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Se cada cigarro tira 15 minutos de vida.
Se fumo cerca de 60 cigarros por dia.
Se comecei a fumar há 32 anos.
15*60*365*32=10512000
A minha vida está 10.512.000 minutos mais curta.
Ora, pertantes:10512000/60/24/365=20
Cachucho social, marinado e sem espinhas. Notas e outras coisas gramaticalmente vis, vulgaridades e trivialidades sobre tudo e mais alguma coisa, etc.
LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja já um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, Obra Poética 1948-1988, Ed. Presença, 3ª ed., Lisboa, Maio 1997
às 14:46:00
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Sábado, Dezembro 13, 2003ADIVINHEM QUE FILME É ESTE!?NI NI NI... NI.. NI NI NI... NI.. NI.. NI.. NI NI NI... NI.. NI.. NI.. NI.. NI NI NI NI NI... NI.. NI.. NI.. NI NI NI... |
às 17:59:00
Nova Iorque
às 19:04:00
Nos dias 11 e 12 de Setembro, perante as ruínas e os milhares de cadáveres, éramos «todos americanos». Mas passadas quarenta e oito horas já se faziam ouvir algumas vozes discordantes. Não seria necessário questionarmo-nos sobre as causas profundas, sobre as «raízes» do mal que tinha levado os terroristas a cometer o seu acto destruidor? Os Estados Unidos não seriam em parte culpados da sua própria desgraça? Não haveria que ter em consideração o sofrimento dos países pobres e o contraste da sua miséria com a opulência americana?
Este tipo de argumentação, cuja falsidade já demonstrei, não foi exteriorizado unicamente nos países onde a população excitada pela jihad festejou a catástrofe de Nova Iorque, que aos seus olhos foi um castigo merecido. Também se manifestou nas democracias europeias, onde rapidamente se deu a entender que o dever de chorar os mortos não dispensava a obrigação de analisar as causas do acontecido.
Quais são as verdadeiras causas dos ataques de 11 de Setembro contra Nova Iorque e Washington, que mais parecem actos de guerra do que atentados terroristas?
A causa principal assenta inequivocamnete na intensificação do ressentimento para com os Estados Unidos, sobretudo depois do desmoronamento do comunismo e da emergência da América como «única super-potência mundal», segundo a expressão pejorativa consagrada. Esta abominação é particularmente marcante nos países islâmicos por força da existência de Israel, atribuída exclusivamente à América. Mas está presente, ainda que de forma mais discreta, por toda a superfície do planeta, incluindo a Europa, onde em certas capitais foi elevado ao estatuto de ideia fixa e princípio quase único da política externa.
Deste modo, imputa-se aos Estados Unidos todos os males, reais e imaginários, que afligem a humanidade, desde a baixa do preço corrente da carne de bovino em França, à sida em África, e ao eventual aquecimento da atmosfera. Os primatas ululantes e destruidores da antiglobalização, os deserdados do maoísmo, atacam efectivamente a América, que é sinónimo de capitalismo. Esta obsessão redunda numa verdadeira desresponsabilização do mundo.
A Obsessão Antiamericana, Jean François Revel, trad. Victor Antunes, Bertrand Ed. - 3ª ed., Lisboa, 2003
às 15:10:00
às 16:10:00
às 16:39:00
às 15:57:00
A punição tem limites
Quando houver demanda entre dois homens e forem à justiça, eles serão julgados, absolvendo-se o inocente e condenando-se o culpado. Se o culpado merecer açoites, o juiz ordenará que se deite no chão e mandá-lo-á açoitar na sua presença, com número de açoites proporcional à culpa. Podem açoitá-lo até quarenta vezes, não mais; isso para não acontecer que a ferida se torne grave, caso seja açoitado mais vezes, e o teu irmão fique marcado diante de ti.
B.S., Deuteronómio 25
às 14:28:00
às 19:23:00
às 18:02:00
Consulte aqui o seu perfil astrológico blogueiro.
Hoje apresentamos perfis dos doze signos e respectivas previsões para o próximo ano, em especial para os blogs machos. Dentro de dias, publicaremos as nossas previsões especialmente destinadas aos blogs do sexo feminino, estando em estudo a possibilidade de virmos a fazer o mesmo para os indecisos.
