível: o comunismo, à semelhança do fascismo e do nazismo, deveria - pela ordem natural das coisas - estar hoje em dia completamente comatoso, reduzido como ideologia à condição de simples referência histórica e como movimento social à mais completa das insignificâncias, com uma representatividade meramente residual. Ora, das três variantes de bestialidade promovida a ideia, apenas resta uma, e precisamente a mais violenta, a mais abjecta, a mais desumana delas. Não apenas subsiste, mesmo depois de destapados os crimes contra a humanidade pelos quais foi directamente responsável, como ressurge agora com uma nova pujança, com mais arrogância ainda, com novos e ainda mais alucinados argumentos, com novos e ainda mais sanguinários aliados de circunstância.

A perturbação mental vulgarmente designada por comunismo, ou na sua versão pura e dura ou mascarado de "democrata" - envergando roupagens socialistas, ecologistas, popularistas - ou ainda simplesmente infiltrado nas correntes de opinião e de influência, não apenas se mantém hoje nas esferas do Poder político como ameaça seriamente conseguir aquilo que nunca na História tinha alcançado: o beneplácito. Seja ele político ou de simples opinião pública, seja por desmemorização sistemática da História ou através de insinuações e subtilezas de raciocínio, o facto é que o beneplácito geral, em relação a tal ideologia e aos criminosos que a perfilham, significa na prática desculpabilizar a primeira e inocentar os segundos. E isso, assistir impávido e sereno, como é pelos vistos de regra e de uso geral, torna-se absolutamente insuportável para quem - pura e simplesmente - se nega a esquecer.

A recusa da amnésia histórica, ou da terraplanagem do passado, obriga obviamente a, ao menos, denunciar aquilo que se está a passar; implica reconhecer os tiques totalitários no discurso comunistóide, as suas tácticas de propaganda, e denunciá-los, aos tiques, ao discurso e à propaganda; pressupõe que se diga e faça alguma coisa para tentar ajudar a travar a marcha implacável da militância acéfala, a arregimentação cega de indivíduos cegos pelas dificuldades extremas e pela penosidade da vida quotidiana. Ora, aquilo que se está a passar é a repetição taxativa do que sucedeu recorrentemente até à década de 90 do século XX; o discurso e os tiques são os mesmos, a papel químico do que então sucedia, a mesma estratégia de aproveitamento da pobreza, de apologia do medo e de capitalização da angústia; a mesma técnica de repetição exaustiva de factos inventados até que estes se transformem em factos reais; a mesma oferta de respostas utópicas, facílimas de entender, para questões concretas e extremamente complexas, dificílimas de resolver.

Aqueles que se dizem muito amigos dos "desfavorecidos", dos explorados, dos pobres em geral e, por consequência, se julgam moralmente superiores, oferecem - hoje como ontem - solução rápida e eficaz para tudo e mais alguma coisa, na condiçãozinha implícita de que, em troca, os povos contemplados com a bênção da iluminação socialista recompensem os respectivos benfeitores com a tomada do Poder, essa coisa horrível quando em mãos erradas. Porque, de resto, tirando esse pormenor insignificante, está feito, é facílimo, mas afinal qual é o problema, resolve-se já: é o desemprego? Pois que haja mais emprego, e o emprego já há. É a fome? Pois que não haja mais fome, e a fome desaparece. É a guerra? Pois que se faça a paz, e paz se fará para todo o sempre. A mensagem é clara, transparente: amigos, camaradas, companheiros, não sejais inferiores, não exploreis mais o vosso semelhante, não vos deixeis explorar, juntai-vos a nós outros, os bons, os que nem exploram nem se deixam explorar, e todos juntos cantaremos alegre e eternamente, em suprema felicidade. Ai ele há desemprego? Mas, ó camarada, é muito simples: Diz Não Ao Desemprego! Ai eles querem tirar-te direitos, companheiro? Então diz assim: Mais Direitos, Já! Ai eles querem acabar com as tuas regalias? Ai os malandros. Vai e atira-lhes: Andar Para Trás, Não!

Pois que, já lá disse Estaline, o paizinho dos povos, "faça-se felicidade" e fez-se felicidade, "criemos uma sociedade sem exploradores nem explorados" e criou-se uma sociedade sem ambas as coisas. O que pretendeis vós outros, pobrezinhos, homenzinhos? Hem? O que vos faz falta? Dizei uma só palavra e sereis salvos das garras do capital. Vinde a nós, juntai-vos a esta aliança, a aliança da paz e da abundância, e vivereis eternamente no paraíso, livres de todo o mal.

Nunca, jamais, em tempo algum, a mais ínfima das promessas socialistas se cumpriu, mas isso não atrapalha minimamente o ressurgimento da ideia totalitariamente igualitária. Após uma década de quase completo apagamento, que decorreu entre o fim do Império soviético (1991) e o ressurgimento do islamismo radical (2001), ei-los de novo, os herdeiros da felicidade compulsiva, da abundância rigorosamente planeada, espalhando a fé e tentando reconstruir o império. Que importam agora as dezenas de milhões de seres-humanos massacrados em nome do ideal, onde isso já vai, agora o que interessa é o futuro, e o futuro é radioso, há-de ser por força, está cientificamente provado que não há nada mais radioso do que o futuro.

Nem mesmo a última das armas, a ironia, ou a mais radical de todas, a exposição do ridículo, parece ter actualmente qualquer espécie de efeito; não, evidentemente, nos próprios comunistas, porque a esses nem uma leucotomia poderia valer, mas nos meios tóxicos onde as suas mentiras se reproduzem alarvemente. Nada. Nada afecta a solidez granítica das palavras-de-ordem socialistas. Parece absolutamente impenetrável, este novo muro de estupidez, esta escuridão total em que vão mergulhando vagas sucessivas de pessoas, umas por inércia, outras por cansaço, outras simplesmente porque aceitam com agrado o seu novo cérebro, lavadinho, rebrilhante e extremamente solidário.

Como no passado, uma cortina de ferro vai-se abatendo, já não apenas sobre o Ocidente mas sobre toda a razão humana, onde quer que ela se encontre. Há agora um outro muro de Berlim, já sem cimento e arame farpado, mas de igual forma maciço e intransponível; é outro muro da vergonha.

Vamos gritando por cima dele, deste muro, nós, uns quantos indefectíveis humanos, a ver se alguém nos ouve. E continuaremos a gritar a plenos pulmões, pelo menos enquanto soubermos ou sequer suspeitarmos de que ainda resta alguém vivo do lado de lá.


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Poderia? Podia. Tch. Ganda calinada.




(visto no blog de João Tilly)

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Poder Local com F grande

Afinal, para que servem aqueles "populares" de Canas de Senhorim, por exemplo, aos gritos e arrepelando as vestes, clamando pelo seu querido Conselho? Ao certo, ao certo, que espécie de coisinha má possui de vez em quando os "alguidarenses de baixo", os "vilarenses de perdizes" ou os "ribamarenses de fora", também por exemplo, e os leva a cometer toda a sorte de loucuras? Quem ganha o quê, exactamente, sempre que se forma uma nova autarquia, ou quando certo município disputa uma Freguesia de fronteira concelhia, ou sempre que determinada Freguesia é partida em duas? Em resumo, porquê tanta disputa, por esse Portugal profundo, sobre questões de "Poder local"?

O cidadão comum observa placidamente, incrédulo um, solidário outro, as manifestações às portas de S. Bento, de Belém, das Necessidades, ou mais amiúde num qualquer largo do pelourinho, na praça do Município; por regra, o cidadão incrédulo não vê qual é a necessidade de tudo aquilo, enquanto o solidário aplaude por desfastio e por militância. Mas nem um nem outro saberiam dizer, caso lhes fosse perguntado, porque está aquela gente ali a reivindicar mais um Concelho, mais uma Freguesia, de forma tão apaixonada e quase patriótica.

A resposta é muito simples e, como em quase tudo na vida, reside simplesmente numa coisa chata que é o dinheirinho; consiste apenas, tão acalorada questão, no infindável cortejo de cargos - há quem lhes chame "tachos" - e de mordomias apensas à formação de uma nova sede municipal: um presidente, com o seu séquito de assessores, mais os vereadores dos diferentes pelouros, por sua vez assessorados por diverso e especializado pessoal, mais a assembleia municipal, cujos deputados irão criar suas comissões, seus grupos, seus gabinetes, e para tudo isso será preciso requisitar ou admitir mais funcionários; e assim por diante, do topo até à base, a nova Câmara Municipal precisa de escriturários, telefonistas, porteiros, motoristas, seguranças, vigilantes, contínuos, cantoneiros, jardineiros, operários de todos os tipos, especializados e indiferenciados. São, por junto, largas centenas de cargos - ou "tachos", conforme se for mais ou menos má-língua - que não existiam e passam milagrosamente a existir, sempre que é fundado (ou refundado) um município. Quanto à Freguesia, o princípio básico é rigorosamente o mesmo, não variando em espécie mas apenas em número.