às 15:35:00
às 18:05:00
Deixar de trabalhar reduz os riscos de doenças cardiovasculares e pulmonares mortais. |
às 14:12:00
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de _______________________ (*)
Ao abrigo da Constituição da República Portuguesa, nomeadamente no que respeita ao Artigo 34º, Título II, Capítulo I - Direitos, Liberdades e Garantias Pessoais, considerando ainda o consignado no Regulamento de Postura Municipal da autarquia que V. Exa. dirige, e tendo em atenção a diversa legislação atinente, desde a Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana até à mais circunspecta Declaração Universal dos Direitos do Animal, no sentido de apelar para as melhores atenção e consideração para com um dos seus eleitores e munícipes, venho pôr a superior consideração o que se segue.
Ontem, Sr. Presidente, por volta das três e trinta da madrugada, fui brutalmente acordado pelos funcionários dos serviços camarários que se encarregam do vazamento dos contentores de lixo; costumava, dantes, Excelência, chamar-se "Almeidas" a estes trabalhadores. Como, por certo, estará V.Exa recordado. Enfim, são aqueles homens cuja função consiste em despejar os lixos urbanos para dentro de um camião e, posteriormente, irem despejar esses lixos nos aterros sanitários ou nas incineradoras, passe a polémica que uma coisa ou outra possa levantar.
A questão, Excelência, é que não foi apenas ontem que fui, repito, brutalmente acordado; anteontem também, há três dias igualmente, e assim por diante. Quando digo "brutalmente", creia V.Exa., não estou a usar de nenhuma exorbitância linguística; pelo contrário, será até uma adjectivação nada metafórica, será mesmo quiçá ligeira em demasia. Questões de respeito e pudor impedem-me de utilizar qualificativos por assim dizer mais fortes mas, se ao longo desta carta um ou outro me saltar, queira V.Exa. ficar ciente de que será sem intenção de ofender seja quem for.
É de facto extremamente difícil, quando chega o batedor Almeida, por volta da uma hora da madrugada, não desatar o signatário imediatamente a soltar uns quantos impropérios, insultando a certamente respeitável mãe do homenzinho. É que, veja o Sr. Presidente, aquele grandessíssimo filho de uma senhora suspeita faz absoluta questão em produzir o máximo de ruído possível; arrasta os contentores de plástico, tarum-tarum-tarum, passeios fora, e vai pô-los no meio da rua; depois, atira as tampas para trás, pum, pum, pum, uma a uma, e atira com uns restolhos para dentro dos que estão mais vazios. Este batedor do lixo, esclareça-se, serve exclusivamente para, em passo de corrida, ir preparando o servicinho dos companheiros que virão depois com o camião, precedendo-os em cerca de duas horas.
Depois deste primeiro acordar, o munícipe tenta voltar-se para o outro lado e tornar a ferrar no sono. Bem, isto depende, compreenderá V.Exa., são feitios, há quem seja capaz de tornar a adormecer como se nada fosse, até daí a duas horas e há, ó Sr. Presidente, nem queira saber como me penalizo por ser o meu caso, quem fique de tal forma enraivecido que já não consegue adormecer de novo. É então que se começam a soltar umas coisas um pedaço mais audíveis, boca fora, já não apenas referentes à progenitora do funcionário, filho-da-puta parece-me, na altura, coisa pouca, mas até mesmo pondo em causa a própria honorabilidade do dito, ou questionando o comportamento da esposa, em sendo casado; enfim, de cabrão para cima, é o que me ocorre dizer nestas ocasiões, a respeito da besta que faz de batedor.