Constatando esta mecânica absurda, ou aferida a nocividade prática da inerente relação entre custos e benefícios, qualquer cidadão normal optaria - se fosse chamado a opinar - evidentemente por ignorar as pretensões dos independentistas autárquicos. E o que alegam estes, enfim, para sustentar a sua tese? Invariavelmente, razões históricas e de proximidade: que o município existiu algures no passado e que a sua "restauração" permitirá acções de proximidade com os munícipes muito mais eficazes. É tudo, patentemente e de forma muito mal disfarçada, rotunda mentira. A finalidade dos candidatos a autarcas é virem a ser isso mesmo, nada mais; o que pretende o "povo" que serve nas manifestações de apoio é, à excepção de uns quantos a quem terão sido prometidos empregos, a chouriça ou o garrafão de tinto que lhes poderá caber se o projecto legal for aprovado; além disso, ficam bem vistos e caem nas boas graças dos senhores doutores e dos senhores engenheiros lá da terra, por terem cumprido fielmente as suas ordens.

Mas será assim tão apetecível, no fim de contas, criar de raiz uma nova máquina administrativa, com tudo o que isso implica de esforço pessoal e mesmo de empenho colectivo? E compensará, no fim?

Bom, além da distribuição de cargos entre os promotores da iniciativa, o que já não é nada mau, há a considerar a principal finalidade daquilo a que se convencionou chamar de "poder local": a exploração, em regime de absoluto monopólio, dos recursos locais, ou seja, dos impostos, encargos, taxas e emolumentos que incidem sobre a população. Partir um Concelho ao meio, implica de imediato reservar para si, para a nova autarquia, a fatia correspondente à área territorial correspondente e ao número de residentes nessa área: imposto de "sisa", imposto municipal sobre veículos, receitas de parqueamento automóvel, coimas e multas sobre a construção, taxas e impostos sobre os respectivos licenciamento e fiscalização, etc., etc, etc. Existem muitos eteceteras que contribuem para o bolo, que antes serviam de alimento a uma grande máquina autárquica e passam a alimentar uma outra, mais pequena mas ainda mais voraz... precisamente por ser menor.

Duas máquinas burocráticas a fazer o trabalho de uma, implicam - quando falamos de administração da coisa pública - não o dobro da produtividade mas o dobro da despesa para as manter a funcionar. Não existe qualquer benefício para nenhuma das populações afectadas, nem para a do novo nem para a do concelho original; este, vendo as suas fontes de rendimento drasticamente diminuídas, será também compelido a procurar novas formas de auto-sustentação. Assim, por consenso geral, as engenharias financeiras locais dedicam-se com afano à invenção de métodos criativos de saque legal, e é nesse pressuposto que surgem taxas e encargos municipais absolutamente descabelados e perfeitamente inúteis, já que se destinam exclusivamente a alimentar a própria máquina, e não a servir os munícipes que deveriam ser a sua razão de ser.

Por exemplo, e note-se que se torna muito instrutivo ler cuidadosamente uma simples factura de fornecimento, as câmaras municipais portuguesas acham-se no direito de cobrar coisas tão estranhas como uma taxa de "direitos de passagem" na conta do telefone; trata-se, admitamos, de um valor simbólico, mas uns milhares de valores simbólicos deixam de ser um valor simbólico; além disso, sempre seria curioso averiguar como poderia alguém ter um telefone em casa se os respectivos cabos não atravessassem terrenos municipais; e porque não são de igual forma tratadas as tubagens dos serviços de gás, as cablagens aéreas e subterrâneas da electricidade ou os caboucos por onde passa o cabo de televisão e de internet? Mistério. Mais um, a juntar à imensa colecção, ao anedotário em que se transformou o "poder local" (com F grande), essa esplêndida criação dos comunistas, esse resquício e excrescência do PREC dos idos de 70 que é ainda hoje engolido como algo de minimamente aceitável ou credível.

Juntamente com o consumo de água ao domicílio, na factura, o munícipe leva com umas quantas taxas acessórias, que não têm nada a ver com a água que gasta: Saneamento Variável, Saneamento Fixo, Resíduos Variável e Resíduos Fixo. Gastou 6 m3 (6.000 litros) de água, por hipótese, e por isso paga cerca de 2,5 Euros (500 escudos); dando de barato que é necessário "comprar" o contador e que é preciso ainda, depois, todos os meses, pagar um "aluguer" desse mesmo contador, o munícipe vai ter de "inchar", quer queira quer não, com cerca de 35 Euros (7 contitos 7, uma bagatela). Ou seja, gasta de facto, de acordo com o espírito e com a letra do contrato de fornecimento, 7% do valor a pagar! Isto não é um exercício meramente académico, é a mais pura realidade, e qualquer pessoa pode efectuar as mesmas contas, com as suas ambas coisas, factura e máquina de calcular... ou de cabeça, que também deve servir para alguma coisa.

Não esqueçamos a extraordinária e rapidíssima forma como enriquecem autarcas, desde presidentes, secretários e vereadores, a fiscais de obras e a empreiteiros em geral, passando por intermediários, grossistas e retalhistas, vendedores de imobiliário (e este quantas vezes absolutamente ilegal, absurdo, criminoso). Não esqueçamos as "empresas municipais", verdadeiras máfias (nunca ou) sempre sujeitas a concursos públicos da mais pura ficção, geridas pelos amigos, conhecidos e familiares dos mais altos responsáveis da autarquia, quando não - através de interpostos mercenários - criadas pelos próprios autarcas e tendo um só cliente, a Câmara Municipal mais próxima. Não esqueçamos ainda a chamada Lei das Finanças Locais e as providenciais "transferências de verbas" que vão sistematicamente cobrir buracos orçamentais onde mais convier, em cada momento e em função dos interesses momentâneos ou das redes de poder estabelecidas. Não esqueçamos, finalmente, a forma como o poder autárquico retribui os favores do poder central - ao qual está visceral e indissociavelmente ligado - e como acaba fatalmente por cobrar os serviços prestados, seja em espécie seja em valor(es).

Qualquer cidadão tem o dever de consultar as facturas que paga. Além disso, no que diz respeito ao perigosíssimo assunto em questão, o cidadão deve ainda interessar-se pelo facto de estar a ser sistemática e institucionalmente roubado e, de preferência para si próprio, tirar as suas próprias conclusões; posteriormente, quem sabe, talvez agir em conformidade. Isto na condição, é evidente, de não estar ele mesmo, este ou aquele cidadão, envolvido na teia autárquica, essa malha de gatunos profissionais criada pelos comunistas há mais de trinta anos; e também, é óbvio, na condição de não pertencer à classe que serve de tropa de choque, o chamado "povo", essa massa ignara que não distingue uma obra-prima de um mestre da prima de um mestre-de-obras, aquela escumalha que faz estritamente aquilo que lhe mandam fazer e diz rigorosamente aquilo que ouve dizer.

Ou seja, em concreto, depois de subtraída a gentinha comunistóide e a gentalha indiferenciada, restamos uns dois ou três para tão importante tarefa. Mas não faz mal. O que importa é dar que pensar à malta. Ide lá ver as vossas facturas, a ver se é assim ou não. Vá, ide.

À vontade.


pelourinho de Provezende, aldeia transmontana
que foi sede de Concelho há umas centenas de anos (desconheço ao certo);
hoje em dia, esta aldeia é uma das 15 Freguesias do Concelho de Sabrosa,
no distrito de Vila Real








(fotografia de alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/)

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19/09/06

Aviões é c'a gente, coño!

Portugal
Airports: 65 (2004 est.)
Airports - with paved runways:
total: 42
- over 3,047 m: 5
- 2,438 to 3,047 m: 9
- 1,524 to 2,437 m: 3
- 914 to 1,523 m: 15
- under 914 m: 10 (2004 est.)
Airports - with unpaved runways:
total: 23
- 914 to 1,523 m: 1
- under 914 m: 22 (2004 est.)
Espanha
Airports: 156 (2004 est.)
Airports - with paved runways:
total: 95
- over 3,047 m: 15
- 2,438 to 3,047 m: 10
- 1,524 to 2,437 m: 19
- 914 to 1,523 m: 23
- under 914 m: 28 (2004 est.)
Airports - with unpaved runways:
total: 61
- 1,524 to 2,437 m: 2
- 914 to 1,523 m: 15
- under 914 m: 44 (2004 est.)
Heliports: 8 (2004 est.)



65? Ena. As coisas que a gente aprende na internet. Pois, já se sabia, mas confirma-se: Portugal é o maior país independente da Península Ibérica.

Bica: Sitemeter

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A importância do buraco


Este inocente banco, ao contrário dos seus homólogos de cariz capitalista, sendo uma invenção muito recente, representa uma pequena revolução consuetudinária - isto é, nos costumes - que poderá alterar drasticamente o actual nível de tensão, à escala mundial. Trata-se de um artefacto absolutamente inovador, além de brilhante, que permitirá a curto prazo, assim haja vontade política, atenuar primeiro e mais tarde dissolver por completo quaisquer ameaças militares entre Estados. Resulta, este espantoso e simplérrimo banquinho, de um conceito altamente benemérito e profundamente humanitário que se poderá sintetizar da seguinte forma: não há nada, simples indisposição ou gravíssimo problema, seja entre indivíduos, seja entre nações, que uma boa foda não cure.