Já com a adrenalina a bater no tecto, acendo um cigarro, lavo a cara, sento-me na sala, vou à janela, volto para a cama e ali fico, ora vira-que-vira, para um lado e para o outro. Quando, por fim, ou caio numa modorra ligeira ou se me acaba o tabaco, duas horas passadas sobre a primeira investida do pessoal sanitário, eis que chega a cavalaria pesada: o tal camião, qual tanque de guerra ao silêncio, a mais a respectiva guarnição de homenzinhos casca-grossa. E aí, Sr. Presidente, Excelência, creia, é um espectáculo. Muitas vezes saio para a varanda e observo a técnica, o trabalho de equipa, sempre hesitando entre aplaudir-lhes a eficácia ou atirar-lhes com uns quantos baldes cheios de merda para riba dos lombos. Só visto. Primeiro, é o próprio monstro de ferro, o pesado sanitário que não vê mecânico há décadas, certamente para poupar dinheiro ao contribuinte; além daquele curioso pi-pi-pi-pi-pi que não pára nunca, provavelmente para avisar os gatos de que se devem afastar, ainda somos contemplados com o guinchar dos travões, com as pás do enorme contentor de bojo, acamando o lixo que vai entrando; um por um, os baldes plásticos são abertos, pum, são engatados nas alavancas do mastodonte, clac-clac, são erguidos, ruêêêm, e depois sacudidos hidraulicamente para despejarem o conteúdo: cabum cabum cabum; finalmente, os braços hidráulicos largam-nos no chão com enorme estrondo, não gastemos as onomatopeias, com enorme estrondo é razoável. Feito isto, por cada um dos baldes com rodinhas, os membros da equipa rebocam-nos, raramente sobre as tais rodinhas, brrruuum, mais ou menos para os respectivos sítios; o exercício é rematado, pelos elementos mais perfeccionistas, com um elegante movimento de pulso que projecta o balde contra borda do passeio, tarum!, e que o faz cair de lado, paummm-tlac, no passeio, sendo que "tlac" é o som da tampa a bater no chão.
Mais ou menos por esta altura, uma parte de mim antecipa-se já ao gozo do descanso, mas outra parte está, desgraçadamente, de tal forma enfurecida, já gastos todos os insultos, em sete Línguas diferentes, que só me apetece é tomar um banho e ser o primeiro, nesse dia, a entrar ao serviço. O problema é que, a primeira parte de mim sabe-o perfeitamente, às 4 da manhã não é costume estar alguém lá no escritório para me abrir a porta.
Ora, passando adiante, Sr. Presidente, Excelência, cumpre referir que tudo isto tresanda, passe o trocadilho de mau gosto. Então, afinal, é proibido pela postura municipal a produção de ruído entre as 22 e as 08 horas, sim ou não? Sim, que, por acaso, tenho aqui uma cópia do papel à mão. Então e a Lei do Ruído, o famoso Regime Legal da Poluição Sonora - RLPS? É puro material para reciclagem? Como de costume, a Lei em Portugal não vale o papel em que está escrita? Mas que merda é esta, Sr. Presidente, hem?
É ou não verdade que as horas de trabalho nocturno são pagas a triplicar, na função pública ou mesmo nas empresas privadas? Será por isso que os "Almeidas" trabalham de noite? E porque raio isso acontece em alguns municípios mas em outros não? E qual será a razão para, em qualquer país civilizado, as recolhas de lixo serem feitas sempre de dia?
Já agora, e sabendo que este "direito adquirido", mais sagrado, portanto, do que uma vaca na Índia, é pago à custa dos contribuintes municipais, seria possível esclarecer qual o motivo para tanta pressa? Onde já se viu um funcionário público, em Portugal, a correr? A correr, bálhamedeus! Será porque os homens do lixo não têm um horário a cumprir? Será isso? Pois, compreendo, quanto mais depressa despacharem o circuito de recolha, mais depressa vão para vale-de-lençóis; daí a insustentável pressinha. Mas as oito horazinhas a triplicar já lá cantam, certo?
Enfim, ó presidente, chavalo, vê lá essa coisa, pá. Isto assim tá mal. Quero dormir, porra. Põe mas é esses gajos a trabalhar de dia, no horário "de expediente", que é outra das grandes "conquistas" deles. Que os pariu, mas é.
Pede deferimento.
às 15:57:00
às 12:21:00
às 18:50:00
às 14:04:00
às 19:58:00
às 17:14:00
às 04:22:00
Fumar provoca o cancro pulmonar mortal. |
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às 17:20:00
às 16:04:00
Sexo na Internet liberta portuguesesO anonimato garantido pelo sexo na Internet tem um papel libertador e desinibidor para a maioria dos portugueses, conclui a sexóloga Ana Alexandra Carvalheira. O cibersexo «permite assumir identidades diferentes e a expressão livre de desejos e interesses sexuais». Assim, estes chats(*) tornam-se úteis para as pessoas que têm dificuldades em encontrar parceiros de forma convencional. Diário de Notícias de hoje, pág. 26 |
às 15:37:00
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