No fundo, no fundo, o que se passa actualmente no nosso pobre planeta, aquilo que explica o ambiente de tensão que se vive entre Ocidente e Islão, este estranhíssimo choque de civilizações cujas incidências sistemáticas não auguram nada de bom, deve-se fundamentalmente a um factor muito simples: falta de sexo. Já o mesmo sucedeu durante a Guerra-Fria (1946-1989), quando uma clique de gerontes se entreteve a castrar sistematicamente gerações sucessivas; realmente, ontem como hoje, o grande problema dos povos, aquilo que os faz embirrar sistemática e solenemente uns com os outros, é por regra a mais básica das carências, a trivialíssima e perigosíssima falta de cama, ou, como soe dizer-se em termos mais cosmopolitas, de pinocada, de trepada, de cambalhota.


O fenómeno global é uma projecção exponencial do que acontece a nível individual; basta aferir que 99% dos conflitos de trânsito, por exemplo, se devem a problemas de carência sexual, fodas mal dadas, ou chatas, ou raríssimas. Chega de chatices e problemas, todo o mundo de má catadura, todos de trombas e à porrada uns com os outros. Assim como assim, mais vale foder até lhe chegar com o dedo, salvo seja, do que andar por aí tudo chateado, a rebentar bombas, a enviar mísseis e a escrever insultos nos blogs. Apaziguemos os instintos bélicos, dando uso a nossas respectivas gaitas e passarinhas, consoante, com a preciosa ajuda desta espertíssima invenção. Que introduz factores de inovação, de diversão, na mais monótona das relações intra ou extraconjugais. Que deveria ser distribuído gratuitamente, porta a porta, nas nossas cidades, vilas e aldeias, e largado dos aviões, em vez de bombas, nas zonas de conflito armado. Que mereceria, ou o objecto ou o seu autor, essa tremenda cachola, sem qualquer favor a nomeação para o Prémio Nobel da Paz 2007 (e seguintes). Que se pode fabricar, ainda por cima, a nível caseiro, modificando ligeiramente uma simples cadeira de praia.

Um mimo. Um presente de futuro. O Banco da Paz.



Imagens de Sexxyshop


Notas e alguns conselhos de utilização
1. Os modelos apresentados no esquema são meramente indicativos.
2. As senhoras podem perfeitamente não usar rabo-de-cavalo e podem também ter braços.
3. Não é obrigatório que os cavalheiros possuam uma amostra inferior a 15 cm.
4. Aquelas coisinhas verdes na fotografia, ninguém sabe o que raio será.
5. Quando não estiver a ser preciso, o banco pode ser usado como descansa-pés ("puff").
6. Mas só quando não estiver a ser preciso.
7. Não emprestar nem pedir emprestado. É chato. É badalhoco.
8. Queres um destes, não queres? Ai queres? Hmm? És muito malandreca, não és? Tá bem. Eu arranjo-te um.

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18/09/06

Lapsus linguae (a propósito de cavalos)

"Show me just what Mohammed brought that was new, and there you will find things only evil and inhuman, such as his command to spread by the sword the faith he preached."
"Mostra-me então o que trouxe Maomé que seja novo, e encontrarás coisas malévolas e desumanas, como o mandamento para que se espalhe a sua fé pela força da espada."

Naquele tempo, ainda não existiam detonadores e o plástico C4 estava por inventar. Portanto, há que dar razão a quem a tem, a frase é realmente infeliz, deslocada e abusiva. É uma citação pífia do Papa, que acabou, como seria de prever, por originar um sarrabulho de todo o tamanho. A fé muçulmana modernizou-se drasticamente, pelo menos em termos instrumentais e na metodologia utilizada para a sua propagação. A espada é hoje um objecto meramente decorativo, apenas esporádica e simbolicamente utilizada, quando muito em paradas e numa ou outra cerimónia de execução, por regra dentro de portas. Fora de portas, é mais à bomba. Mas também esse conceito era desconhecido em pleno século XIV, e nem o Imperador Manuel II, que proferiu a frase, nem o Papa Bento XVI, que a citou no século XXI, poderiam sequer suspeitar de que as metáforas também se abatem, como os cavalos.

Trata-se, sem dúvida, de uma questão bizantina, sinal dos tempos. Nenhuma das pessoas que morreram ontem e hoje, e aquelas que morrerão ainda, por causa de tão grande deslize, terá sido em princípio trespassada ou ficado sem cabeça de um só golpe. Hoje em dia já não é assim.



Fontanários:
CNN
Ribbands
DireitoNet

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Pens(ament)os higiénicos

Sábado, Setembro 16

Notas soltas
Gente que escreve demais
Quando se tem uma estante cheia de livros e uma pasta com 5 gigas de master plans, não se tem vagar (paciência + tempo) para ler posts com mais de vinte linhas. Primeiro, porque muito raramente aquilo que se diz justifica exceder as 200 palavras. Segundo, porque quando até têm coisas para dizer, eu não tenho qualquer interesse em tomar conhecimento sobre tal. Há, naturalmente, excepções. Tão raras como o brilhantismo na blogosfera.

* *

Código do cavalo
Leia o primeiro parágrafo, leia o último e, finalmente, leia um qualquer do meio. Não leia mais nada porque vai ser perda de tempo. Você já sabe o que interessa. Quem o escreveu é que não sabia que com apenas três parágrafos a coisa estava feita e bem feita.
* *

Berra-boi (é o nome do blog, juro)

Aviso: o parágrafo que se segue é capaz de ter mais do que 200 palavras. Para maior comodidade de leitura, está destacado a bold tudo "o que interessa".

Esperemos que, de facto, algum cavalo tome conhecimento do seu código. Seu, dele, cavalo. (Na primeira frase, é conveniente não ler o bordão "de facto", por redundante e acessório; "o que interessa" resume-se a esperemos, cavalo, código. Não ler "resume-se a". Etc.)
Este imprescindível regulamento é válido apenas para quem tem uma estante cheia de livros. Quem tiver mais do que uma estante cheia de livros fica desde já dispensado de cumprir à risca as determinações leitúricas; o mesmo para quem tiver uma estante cheia de bibelots, meio-cheia ou meio-vazia de livros. Em se tratando de blogs como o Abrupto, ou assim, as pessoas em geral e as mais equinas em particular estão autorizadas a ver os bonecos, nada mais, que se foda o paleio de chacha.

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17/09/06

Uma entrevista do outro mundo

Because if I were to meet him again, I would scream in his face who the martyrs and heroes are. I would scream: Illustrious Mr. Arafat, the martyrs are the passengers of the four hijacked planes that were transformed into human bombs. Among them the four year old child that disintegrated in the second tower. Illustrious Mr. Arafat, the martyrs are the employees that worked in the two towers and at the Pentagon. Illustrious Mr. Arafat, the martyrs are the firemen who died trying to save them. And do you know who are the heroes? The passengers of the flights that should have landed on the White House and that instead crashed in a Pennsylvania countryside because they rebelled. For them, yes there should be a Paradise, Illustrious Mr. Arafat. The problem is that now you are the perpetual Head of State. You are acting like a Monarch. You visit the Pope, affirm that you do not like terrorism, send your condolences to Bush. In your chameleon ability of inconsistency, you would be capable of replying that I am right. But lets change topic. I am very ill, it is known, and talking with the Arafats I get a fever.
Oriana Fallaci
Rage & Pride (Rabbia & Orgoglio), pág. 2

O livro pode ser lido na íntegra, em tradução inglesa, neste sítio.


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15/09/06

O Caos organizado

(...)
Another reason for the appeal of 9/11 conspiracies is that they are easy to understand. As previously mentioned, most Americans did not know or care to know much about the Middle East until the events of 9/11 forced them to take notice. (The brilliant satirical newspaper The Onion poked fun at this fact with its article Area Man Acts Like Hes Been Interested In Afghanistan All Along). The great advantage of the 9/11 Truth Movements theories is that they dont require you to know anything about the Middle East, or for that matter, to know anything significant about world history or politics. This points to another benefit of conspiracy theories they are oddly comforting. Chaotic, threatening events are difficult to comprehend, and the steps we might take to protect ourselves are unclear. With conspiracy theory that focuses on a single human cause, the terrible randomness of life assumes an understandable order.
(...)

Phil Molé, Skeptic: eSkeptic
Via O Insurgente.


Entende-se por inteligência a capacidade de equacionamento de problemas. Prudência, enquanto faceta inteligente, será a procura de formas adequadas para evitar o risco. O medo é uma reacção natural de defesa perante situações de perigo, e consiste no desencadeamento de reacções diversas, adequadas ou não à anulação da ameaça perceptível ou a evitar os riscos nela envolvidos. Se a reacção de medo, por qualquer motivo, ultrapassar em proporção a medida adequada à situação que lhe deu origem, passamos a um nível não natural que se convencionou designar como pânico. Quando a ameaça se apresenta de forma não identificável, localizável ou quantificável, a situação de pânico evolui para a sensação totalmente irracional vulgarmente conhecida como terror. Em conformidades prolongadas, extensas ou generalizadas, as ocorrências que geram terror resultam naquilo que se entende por caos, ou seja, a ausência total de um sistema organizado, com a desagregação completa das estruturas que o suportam e dos mecanismos que o regulam.

A lógica revolucionária resume-se, por definição, a destruir primeiro para depois - teoricamente - reconstruir ou construir de novo. Logo, até porque destruição total é igual a caos, este é imprescindível ao triunfo da revolução, e a forma mais comum e objectiva para a sua instalação é a utilização sistemática do terror ou o aproveitamento das situações recorrentes de pânico; nesta acepção, o caos é um sistema desorganizado que foi instrumental e organizadamente instalado. O círculo lógico fechar-se-á teoricamente se ou quando a revolução triunfar de facto; nesse caso, funcionando também como recompensa pela abolição do caos e pela neutralização do terror, o novo poder instituído tentará por todos os meios conservar a nova ordem, através principalmente do medo, e abolindo mesmo, regra geral, toda e qualquer iniciativa ou sequer veleidade de inteligência; do mesmo passo, as cúpulas da revolução, os seus executores e mentores agora poderosos, reservam-se o exclusivo da prudência (diplomacia e governação), retirando tal prerrogativa dos grupos e dos indivíduos - que passam, cumprido e agora tornado obsoleto o seu papel de carne para canhão, a simples peças da engrenagem recém-montada.

Pontualmente, estrategicamente, poderá convir às forças revolucionárias - como acção de minagem das bases do sistema que pretendem destruir - o aproveitamento de circunstâncias de pânico generalizado; é este indubitavelmente o caso das reacções provocadas pelo ataque terrorista do 11 de Setembro, nos Estados Unidos da América: perante uma ameaça concreta, mas absolutamente incompreensível - pela (des)medida das suas consequências - e desproporcionada, face à inexistência de motivações aparentes, uma boa parte do povo americano, e ainda dos da generalidade dos países ocidentais (alguns deles igualmente atacados), acabaram por entrar em estado de histeria colectiva; isto equivale, na prática, a uma rendição incondicional ao mais puro terror, mas não deixa, de certa forma, de ser compreensível. O que não significa, evidentemente, que seja aceitável.

Não é fácil, se é que é possível, compreender o terror... em especial quando ele nos toca a nós mesmos ou àqueles que nos estão mais próximos. Muita coisa está, de facto, por explicar e, por consequência, muito longe de poder sequer ser analisada, quanto mais entendida. De resto, a finalidade objectiva do terrorismo islâmico não é senão isso mesmo: a destruição sistemática e arbitrária, imprevisível e feroz, sem dar qualquer hipótese de defesa, e em total contra-ciclo com as culturas e os modos de vida ocidentais.

É então que surge, no meio da confusão total, como tábua de salvação para os cidadãos aterrorizados pelo absurdo a que assistem impotentes, a teoria da conspiração - simples, aparentemente clara como água, facílima de compreender e, em especial, com uma apetecível carga de espectacularidade. Qualquer americano possuído pelo pânico, tentando pateticamente equilibrar alguma racionalidade no meio de um pântano gigantesco, irá com certeza agarrar-se, com um misto de desespero e de alívio, àquelas teorias tão absurdas, tão incríveis, mas tão deliciosamente reconfortantes: afinal, sempre é melhor uma explicação assim, mesmo suspeita, mesmo estúpida, do que não haver explicação alguma, apenas o deserto de ideias, a vacuidade, a tibieza ou, pelo contrário, a mais pura maldade. Colherão facilmente na opinião pública, as teorias da conspiração, quanto mais brutal for o ataque e mais inacreditáveis forem as motivações oficialmente avançadas; porém, as entidades não podem nem devem atenuar, suavizar ou esbater as suas constatações, por mais horríveis que sejam, e muito menos desculpabilizar ou inocentar os seus autores. Além disso, qualquer teoria da conspiração interna funciona perfeitamente, se não houver mais teoria alguma - como não há, realmente, pelo facto muito simples e transparente de que não é necessário que haja; o terror não tem ideologia, é uma coisa em si, pelo que também não tem nem precisa de ter qualquer espécie de suporte ideológico; quando muito, o terrorismo servir-se-á circunstancialmente seja de que base teórica for, apenas como sustentação pragmática para justificar o injustificável.

O terrorismo dispensa liminarmente qualquer teoria, mas não o comunismo ou, de forma mais abrangente, a chamada esquerda política. Aqui sim, existe não apenas uma teoria mas uma verdadeira cartilha, tão absurda no conteúdo esta quanto ausente na outra. Basicamente, a ideologia comunista (e derivados) consiste num conjunto de dogmas que a História se encarregou de liquidar em toda a linha, mas aos quais ainda muita gente se agarra fanática e acefalamente. Poder-se-á presumir, assim sendo, que a motivação subjacente a este atavismo poderá ser uma de duas coisas: ou a mais pura e simples estupidez ou a recusa cega da realidade... quem sabe se causada pelo mesmo sentimento de medo incontrolável em relação a tudo aquilo que se não compreende. A ser este o caso, então estaremos perante mais uma constatação de como é eficaz o processo de "conversão" ao simplismo dicotómico de cariz socialista, de um lado os bons e do outro os maus, nós e eles, social e capital, liberdade e exploração.

Claro que a realidade é precisamente ao contrário ou, pior ainda, se calhar nem uma coisa nem outra, nem é bem assim uma coisa nem bem mal o seu inverso, mas isso que importa para o caso, sempre é melhor ter a certeza de alguma coisa do que de coisa nenhuma. Portanto, se as teorias dos amanhãs que cantam servem para enganar a angústia, a perplexidade, o medo, e se as teorias da conspiração também, então que venham elas por bem vindas; e se são os mesmos os autores de ambas, a política e a conspirativa, então paciência, será assim mesmo, quem sabe eles não tenham afinal toda a razão. É jogar pelo seguro do disparate sólido em vez do inseguro etéreo e vago. Entre ambos os lados que são, hoje por hoje, o mesmo lado, alguns americanos e alguns europeus sorvem com avidez cada explicação soez de uns para cada acto de pura malvadez do outro. Aos americanos, aos europeus, são apresentadas coisas "fáceis de entender", numa linguagem esquemática e básica, sem complexidades nem subtilezas; para alguns, isso é óptimo, é maravilhoso: não compreendiam, mas agora já "compreendem" porque é muito fácil "compreender" estas coisas. Quem sabe, sabe, e além disso ler dá trabalho.

A apologia do regresso à barbárie, embrulhado em vestes humanitárias ou justiceiras, tem o mesmo esqueleto da selvajaria soviética e por face a mesma caveira socialista.

Terreno fértil, portanto, para a propagação e para a propalação de mentiras - sempre remota e inteligentemente manipuladas - o "Ground Zero" representa o paradigma da propaganda comunista, neste caso encavalitada no dorso de Boeings civis atirados contra edifícios civis. Os comunistas aproveitam e agradecem a boleia oportuníssima que lhes dão os muçulmanos radicais, sendo que a estes também convém (para já) o arranjinho; sabendo-se por antecipação - e pelo conhecimento da tradição histórica - aquilo que sucederia (ou sucederá) quando a aliança estratégica deixar de ser útil a qualquer das partes, ou seja, a guerra aberta entre comunistas e islamitas, podemos estar certos de que o inimigo actual de ambos é, apenas e só, o Ocidente, com América e Europa à cabeça; como antes sucedeu, o inimigo actual desta aliança não é a injustiça, ou a fome, ou a pobreza. Nem sequer é o capitalismo ou a mais recentemente inventada globalização. O inimigo dos inimigos da liberdade é e sempre foi uma e a mesma coisa: isso mesmo.

E depois? A liberdade dá-me sossego, por acaso? Eu não quero liberdade, quero é paz. Não interessa para nada o que se passa nas sociedades muçulmanas; é longe, eles que fiquem lá, torturem quem lhes apetecer, que reduzam as mulheres à condição de gado doméstico, que proíbam tudo e mais alguma coisa; e eu com isso? Também não interessa para nada o que se passou no bloco de Leste, o que lá vai, lá vai, quais setenta milhões de pessoas exterminadas, qual quê, ora, histórias; e afinal, onde é que isso fica, ao certo? Temos contas para pagar, os miúdos na escola, queremos é cá seguir a nossa vidinha, cada um na sua, o que é preciso é que não nos venham aqui pôr bombas e matar a gente. Aliás, isso pode lá ser. Duvido de que tenham sido eles. Não foram eles, com certeza. E se estes dizem que foram outros, que foram os nossos, porque não? Isso resolve o problema, pronto. Acredito perfeitamente. Claro, estes capitalistas são capazes de tudo, está-se mesmo a ver. Ah, bem, compreendo. Pronto. Grandes malandros. Assim já não vai acontecer mais nada, pois não? Se é preciso dizer que acredito nisso tudo, se em troca me deixam em paz, então está bem, eu acredito. Não, não é só por dizer! Eu acredito! Acredito mesmo! Juro. So help me God.

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14/09/06

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